Brexit, realização e Petrobras fazem Ibovespa fechar no negativo
Com esse pacotão todo, a Bolsa encerrou o dia em baixa de 0,44%, com 94.055 pontos. O dólar fechou a terça-feira em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,72

A Bolsa de Valores de São Paulo tirou o dia para oscilar. O motivo? A cautela do investidor. A manhã foi de alternância entre pequenos avanços e recuos, evidenciando a briga entre o persistente otimismo doméstico e o cenário externo desafiador. Mas durante a tarde, o Ibovespa foi para o vermelho. Às 15h47, chegou a perder os 94 mil pontos. A queda repentina foi provocada por um movimento mais forte de realização de lucros (uma vez que a elevação acumulada só em janeiro já passou de 7%). Houve também uma virada para o negativo das ações da Petrobras. Tudo isso levou o Ibovespa a renovar mínimas. E, no finalzinho do segundo tempo, também teve o parlamento britânico, que rejeitou o acordo do 'brexit'. Com esse pacote todo, a Bolsa fechou em baixa de 0,44%, com 94.055 pontos. O dólar fechou a terça-feira em alta de 0,76%, cotado a R$ 3,72.
Câmbio
No câmbio, operadores relatam que o dólar - que já vinha em alta acompanhando o aumento da moeda americana globalmente - reagiu à notícia de que o presidente Jair Bolsonaro só baterá o martelo em relação ao texto da reforma da Previdência na sua volta de Davos (Suíça), no fim da semana que vem. Segundo o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, o governo continuará discutindo a proposta nos próximos dias e, antes de embarcar para o evento, Bolsonaro assistirá a uma apresentação da equipe. "Aí ele vai para lá com isso na cabeça, vai receber textos, vai pensar. Quando ele voltar, a gente vai conversar e acho que ele vai bater o martelo", afirmou.
Na onda do blues
Na sessão de hoje, as blue chips não brilharam. Encerraram todas no vermelho, com destaque para o recuo de 2,29% das units do Santander, que acumula valorização de 12,80% em janeiro. Em seguida, os papéis do Itaú Unibanco caíram 1,56% e do Banco do Brasil, 1,16%. As ações da Petrobras ON caíram (0,32%) e PN tiveram alta modesta (0,08%), depois de operarar em grande parte do dia em alta. Sucumbiram mesmo com as cotações do petróleo no mercado internacional subindo.
Suzano em primeiro
Maior alta do Ibovespa nesta tarde, Suzano ON disparou 8,46% hoje. Ontem, a companhia concluiu a fusão com a Fibria, anunciada pela primeira vez em março do ano passado. A última etapa da operação, nesta segunda-feira, foi realizada após a Suzano ter efetuado o pagamento de R$ 27,8 bilhões aos acionistas da Fibria, que passaram a deter participação na Suzano, nova marca da empresa.
Em relatório, o Bradesco BBI diz que com a conclusão do negócio, a Suzano deve se concentrar agora em seus passos estratégicos para gerar mais valor à empresa. Dessa forma, o banco reafirmou a recomendação dos papéis em ourperform (acima da média do mercado). "Vemos vários caminhos de geração de valor para a empresa pós-fusão, entre eles, crescimento por meio de projetos orgânicos e ou novas aquisições", diz o documento.
Varejo na boa
As ações da Via Varejo subiram 3,32% e e foi a segunda maior valorização do Ibovespa, após as vendas no varejo subirem 2,9% em novembro ante outubro, na série com ajuste sazonal, acima do teto do intervalo das estimativas de analistas. Na comparação com novembro de 2017, sem ajuste sazonal, as vendas do varejo tiveram alta de 4,4% em novembro de 2018.
Leia Também
Azul (AZUL4) chega a cair mais de 10% (de novo) e lidera perdas do Ibovespa nesta segunda-feira (28)
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Há dias consecutivos Via Varejo ON tem sindo a maior alta do Ibovespa, Ontem, teve avanço de 6,87%. Analistas apontam as incertezas em relação à composição acionária da companhia, já que o Grupo Pão de Açúcar (GPA) tem manifestado interesse em vender sua participação na empresa. A estratégia do GPA de vender suas ações na Bolsa abre mais espaço para a família Klein dentro da Via Varejo.
Tiro na testa
A maior baixa do mercado, a Taurus PN fechou amargando tombo de 22,19% enquanto a ON afundou 21,35%. Na espera pela flexibilização da posse de armas, os investidores iniciaram uma busca pelas ações da empresa, que só em janeiro subiram mais de 40%. Mas depois da assinatura do decreto, hoje, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, veio com um balde de água gelada: disse que está em estudo a abertura de mercado para a produção de armas no País, o que prejudicaria a indústria nacional. Segundo o líder do PSL na Câmara, deputado Delegado Waldir (PSL-GO), o assunto será discutido no Congresso, em votação que deve modificar o Estatuto do Desarmamento. "Não acho que o decreto seja ferramenta para quebrar o monopólio. Com a votação do Estatuto, a gente quebra o monopólio da Taurus, algo indispensável para acontecer no País", disse. "(A quebra do monopólio) continua sendo uma pauta da bancada da bala, que nós vamos discutir no Estatuto".
