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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

Análise

Manifestações de domingo: Várias versões para o mesmo fato

Tivemos uma demonstração de que parcela significativa da população está disposta a sair de casa para cobrar a classe política. Resposta virá na semana, pela postura do Congresso

Eduardo Campos
Eduardo Campos
27 de maio de 2019
5:11 - atualizado às 21:37
protestos bolsonaro 26/5/19
Imagem: Reprodução Twitter

Mais importante que o fato são as versões do fato. O fato é que tivemos massivas manifestações favoráveis ao presidente, à reforma da Previdência e contrárias ao que podemos chamar de “velha política”. Agora, veremos um desfile de versões e possíveis consequências práticas geradas por esse fato.

Começando pelo mercado, não me parece relevante se a manifestação de ontem foi maior ou menor que os protestos do dia 15. O que está em jogo não é nem mais a aprovação da reforma da Previdência, mas sim qual será a potência da reforma.

Alguma pista pode vir nesta semana, já que acaba o período de emendas ao texto da Comissão Especial e o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP) deve ter algum desenho sobre seu relatório a ser apresentado até o dia 15 de junho.

No lado da política, no entanto, o quadro é mais complexo e não dá para “cravar” o que pode acontecer. Temos a demonstração de que parcela significativa da população está disposta a sair de casa para cobrar a classe política.

Quem capitaliza é o próprio presidente Jair Bolsonaro, que apesar de ser político de carreira, foi o candidato que melhor soube captar esse “barulho” das ruas contra a própria política, que foi completamente e corretamente estigmatizada pelo “toma lá, dá cá” e pela busca do poder em benefício próprio, totalmente divorciada do que seriam os anseios populares.

O risco aqui é esse movimento popular levar a algum novo episódio de tensionamento na relação do Executivo com o Congresso, já que Bolsonaro representa essa “não política” no imaginário popular.

Já vimos diversos episódios desses ao longo do ano, sendo o mais recente deles há duas semanas. Nesses episódios temos Bolsonaro em posição antagônica à de Rodrigo Maia, que aliás foi alvo da insatisfação popular.

Nesses momentos de tensionamento, assistimos a trocas de caneladas, com repercussão nos mercados. Mas depois o presidente e Maia fazem gestos de aproximação e a temperatura abaixa, embora nas franjas sigamos vendo reclamações de deputados e de membros do governo.

Podemos continuar vendo esses eventos como um natural choque de acomodação até que se chegue a um bom termo entre uma relação construtiva entre Executivo e Legislativo que contemple a lógica da política, que é o poder, sem necessariamente desaguar em negociações espúrias, “toma lá, dá cá” e outros vetores pouco republicanos.

No Congresso

Algum aceno sobre esse risco de tensionamento nas relações pode vir ao longo da semana, já que teremos pautas relevantes em discussão no Congresso.

No Senado, tem de ser apreciada a medida provisória 870, que faz a reorganização administrativa e tirou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) de Sergio Moro. Bolsonaro já pediu para os senadores, notadamente os do seu partido, respeitarem as alterações e aprovar o texto como está.

Também devemos ter a discussão sobre a MP que trata do saneamento básico e de outra medida que busca coibir fraudes no sistema previdenciário.

Tudo isso pode virar cavalo de batalha política a depender de qual versão do fato vier a ganhar mais força dentro do Congresso.

Os parlamentares podem ficar melindrados por serem alvo de manifestações ou tentar manter ou reafirmar a postura pragmática de ter um Congresso cada vez mais independe do Executivo.

Um amigo com vivência na Câmara, me falou que o Congresso deve "tocar a bola de lado" ao longo da semana, até para não passar a mensagem de que pressão das ruas fazem a Casa "tremer". Por outro lado, se a ideia é mostrar independência e foco em pautas importantes para o país, nada deveria mudar, mas seria esperar demais da política.

Max Weber afirma que aquele que procura a salvação das almas, sua e do próximo, não deve procurá-la nas avenidas da política. Por aqui, parece não haver alternativa.

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