Indicador de investimentos do Ipea sobe 0,4% em fevereiro
Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) saltou 10,1% em relação a fevereiro do ano passado. O crescimento acumulado em doze meses alcançou 5,2%.
Os investimentos na economia voltaram a crescer em fevereiro, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O Indicador Ipea de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF, medida dos investimentos no Produto Interno Bruto - PIB) avançou 0,4% em relação a janeiro, na série com ajuste sazonal. O resultado sucede um crescimento de 2,1% obtido no mês anterior, quando a FBCF foi impulsionada pelas operações de comércio exterior envolvendo plataformas de petróleo.
O desempenho positivo do primeiro bimestre de 2019 já dá uma contribuição estatística para a FBCF de 2,2% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2018, mesmo que o indicador de março fique estagnado.
"Se não houver crescimento em março, os investimentos terão crescido 2,2% no primeiro trimestre", disse José Ronaldo de Castro Souza Júnior, diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea .
Na comparação entre o trimestre terminado em fevereiro de 2019 e o trimestre terminado em novembro de 2018, os investimentos subiram 1,1%.
No mês de fevereiro, o indicador de FBCF saltou 10,1% em relação a fevereiro do ano passado. O crescimento acumulado em doze meses alcançou 5,2%.
Na passagem de janeiro para fevereiro, o consumo aparente de máquinas e equipamentos (Came) - que corresponde à produção doméstica, mas excluídas as exportações e somadas as importações - teve crescimento de 2,9%, puxando a média global do indicador de FBCF no período. Enquanto a produção interna de bens de capital líquida de exportações avançou 43,5%, a importação de bens de capital encolheu 47,1%.
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"Parte da volatilidade observada em fevereiro pode ser explicada pelos efeitos das operações de comércio exterior envolvendo plataformas de petróleo ocorridas no mês anterior, que provocaram fortes oscilações nas exportações e importações de máquinas e equipamentos", justificou o Ipea, em nota oficial.
Por outro lado, o componente da construção civil recuou 1,2% em fevereiro ante janeiro. Já o componente da FBCF classificado como outros ativos fixos - que inclui investimentos em pesquisa e desenvolvimento, por exemplo - caiu 0,6% na passagem de janeiro para fevereiro.
Na comparação com fevereiro de 2018, o consumo aparente de máquinas e equipamentos cresceu 17,5% em fevereiro de 2019. A construção civil teve uma perda de 0,8%, e o componente outros ativos fixos registrou expansão de 3,7%.
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