Governo quer limitar juros cobrados de estados
Estados já estão se antecipando ao novo auxílio que está sendo preparado pelo governo federal e têm procurado bancos públicos e privados em busca de propostas para empréstimos dentro do novo programa

A equipe econômica estuda limitar as taxas de juros que poderão ser cobradas por bancos em empréstimos a Estados dentro do novo programa de auxílio que está sendo elaborado pelo governo federal. Segundo o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou, a avaliação no governo federal é que os financiamentos concedidos no passado tinham taxas altas para uma operação com garantia da União. Nesse tipo de operação, o risco das instituições financeiras é "quase zero" porque a União honra os pagamentos caso os Estados não paguem.
De acordo o Tesouro Nacional, o custo médio do estoque dessas operações fechou 2018 em 16,82% ao ano. A expectativa é que novos empréstimos poderão ter taxas bem inferiores, já que os juros básicos da economia estão no menor patamar histórico.
Com caixas vazios, os Estados já estão se antecipando ao novo auxílio que está sendo preparado pelo governo federal e têm procurado bancos públicos e privados em busca de propostas para empréstimos dentro do novo programa. Nas últimas semanas, governadores e secretários de Fazenda têm mantido reuniões com bancos como BNDES, Caixa, Banco do Brasil e bancos privados estrangeiros e nacionais, como Santander, Bradesco, ABC e BTG Pactual, para negociar taxas e volumes que poderão ser emprestados depois que o novo programa da União for aprovado.
Segundo uma fonte que participa das negociações, os próprios bancos nacionais também têm se movimentado e começaram a, ativamente, agendar reuniões com as secretarias de Fazenda nos últimos meses. "Toda semana tem banco querendo agenda com secretário de Fazenda. Eu mesmo já me reuni com três bancos, dois públicos e um privado", afirmou um secretário de Fazenda estadual. Ele pondera, no entanto, que ambos os lados negociam ainda em termos preliminares. "A taxa de juro possível só será fechada quando a União anunciar em que termos vai oferecer a garantia aos empréstimos dos Estados", disse.
Sem a garantia da União, porém, Estados hoje já endividados só teriam acesso a financiamentos com taxas ainda mais elevadas. "Não acho que a União é a salvação, mas com esse aval, poderei pegar empréstimo a taxas melhores para sanar com meu problema de fluxo de caixa de curto prazo", afirmou outro secretário.
Enquanto alguns Estados têm cotado financiamentos novos, outros já iniciaram conversas com instituições das quais já são credores para renegociar dívidas atuais. De acordo com o secretário de Planejamento de Roraima, Marcos Jorge, para eles seria mais vantajoso rolar a dívida que tem hoje com bancos, cujas parcelas consomem cerca de 10% da receita mensal do Estado. "O que precisamos é de um período de carência, o que nos daria um fôlego, ou renegociar a dívida que temos hoje", afirmou.
Leia Também
Além dos bancos, Estados têm se reunido com organismos internacionais, como Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e Banco Mundial - este último vem ajudando o próprio Tesouro Nacional na elaboração do novo socorro.
Segundo o secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, no Estado não existe nenhuma decisão tomada sobre contrair novos financiamentos.
Programa
O novo programa de auxílio, no entanto, não deve garantir a liberação de recursos no curto prazo. Por isso, os Estados, que têm pressa, e os bancos já estão se movimentando. A ideia é deixar propostas e contratos já engatilhados para, quando o programa federal for aprovado, os recursos serem emprestados o mais rápido possível.
A equipe econômica trabalha para que o projeto, que depende da aprovação do Congresso Nacional, esteja pronto em cerca de um mês e tramite junto com a reforma da Previdência, o que servirá como "moeda de troca" para que o governo consiga o apoio dos governadores para as mudanças nas aposentadorias. As adesões ao novo programa devem começar ainda neste ano e durar até o fim do próximo.
