IPCA surpreende mercado e BC, mas apenas reforça Selic estável em 6,5%
Depois de meses ficando abaixo das expectativas, inflação tem maior alta mensal desde a greve dos caminhoneiros
Um fato raro aconteceu nesta quarta-feira com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Tanto o mercado quanto o Banco Central (BC) erram a projeção para baixo, depois de meses superestimando o comportamento dos preços.
Mas antes de olharmos os números, vamos ao que nos importa aqui. O desvio para cima não muda o cenário de Selic estável em 6,5% ao ano, que vem sendo reforçado pela cautela, serenidade e perseverança do BC.
Postura que deve ser reafirmado, ainda hoje, pelo presidente Roberto Campos Neto, que faz palestra em evento em Nova York. Seu discurso deve ser divulgado pela assessoria do BC, por volta das 11 horas.
O BC tem destacado que não reage a mudanças pontuais de cenário para cima ou para baixo, apenas quando enxerga mudança de tendência nas variáveis que acompanha.
O IPCA fechou o mês de março em 0,75%, vindo de 0,43% em fevereiro. Os analistas ouvidos pela “Projeções Broadcast” estimavam inflação entre 0,55% e 0,67%, com mediana de 0,63%. Já o BC, em seu último relatório de inflação, projetou IPCA de 0,55%.
A leitura mensal foi a maior para o meses de março desde 2015 (1,32%) e em 12 meses passou de 3,89% para 4,58%, maior leitura desde fevereiro de 2017 (4,76%).
Leia Também
Segundo o IBGE, a aceleração da inflação foi determinada pelas altas de 1,37% no grupo Alimentação e Bebidas e de 1,44% nos Transportes. Juntos, esses grupos responderam por 80% do índice do mês. Todos os grupos pesquisados no IPCA subiram de preço, exceto Comunicação, que com queda 0,22%, único com deflação.
Os núcleos, que tentam captar a tendência da inflação e são observados de perto pelo BC, não tiveram altas significativas.
Na sua última ata e no Relatório de Inflação, em março, o BC antecipava uma elevação da inflação nos próximos meses, “que deverá levar a inflação acumulada em doze meses a atingir um pico em torno de abril ou maio próximos. Em seguida, a inflação acumulada em doze meses deve recuar e encerrar o ano em torno dos níveis projetados”.
Para 2019, a meta de inflação é de 4,25% com banda de tolerância de 1,5 ponto, para 2020, que começa a ter peso crescente para o colegiado, a meta é de 4%. As projeções do BC com Selic estável e câmbio a R$ 3,85, apontam para IPCA de 4,1% neste ano de 4% em 2019.
A surpresa inflacionária de março deve promover uma redução nas apostas quanto a novos cortes de juros, que vinham aumentando já que os preços seguiam surpreendendo para baixo e atividade continua em rimo bastante moderado.
O BC também tem destacado a importância das reformas, notadamente a da Previdência, como "fundamentais para a sustentabilidade do ambiente com inflação baixa e estável, para o funcionamento pleno da política monetária e para a redução da taxa de juros estrutural da economia, com amplos benefícios para a sociedade”.
Felipe Miranda: O Brasil (ainda não) voltou — mas isso vai acontecer
Depois de anos alijados do interesse da comunidade internacional, voltamos a ser destaque na imprensa especializada. Para o lado negativo, claro
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Está com pressa por quê? O recado do chefão do BC dos EUA sobre os juros que desanimou o mercado
As bolsas em Nova York aceleraram as perdas e, por aqui, o Ibovespa chegou a inverter o sinal e operar no vermelho depois das declarações de Jerome Powell; veja o que ele disse
A escalada sem fim da Selic: Campos Neto deixa pulga atrás da orelha sobre patamar dos juros; saiba tudo o que pensa o presidente do BC sobre esse e outros temas
As primeiras declarações públicas de RCN depois da divulgação da ata do Copom, na última terça-feira (12), dialogam com o teor do comunicado e do próprio resumo da reunião
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Voltado para a aposentadoria, Tesouro RendA+ chega a cair 30% em 2024; investidor deve fazer algo a respeito?
Quem comprou esses títulos públicos no Tesouro Direto pode até estar pensando no longo prazo, mas deve estar incomodado com o desempenho vermelho da carteira
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Stuhlberger compra bitcoin (BTC) na véspera da eleição de Trump enquanto o lendário fundo Verde segue zerado na bolsa brasileira
O Verde se antecipou ao retorno do republicano à Casa Branca e construiu uma “pequena posição comprada” na maior criptomoeda do mundo antes das eleições norte-americanas
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA
A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)
Renda fixa apimentada: “Têm nomes que nem pagando CDI + 15% a gente quer”; gestora da Ibiuna comenta sobre risco de bolha em debêntures
No episódio da semana do podcast Touros e Ursos, Vivian Lee comenta sobre o mercado de crédito e onde estão os principais riscos e oportunidades
7% ao ano acima da inflação: 2 títulos públicos e 10 papéis isentos de IR para aproveitar o retorno gordo da renda fixa
Com a alta dos juros, taxas da renda fixa indexada à inflação estão em níveis historicamente elevados, e em títulos privados isentos de IR já chegam a ultrapassar os 7% ao ano + IPCA
Selic sobe para 11,25% ao ano e analista aponta 8 ações para buscar lucros de até 87,5% ‘sem bancar o herói’
Analista aponta ações de qualidade, com resultados robustos e baixo nível de endividamento que ainda podem surpreender investidores com valorizações de até 87,5% mais dividendos
Carne com tomate no forno elétrico: o que levou o IPCA estourar a meta de inflação às vésperas da saída de Campos Neto
Inflação acelera tanto na leitura mensal quanto no acumulado em 12 meses até outubro e mantém pressão sobre o BC por mais juros
Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes
Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos
O que comprar no Tesouro Direto agora? Inter indica títulos públicos para investir e destaca ‘a grande oportunidade’ nesse mercado hoje
Para o banco, taxas como as que estamos vendo atualmente só ocorrem em cenários de estresse, que não ocorrem a todo momento