Reviravolta nos céus: Delta anuncia a compra de 20% da Latam por US$ 1,9 bilhão
A Delta surpreendeu o mercado, fechando a aquisição de uma fatia de 20% da Latam e anunciando outros investimentos no grupo chileno. A transação levanta uma dúvida: e agora, como fica a Gol?

Um anúncio inesperado chacoalhou o setor aéreo brasileiro no início da noite desta quinta-feira (26): a americana Delta acertou a compra de 20% da Latam, pelo valor de US$ 1,9 bilhão — a transação será realizada através de uma oferta pública de aquisição, ao preço de US$ 16 por papel do grupo chileno.
- O Melhor Curso de Análise Gráfica está com INSCRIÇÕES ABERTAS. Vagas exclusivas e promocionais para leitores Seu Dinheiro, apenas por este link.
A Delta ainda irá investir US$ 350 milhões para "dar suporte ao estabelecimento da parceria estratégica", além de comprar quatro aviões Airbus A350 da Latam e assumir o compromisso de aquisição de outras 10 aeronaves do mesmo tipo, com entrega prevista entre 2020 e 2025.
Por fim, a Delta terá direito a um assento no conselho de administração da Latam. A empresa americana irá emitir dívida e usar parte do caixa para concretizar a operação. "A Delta pretende permanecer dentro dos níveis desejados de alavancagem [após a transação]", diz a companhia.
A notícia pode embaralhar o equilíbrio de forças na aviação comercial do Brasil, já que, atualmente, a Delta possui uma fatia de 9,4% na Gol. Assim, fica uma dúvida no ar: a empresa americana venderá sua participação na rival da Latam?

O mercado reagiu de maneira bastante intensa à movimentação da Delta. No after market da bolsa americana — uma espécie de prorrogação da sessão regular —, as ações da Latam (LTM) estavam disparando 47,9% por volta de 18h40 (horário de Brasília), a US$ 13,48. Já os recibos de ações (ADRs) da Gol recuavam 10,7% no mesmo horário, a US$ 14,68.
Alianças
O anúncio feito pela Delta é surpreendente porque, na aviação comercial, há diversas alianças firmadas entre as companhias aéreas globais — e não é incomum que as empresas que façam parte de um mesmo grupo fechem investimentos e parcerias entre si.
Leia Também
Há, por exemplo, a Oneworld, que tem entre seus membros a Latam, a American Airlines e a British Airways, entre outras. Outra aliança importante é a SkyTeam, com Air France, Delta, KLM e Aeroméxico — a Gol não é um membro formal desse grupo, mas é bem próxima dele. Por fim, há a Star Alliance, que conta com a Lufthansa e a United Airlines em seus quadros.
Assim, a transação entre Delta e Latam é inesperada porque rompe a lógica das alianças globais. E, além de trazer incerteza à Gol, também mina as intenções da American Airlines, que buscava algum tipo de acordo de parceria com a Latam, sua companheira dentro da Oneworld.