Não foi só o Banco Master: entre os CDBs mais rentáveis de março, prefixado do Santander paga 15,72%, e banco chinês oferece 9,4% + IPCA
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado; no mês passado, estoque de CDBs no país chegou a R$ 2,57 trilhões, alta de 14,3% na base anual
Prazo de validade: Ibovespa tenta acompanhar correção das bolsas internacionais, mas ainda há um Trump no meio do caminho
Bolsas recuperam-se parcialmente das perdas dos últimos dias, mas ameaça de Trump à China coloca em risco a continuidade desse movimento
Retaliação da China ao tarifaço de Trump derrete bolsas ao redor do mundo; Hong Kong tem maior queda diária desde 1997
Enquanto as bolsas de valores caem ao redor do mundo, investidores especulam sobre possíveis cortes emergenciais de juros pelo Fed
O agente do caos retruca: Trump diz que China joga errado e que a hora de ficar rico é agora
O presidente norte-americano também comentou sobre dados de emprego, juros, um possível acordo para zerar tarifas do Vietnã e a manutenção do Tik Tok por mais 75 dias nos EUA
A pressão vem de todos os lados: Trump ordena corte de juros, Powell responde e bolsas seguem ladeira abaixo
O presidente do banco central norte-americano enfrenta o republicano e manda recado aos investidores, mas sangria nas bolsas mundo afora continua e dólar dispara
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
O ativo que Luis Stuhlberger gosta em meio às tensões globais e à perda de popularidade de Lula — e que está mais barato que a bolsa
Para o gestor do fundo Verde, Brasil não aguenta mais quatro anos de PT sem haver uma “argentinização”
O Super Bowl das tarifas de Trump: o que pode acontecer a partir de agora e quem está na mira do anúncio de hoje — não é só a China
A expectativa é de que a Casa Branca divulgue oficialmente os detalhes da taxação às 17h (de Brasília). O Seu Dinheiro ouviu especialistas para saber o que está em jogo.
Boletim Focus mantém projeção de Selic a 15% no fim de 2025 e EQI aponta caminho para buscar lucros de até 18% ao ano; entenda
Com a Selic projetada para 15% ao ano, investidores atentos enxergam oportunidade de buscar até 18% de rentabilidade líquida e isenta de Imposto de Renda
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Protege contra a inflação e pode deixar a Selic ‘no chinelo’: conheça o ativo com retorno-alvo de até 18% ao ano e livre de Imposto de Renda
Investimento garimpado pela EQI Investimentos pode ser “chave” para lucrar com o atual cenário inflacionário no Brasil; veja qual é
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Ato falho relevante: Ibovespa tenta manter tom positivo em meio a incertezas com tarifas ‘recíprocas’ de Trump
Na véspera, teor da ata do Copom animou os investidores brasileiros, que fizeram a bolsa subir e o dólar cair
Selic em 14,25% ao ano é ‘fichinha’? EQI vê juros em até 15,25% e oportunidade de lucro de até 18% ao ano; entenda
Enquanto a Selic pode chegar até 15,25% ao ano segundo analistas, investidores atentos já estão aproveitando oportunidades de ganhos de até 18% ao ano
Sem sinal de leniência: Copom de Galípolo mantém tom duro na ata, anima a bolsa e enfraquece o dólar
Copom reitera compromisso com a convergência da inflação para a meta e adverte que os juros podem ficar mais altos por mais tempo
Cuidado com a cabeça: Ibovespa tenta recuperação enquanto investidores repercutem ata do Copom
Ibovespa caiu 0,77% na segunda-feira, mas acumula alta de quase 7% no que vai de março diante das perspectivas para os juros
Inocentes ou culpados? Governo gasta e Banco Central corre atrás enquanto o mercado olha para o (fim da alta dos juros e trade eleitoral no) horizonte
Iminência do fim do ciclo de alta dos juros e fluxo global favorecem, posicionamento técnico ajuda, mas ruídos fiscais e políticos impõem teto a qualquer eventual rali
Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias