MAIS LIDAS: do país das maravilhas à dura realidade
A segunda-feira começou com o Ibovespa aos 100 mil pontos, um marco histórico na bolsa de valores brasileira. O clima azedou e o índice fechou na sexta abaixo de 94 mil
Caro leitor,
O Brasil foi de 8 a 80 em uma semana. Ou melhor de 100 mil a 93,7 mil.
A segunda-feira começou com o Ibovespa aos 100 mil pontos, um marco histórico na bolsa de valores brasileira. Lá nos EUA, Donald Trump e Jair Bolsonaro trocavam elogios.
O clima foi mudando quando uma pesquisa mostrou uma brusca queda na popularidade de Jair Bolsonaro. Má notícia para um presidente que precisa emplacar uma reforma da Previdência...
Mas ainda assim a dúvida estava no ar. Apesar de estar menos "pop", o governo conseguiu vitória na Câmara para aprovar a liberação de 100% de capital estrangeiro para as companhias aéreas. Um pauta liberal que passou com um placar que seria suficiente para aprovar a reforma da Previdência.
Ao longo da semana o cenário foi piorando. O ex-presidente Michel Temer foi preso e o clima esquentou ainda mais.
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A situação degringolou de vez quando Rodrigo Maia tornou pública sua irritação com o novo governo. Ele chegou a ameaçar abandonar a articulação política da reforma da Previdência. Desespero total.
Essa mudança de humores da política pesou no seu bolso: o dólar bateu em R$ 3,90 e a bolsa perdeu 5,45% na semana. Saímos do país das Maravilhas e voltamos à dura realidade.
Veja as 5 notícias mais lidas da semana:
- Bolsonaro volta à realidade e decide sobre Previdência de militares
- Diretamente dos EUA, Bolsonaro afirma que Brasil quebrará se não aprovar uma reforma robusta
- Bolsonaro se reúne com a CIA, em encontro fora da agenda
- Bolsonaro está menos popular, mas com 329 votos na Câmara?
- Com Ibovespa a 100 mil pontos, ainda vale a pena entrar na bolsa?
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
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