As lojas de R$ 1,99 e o Ibovespa a 100 mil pontos
Na minha adolescência entraram na moda as tais lojas de R$ 1,99. Até a ex-presidente Dilma abriu um delas. A minha mãe era simplesmente fanática por essas lojinhas. Toda semana a gente passava lá para ver se tinha novidades. Comprava pote, espremedor de limão, cortador de ovo, amarrador de cabelo... Na hora de pagar, você sacava uma nota de R$ 2. E não recebia o troco de 1 centavo - só se você pedisse no caixa e ainda ganhava um olhar de reprovação. Sempre me questionei por que não cobravam R$ 2 de uma vez.
Você já reparou que o varejo foge de números redondos? Isso vale para tudo: de meia de R$ 9,90 a carro de R$ 149.999,99. Pensei muito nisso nesta semana, quando a bolsa atingiu os míticos 100 mil pontos na máxima do dia na segunda-feira, número que não está conseguindo sustentar…Por que será?
Quando a dúvida bate é melhor ouvir a voz da experiência. Perguntei para o mestre Ivan Sant’anna se ele lembra como o mercado se comportou quando atingiu outros números marcantes. Como foi a primeira vez que o barril de petróleo bateu nos US$ 100? E quando o Dow Jones superou os 1.000 pontos? Foi nos anos 70, embalado com o frenesi sobre Richard Nixon antes do Watergate.
O Ivan já operava nesta época e contou o que aconteceu nesses mercados em um texto exclusivo para os leitores do Seu Dinheiro. E tem mais: o mestre compara o que aconteceu lá atrás com o cenário atual e te diz o que esperar do Ibovespa. Recomendo muito a leitura!
Haja água pra apagar esse fogo!
Hoje a notícia que está no radar do campo econômico é uma só: a última declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Segundo informações do jornal “O Estado de S.Paulo”, Maia ameaça deixar a articulação política da Previdência. Na opinião do repórter Eduardo Campos, é hora de Bolsonaro entrar em campo e chamar o “corpo de bombeiros” para apagar esse incêndio. Mas haja água, hein?
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Dou-lhe uma, dou-lhe duas, dou-lhe três
Enquanto o fogo queima lá em Brasília, a agenda de concessões do governo federal continua. Hoje, a B3 promove o leilão de quatro áreas portuárias (três em Cabedelo-PB e uma em Vitória-ES), com investimentos previstos em R$ 199 milhões. O leilão faz parte dos planos do governo federal de promover 23 concessões nos 100 primeiros dias de governo.
Saindo da mira
Depois de perder seu grau de investimento pela Moody’s em fevereiro, a Vale recebeu notícias pra lá de positivas na noite de ontem. A agência de classificação de risco S&P tirou a empresa de “observação negativa”. A empresa sob análise desde o acidente de Brumadinho. Boa notícia para o acionista da empresa.
Pesou no bolso
A expectativa já era de queda no lucro líquido, mas o balanço da CCR veio abaixo das estimativas - uma queda de 56%. O acordo de leniência afetou o resultados da empresa. Saiba mais
Arrancada na reta final
A Cyrela bem que tentou, mas não foi possível se livrar de um prejuízo em 2018. A maior incorporadora do país apresentou um invejável salto de 138% no seu lucro do 4º trimestre, mas mesmo assim acabou fechando o ano com saldo negativo de R$ 84 milhões. Mesmo assim, o resultado veio bem melhor do que o mercado esperava e pode trazer um gás para as ações da companhia nesta sexta-feira.
A Bula do Mercado: clima ruim
A bolsa reagiu mal aos últimos acontecimentos do noticiário local e foi do céu ao inferno em uma semana, fechando abaixo da meta dos 100 mil pontos e com o dólar novamente na casa dos R$ 3,80.
A prisão do ex-presidente Michel Temer elevou o nervosismo entre os investidores, que já estavam desconfortáveis com os ruídos políticos vindos do Congresso e mostravam insatisfação com o texto da reforma da previdência militar. A tensão entre a classe política e a força-tarefa da Lava Jato, a queda na popularidade do presidente e as dificuldades na articulação podem atrapalhar a tramitação das reformas.
Clima pesado também no exterior. Wall Street ignora a investigação envolvendo o ex-assessor do presidente Donald Trump, que pode comprovar a interferência da Rússia na eleição de 2016, mas o caso pode elevar a volatilidade dos ativos de risco. Os índices futuros das bolsas de Nova York estão em leve baixa após sessão fraca na Ásia. Na Europa, a decisão da UE em adiar a saída do Reino Unido do bloco impulsiona a libra esterlina.
Ontem, o Ibovespa fechou com queda de 1,34%, aos 96.729,08. O dólar encerrou com alta de 0,88%, a R$3,80. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e uma ótima sexta-feira!
Agenda
Índices
- Tesouro americano divulga dados fiscais de fevereiro;
- Markit divulga PMI de Alemanha, zona do euro e Estados Unidos em março;
Balanços de 2018
- No Brasil: Cesp
- Teleconferência: Cyrela, CCR, Tecnisa e Eztec
Política
- Ministério da Economia anuncia contingenciamento no Orçamento Federal
- Bolsonaro prossegue em visita oficial ao Chile
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O investimento total será de R$ 3,2 bilhões, com pagamentos de quatro parcelas de R$ 720 milhões nos primeiros quatro anos e um depósito de R$ 320 milhões em 2027
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As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
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