Bolsonaro: Não seremos mais o paraíso de bandidos
Bolsonaro foi ao “Twitter” comentar notícia de que Cesare Battisti admitiu envolvimento em quatro assassinatos. Por ora, nada sobre articulação política das reformas
O presidente Jair Bolsonaro usou sua conta no “Twitter” para comentar o noticiário envolvendo o italiano Cesare Battisti, que admitiu envolvimento em quatro assassinatos nos anos 1970. Battisti se dizia inocente.
Bolsonaro reforçou as críticas ao PT e ao PSOL que teriam proporcionado uma colônia de férias ao terrorista e disse que a nova posição do Brasil é um recado ao mundo: “não seremos mais o paraíso de bandidos!”
Por anos denunciei a proteção dada ao terrorista, aqui tratado como exilado político. Nas eleições, firmei o compromisso de mandá-lo de volta à Itália para que pagasse por seus crimes. A nova posição do Brasil é um recado ao mundo: não seremos mais o paraíso de bandidos!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 25, 2019
O italiano ficou foragido por quase 40 anos e conseguiu refugio no Brasil em 2009, concedido pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Michel Temer reviu a decisão em dezembro do ano passado e depois uma tentativa de sair do Brasil, ele acabou preso na Bolívia e extraditado no começo deste ano.
Bolsonaro esteve reunido com os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil ), general Santos Cruz (ministro da secretaria de governo), e o general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) para tratar da tramitação da reforma da Previdência, que passa por dificuldades depois de desentendimentos com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Sobre esse assunto, não temos, por ora, nenhum tuíte ou comentário do presidente e demais membros do governo.
Esse tuíte sobre a confissão de Battisti pode ser lido dentro de uma estratégia de comunicação do presidente, de manter sua base de apoio engajada nas redes sociais. Essa estratégia do presidente e seus familiares, no entanto, está no centro do desgaste com Maia. Com falamos aqui, é possível manter o apoio e o “calor” das redes, sem agredir aliados.