Em encontro com Macri, Bolsonaro diz que propósito é construir Mercosul “enxuto”, mas que continue a ter relevância
Bolsonaro também disse que, na frente externa, é preciso concluir negociações mais promissoras e iniciar novas negociações

Após se reunir nesta quarta-feira, 16, em Brasília com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, o presidente Jair Bolsonaro afirmou há pouco que os dois concordaram em "construir" um Mercosul "enxuto", para que continue a ter relevância no cenário internacional.
"É preciso valorizar a tradição original do Mercosul, com abertura comercial, redução de barreiras e eliminação de burocracias", disse o presidente brasileiro em discurso no Palácio do Planalto. "Concordamos também que, com Uruguai e Paraguai, precisamos aperfeiçoar o Mercosul", continuou.
Bolsonaro também disse que, na frente externa, é preciso concluir negociações mais promissoras e iniciar novas negociações, "com criatividade e flexibilidade para recuperar o tempo perdido". Ele não citou nenhuma negociação em especial, embora o Mercosul esteja conversando com a União Europeia para um acordo de livre comércio.
Macri, que discursou em seguida, reforçou a intenção de "modernizar" o Mercosul e citou o acordo com a União Europeia. "É fundamental agilizar e terminar negociações externas que temos em andamento. Com a União Europeia, avançou como nunca antes, exigiu muito esforço. Com a chegada de Bolsonaro, temos chance de renovar o compromisso político e dar vantagens aos dois blocos", disse.
Reformas para os dois lados
Bolsonaro também aproveitou seu discurso para defender mudanças estruturais em ambos os países. Segundo ele, as reformas que os dois países levam adiante são fundamentais para o crescimento sustentável, sem se referir a nenhuma proposta específica.
Vale lembrar que a Argentina aprovou uma reforma da Previdência em 2017, já durante o governo Macri, enquanto Bolsonaro se prepara para enviar um texto que muda o sistema de aposentadoria no Brasil.
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O presidente brasileiro também comentou sobre o comércio entre os vizinhos e disse que "não há tabu na relação bilateral (...) o que nos move é a busca por resultados concretos, para o bem estar dos brasileiros e argentinos", disse. Bolsonaro afirmou ainda que não há qualquer "viés ideológico" nas tratativas com Macri.
Maduro persona non grata
O encontro entre os líderes latinos também foi marcado pelas críticas ao governo da Venezuela. Em seu discurso, Macri condenou o governo de Nicolás Maduro, o qual se referiu como ditadura.
"Estamos preocupados com a ditadura de Nicolás Maduro. Não aceitamos essa zombaria à democracia e essa tentativa de vitimização, quando na verdade eles são os algozes. A comunidade internacional já percebeu que Maduro se perpetua no poder com eleições fictícias. É uma situação desesperadora. A Assembleia Nacional é a única instituição legítima da Venezuela, eleita democraticamente pelo povo venezuelano", disse o presidente argentino.
Antes de Macri, Bolsonaro discursou no Palácio do Planalto e disse que a preocupação de Brasil e Argentina com a situação da Venezuela é um exemplo de cooperação entre os dois países.
"Só reforça que seguiremos avançando no rumo certo em defesa da democracia, da liberdade, da segurança e do desenvolvimento", afirmou o presidente brasileiro.
*Com Estadão Conteúdo
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