A compra de 20% da Latam pela Delta ainda precisa passar por todas as aprovações governamentais e regulatórias. Mas, de qualquer maneira, a empresa americana já diz esperar que a operação resultará num aumento do lucro por ação nos próximos dois anos.
Já a Latam diz que a parceria com a Delta irá melhorar a geração de caixa da empresa, reduzir o endividamento e melhorar sua estrutura de capital, dando fôlego para que a companhia consiga executar seu plano estratégico de longo prazo.
Deu ruim para Automob (AMOB3) e LWSA (LWSA3), e bom para SmartFit (SMFT3) e Direcional (DIRR3): quem entra e quem sai do Ibovespa na 2ª prévia
Antes da carteira definitiva entrar em vigor, a B3 divulga ainda mais uma prévia, em 1º de maio. A nova composição entra em vigor em 5 de maio e permanece até o fim de agosto
Até tu, Nvidia? “Queridinha” do mercado tomba sob Trump; o que esperar do mercado nesta quarta
Bolsas continuam de olho nas tarifas dos EUA e avaliam dados do PIB da China; por aqui, investidores reagem a relatório da Vale
Como declarar ações no imposto de renda 2025
Declarar ações no imposto de renda não é trivial, e não é na hora de declarar que você deve recolher o imposto sobre o investimento. Felizmente a pessoa física conta com um limite de isenção. Saiba todos os detalhes sobre como declarar a posse, compra, venda, lucros e prejuízos com ações no IR 2025
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Depois de derreter mais de 90% na bolsa, Espaçolaser (ESPA3) diz que virada chegou e aposta em mudança de fornecedor em nova estratégia
Em seu primeiro Investor Day no cargo, o CFO e diretor de RI Fabio Itikawa reforça resultados do 4T24 como ponto de virada e divulga plano de troca de fornecedor para reduzir custos
Península de saída do Atacadão: Família Diniz deixa quadro de acionistas do Carrefour (CRFB3) dias antes de votação sobre OPA
Após reduzir a fatia que detinha na varejista alimentar ao longo dos últimos meses, a Península decidiu vender de vez toda a participação restante no Atacadão
Respira, mas não larga o salva-vidas: Trump continua mexendo com os humores do mercado nesta terça
Além da guerra comercial, investidores também acompanham balanços nos EUA, PIB da China e, por aqui, relatório de produção da Vale (VALE3) no 1T25
Temporada de balanços 1T25: Confira as datas e horários das divulgações e das teleconferências
De volta ao seu ritmo acelerado, a temporada de balanços do 1T25 começa em abril e revela como as empresas brasileiras têm desempenhado na nova era de Donald Trump
Bolsas perdem US$ 4 trilhões com Trump — e ninguém está a salvo
Presidente norte-americano insiste em dizer que não concedeu exceções na sexta-feira (11), quando “colocou em um balde diferente” as tarifas sobre produtos tecnológicos
Alívio na guerra comercial injeta ânimo em Wall Street e ações da Apple disparam; Ibovespa acompanha a alta
Bolsas globais reagem ao anúncio de isenção de tarifas recíprocas para smartphones, computadores e outros eletrônicos
Azul (AZUL4) busca até R$ 4 bilhões em oferta de ações e oferece “presente” para acionistas que entrarem no follow-on; ações sobem forte na B3
Com potencial de superar os R$ 4 bilhões com a oferta, a companhia aérea pretende usar recursos para melhorar estrutura de capital e quitar dívidas com credores
Smartphones e chips na berlinda de Trump: o que esperar dos mercados para hoje
Com indefinição sobre tarifas para smartphones, chips e eletrônicos, bolsas esboçam reação positiva nesta segunda-feira; veja outros destaques
Allos (ALOS3) entra na reta final da fusão e aposta em dividendos com data marcada (e no começo do mês) para atrair pequeno investidor
Em conversa com Seu Dinheiro, a CFO Daniella Guanabara fala sobre os planos da Allos para 2025 e a busca por diversificar receitas — por exemplo, com a empresa de mídia out of home Helloo
Após semana intensa, bolsas conseguem fechar no azul apesar de nova elevação tarifária pela China; ouro bate recorde a US$ 3.200
Clima ainda é de cautela nos mercados, mas dia foi de recuperação de perdas para o Ibovespa e os índices das bolsas de NY
Senta que lá vem mais tarifa: China retalia (de novo) e mercados reagem, em meio ao fogo cruzado
Por aqui, os investidores devem ficar com um olho no peixe e outro no gato, acompanhando os dados do IPCA e do IBC-Br, considerado a prévia do PIB nacional
Gigantes da bolsa derretem com tarifas de Trump: pequenas empresas devem começar a chamar a atenção
Enquanto o mercado tenta entender como as tarifas de Trump ajudam ou atrapalham algumas empresas grandes, outras nanicas com atuação exclusivamente local continuam sua rotina como se (quase) nada tivesse acontecido
Tarifa total de 145% dos EUA sobre a China volta a derrubar bolsas — Dow perde mais de 1 mil pontos e Ibovespa cai 1,13%; dólar sobe a R$ 5,8988
A euforia da sessão anterior deu lugar às incertezas provocadas pela guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo; Wall Street e B3 devolvem ganhos nesta quinta-feira (10)
Dia de ressaca na bolsa: Depois do rali com o recuo de Trump, Wall Street e Ibovespa se preparam para a inflação nos EUA
Passo atrás de Trump na guerra comercial animou os mercados na quarta-feira, mas investidores já começam a colocar os pés no chão
Ambev (ABEV3) vai do sonho grande de Lemann à “grande ressaca”: por que o mercado largou as ações da cervejaria — e o que esperar
Com queda de 30% nas ações nos últimos dez anos, cervejaria domina mercado totalmente maduro e não vê perspectiva de crescimento clara, diante de um momento de mudança nos hábitos de consumo
Brava Energia (BRAV3) e petroleiras tombam em bloco na B3, mas analistas veem duas ações atraentes para investir agora
O empurrão nas ações de petroleiras segue o agravamento da guerra comercial mundial, com retaliações da China e Europa às tarifas de Donald Trump