Cerveja atípica
As ações da cervejaria Ambev estiveram entre as mais negociadas do dia, perdendo apenas para as tradicionais Vale, Petrobras e Itaú Unibanco. Questionada pela B3 sobre negociações atípicas até 11 de janeiro, a Ambev diz desconhecer motivo para as oscilações registradas com suas ações. Porém, circulam notícias de que a controladora, AB InBev, considera a possibilidade de lançar uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações na Ásia. "A administração da Companhia não tem conhecimento de ato ou fato relevante que possa justificar a movimentação das ações de sua emissão nos pregões da B3 realizados no período", esclarece a empresa, sobre o intervalo questionado de 27/12/2018 a 11/01 passado. Na data inicial, o volume negociado foi de cerca de R$ 190 milhões, ao preço de R$ 15,10 por ação; e na final, R$ 1,153 bilhão, com a ação valendo R$ 17,13. Hoje, as ações subiram 0,91%.
CCR
Depois de subir 2,76%, ontem, quando a CCR ViaSul se beneficiou da assinatura, na sexta-feira, de contrato de concessão com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para exploração de diversas rodovias localizadas no Rio Grande do Sul, o papel da companhia amargou a maior queda do dia: 3,86%.
Energia
A EDP Energias do Brasil subiu 2,27%, se destacando entre as elétricas, que operavam majoritariamente em queda. O índice de Energia Elétrica (que representa uma medida do comportamento agregado do segmento das companhias de energia elétrica listadas na B3) recuou 0,51%. Um analista que acompanha o setor e falou na condição de anonimato comentou que a EDP vinha registrando uma desempenho pior que o de outras elétricas sem motivos e agora o papel passa por uma correção. "O setor passou por um rali, influenciado pela curva de juros e pela expectativa de crescimento econômico, mas o papel da companhia não tinha se beneficiado do movimento. Não há por que EDP não ter performance em linha com o resto do setor", comentou. O profissional lembrou que a empresa vem entregando os projetos de transmissão antecipadamente e também se beneficia da perspectiva com o crescimento econômico.
Em relatório divulgado no início do ano, os analistas do Goldman Sachs classificaram a EDP como "o melhor veículo de investimento para navegar nos ventos econômicos favoráveis", tendo em vista os múltiplos em que a ação da companhia era negociada, em relação a seus pares.
Que papelão, hein?
Beneficiada pelo avanço do dólar, as ações da Klabin ficaram entre as maiores altas do Ibovespa, com elevação das units de 2,92%. Fernando Bresciani, analista da Mirae Invest, diz que o preço dos ativos também reflete a perspectiva de crescimento da economia e o aumento das encomendas de embalagens. "Além disso, a empresa também vive momentos de desalavancagem, com o projeto Puma", afirma Bresciani. Em operação desde março de 2016, a unidade Puma da Klabin, construída no município de Ortigueira, na Região dos Campos Gerais, prevê aumento na capacidade instalada e tem impactado os resultados anuais da companhia
*Com Estadão Conteúdo
Smart Fit (SMFT3) entra na dieta dos investidores institucionais e é a ação preferida do varejo, diz a XP
Lojas Renner e C&A também tiveram destaque entre as escolhas, com vestuário de baixa e média renda registrando algum otimismo em relação ao primeiro trimestre
Ação da Azul (AZUL4) cai mais de 30% em 2 dias e fecha semana a R$ 1,95; saiba o que mexe com a aérea
No radar do mercado está o resultado da oferta pública de ações preferenciais (follow-on) da companhia, mais um avanço no processo de reestruturação financeira
Ibovespa: Dois gatilhos podem impulsionar alta da bolsa brasileira no segundo semestre; veja quais são
Se nos primeiros quatro meses do ano o Ibovespa tem atravessado a turbulência dos mercados globais em alta, o segundo semestre pode ser ainda melhor, na visão estrategista-chefe da Empiricus
Se errei, não erro mais: Google volta com o conversor de real para outras moedas e adiciona recursos de segurança para ter mais precisão nas cotações
A ferramenta do Google ficou quatro meses fora do ar, depois de episódios nos quais o conversor mostrou a cotação do real bastante superior à realidade
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
Por que o ouro se tornou o porto seguro preferido dos investidores ante a liquidação dos títulos do Tesouro americano e do dólar?
Perda de credibilidade dos ativos americanos e proteção contra a inflação levam o ouro a se destacar neste início de ano
Fim da linha para o dólar? Moeda ainda tem muito a cair, diz economista-chefe do Goldman Sachs
Desvalorização pode vir da relutância dos investidores em se exporem a investimentos dos EUA diante da guerra comercial com a China e das incertezas tarifárias, segundo Jan Hatzius
Lucro líquido da Usiminas (USIM5) sobe 9 vezes no 1T25; então por que as ações chegaram a cair 6% hoje?
Empresa entregou bons resultados, com receita maior, margens melhores e lucro alto, mas a dívida disparou 46% e não agradou investidores que veem juros altos como um detrator para os resultados futuros
CCR agora é Motiva (MOTV3): empresa troca de nome e de ticker na bolsa e anuncia pagamento de R$ 320 milhões em dividendos
Novo código e nome passam a valer na B3 a partir de 2 de maio
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
‘Momento de garimpar oportunidades na bolsa’: 10 ações baratas e de qualidade para comprar em meio às incertezas do mercado
CIO da Empiricus vê possibilidade do Brasil se beneficiar da guerra comercial entre EUA e China e cenário oportuno para aproveitar oportunidades na bolsa; veja recomendações
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
É investimento no Brasil ou no exterior? Veja como declarar BDR no imposto de renda 2025
A forma de declarar BDR é similar à de declarar ações, mas há diferenças relativas aos dividendos distribuídos por esses ativos
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
JBS (JBSS3) aprova assembleia para votar dupla listagem na bolsa de Nova York e prevê negociações em junho; confira os próximos passos
A listagem na bolsa de valores de Nova York daria à JBS acesso a uma base mais ampla de investidores. O processo ocorre há alguns anos, mas ainda restam algumas etapas pela frente
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell