Com juro menor, grande investidor busca diversificação
No primeiro trimestre deste ano, o volume de oferta de ações movimentou R$ 5,1 bilhões – todas referentes à venda de papéis de empresas que já estão listadas na bolsa (follow- on)
Com a queda da taxa de juros para o menor patamar da história (6,5% ao ano), os investidores têm buscado alternativas para ampliar seus ganhos. Famílias endinheiradas, por exemplo, que antes aplicavam boa parte do seu patrimônio em renda fixa, agora estão tendo de ousar mais, em um movimento que acaba beneficiando o mercado de capitais.
No primeiro trimestre deste ano, o volume de oferta de ações movimentou R$ 5,1 bilhões - todas referentes à venda de papéis de empresas que já estão listadas na bolsa (follow- on). O montante é equivalente a 45% das operações de todo o ano passado, quando foram movimentados R$ 11,3 bilhões.
O diretor executivo do Bradesco, Bruno Boetger, reforça que a indústria de asset management (gestão de recursos) tem sido obrigada a buscar maior rentabilidade, o que explica parte da demanda por novas ofertas de ações no mercado.
O responsável pela área de Equity Capital Markets Citi Brasil, Marcelo Millen, também vê na queda dos juros o maior interesse dos investidores por ações de empresas. Segundo ele, a busca por alternativas para elevar os ganhos tem gerado uma nova leva de gestores independentes de recursos que têm de colocar o dinheiro para funcionar.
De acordo com Millen, as plataformas eletrônicas, como a XP, ajudaram muito no processo. Até então, havia poucos gestores e eles eram sempre ligados aos conglomerados financeiros. Agora, há um grupo desses profissionais que têm de R$ 1 bilhão a R$ 3 bilhões de patrimônio e quer ativos para investir. "Esse processo de fragmentação da indústria de fundos é muito importante porque abre espaço para o mercado local. É alternativa que dá mais agilidade para o poupador."
Previdência
Nesse ambiente, há uma melhora de humor. "Mesmo com os ruídos (em Brasília), o otimismo continua", diz Boetger.
Leia Também
Para ele, a expectativa é que haja neste ano entre 30 e 40 operações (entre aberturas de capital e ofertas de empresas já listadas).
Os números do chefe global de banco de investimento do Itaú BBA, Roderick Greenlees, são um pouco menores, entre 25 e 30 operações. O executivo afirma que, apesar da tramitação mais difícil que o esperado da reforma da Previdência, o apetite por operações no mercado de capitais está maior.
As expectativas do mercado, de forma geral, refletem o entendimento de que a proposta passará no Congresso. Segundo Boetger, do Bradesco, há cerca de US$ 150 bilhões de investimento estrangeiro para entrar na bolsa brasileira se a reforma for aprovada.
Várias empresas estão com processos em andamento com a intenção de aproveitar o momento que a proposta passar pelo Congresso. Millen, do Citi Brasil, afirma que prepara duas grandes operações de follow-on e IPO, que devem ficar o segundo semestre.
Para o chefe do banco de investimentos do Credit Suisse, Bruno Fontana, emissões de empresas já listadas devem responder por boa parte das operações. "É um dos instrumentos mais fáceis e rápidos de se acessar o mercado."
Especialista em mercado de capitais do Stocche Forbes Advogados, Henrique Filizzola diz que as empresas estão aguardando o momento adequado para fazer as ofertas - o escritório está com três possíveis operações para fechar.
"As empresas que já estavam se preparando desde o ano passado foram a mercado num ambiente de expectativa, no início do ano. Houve uma gradação dessas expectativas, mas, mesmo assim, há operações na rua", diz Joaquim Oliveira, do escritório Cescon Barrieu Advogados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Olha nos classificados: Depois da leve alta de ontem, Ibovespa se prepara para mais um dia difícil pela frente hoje
Petróleo acima dos US$ 80 e juros das Treasuries de 10 anos próximos de 5% mantêm pressão sobre os mercados financeiros internacionais
Ações da Petz (PETZ3) saltam quase 9% com expectativa renovada de aval do Cade para fusão com a Cobasi
No fim de semana, o noticiário foi dominado por rumores de que a aprovação do Cade para a combinação de negócios das gigantes do mercado pet está próxima de sair do papel
BTG Pactual (BPAC11) pode saltar 40% em 2025 e ainda pagar bons dividendos, diz JP Morgan — mas há outros bancos na mira dos analistas
BTG e outro gigante do setor bancário são escolhas populares entre os investidores, que hoje preferem ações com rendimentos elevados com proventos ou com menor risco de queda de lucros
BC terá de elevar Selic a níveis “extremamente elevados” ou admitir dominância fiscal, diz SPX
Caso o governo não adote novas medidas fiscais, o ajuste virá pela inflação, que vai aumentar “até que o estoque de dívida perca relevância”, diz a SPX
Tem certeza que nada presta? Ibovespa tenta recuperação em meio a dados fortes na China, prévia do PIB e inflação nos EUA
Além da agenda de indicadores, mercado já se prepara para o início da temporada de balanços nos Estados Unidos
Weg (WEGE3): fábrica de bilionários da B3 segue cobiçada pelos tubarões da Faria Lima e é uma das apostas da AZ Quest em ações para 2025
Em entrevista ao Seu Dinheiro, o gestor de renda variável Welliam Wang alertou para ano turbulento na bolsa brasileira — e revela quais ações estão na carteira da gestora
Nova bolha em ações de IA, EUA vendem US$ 6,5 bilhões em Bitcoin e os dois anos da fraude na Americanas (AMER3): os destaques da semana no Seu Dinheiro
Entusiasmo com a IA pode estar levando investidores a cenário de “exuberância irracional” 25 anos após a primeira bolha tech, alerta Howard Marks, cofundador da Oaktree Capital
Adeus, B3? Trump, risco fiscal e Selic elevada devem manter investidor estrangeiro afastado da bolsa brasileira em 2025
Volatilidade e a depreciação recentes do real fizeram o investidor estrangeiro ter uma visão mais negativa do Brasil
O tombo das bolsas ao redor do mundo: por que o dado de emprego dos EUA fez as ações caírem, o dólar disparar e o mercado de dívida renovar máxima
Enquanto os investidores se reposicionam sobre o número de corte de juros pelo Fed este ano, já tem bancão dizendo que a autoridade monetária vai olhar para outro lugar
Nos holofotes dos investidores: Brava Energia (BRAV3) avança na estratégia de desinvestimento e anuncia novos interessados nos ativos onshore
Segundo o fato relevante enviado à CVM, a companhia deve analisar as propostas “dentro do seu fluxo de governança corporativa”
Investidores na dieta “low-carb”: Ações da Camil (CAML3) desabam 11% na B3 com balanço magro e derrocada de 69% do lucro líquido
O mau humor acompanha a divulgação de um resultado amargo no terceiro trimestre fiscal de 2024, com queda significativa nos indicadores de lucratividade
Não é hora de desistir das ações: Bancão revela cinco empresas que podem tirar vantagem dos tempos incertos na bolsa brasileira
Para o Bradesco BBI, essas companhias têm “alavancas de autoajuda” frequentemente subestimadas que podem ajudá-las a tirar proveito das preocupações macroeconômicas
Anatomia de uma fraude: Ibovespa aguarda IPCA e payroll nos EUA enquanto escândalo da Americanas completa 2 anos
Ibovespa acumula alta de pouco mais de 1% na primeira semana cheia de janeiro, mas resultado final dependerá dos indicadores previstos para hoje
Feliz 2025? Só para quem tiver paciência para aproveitar excelentes oportunidades na bolsa
O investidor que tem foco no longo prazo entende que estamos em uma janela rara, com ações de muita qualidade negociando por múltiplos baixíssimos
Dois anos da fraude na Americanas (AMER3): queda de 99,5% das ações, retomada do lucro e punições a executivos. O que aconteceu com a varejista e como ficam os acionistas agora?
Foi em 11 de janeiro de 2023 que o mercado se deparou pela primeira vez com as notícias de inconsistências contábeis na varejista. Veja o que mudou desde então
Oi (OIBR3) conclui negociações com Mileto para venda de ativos de TV por assinatura; a empresa vai seguir para o processo competitivo
A transação será feita por meio de uma unidade produtiva isolada (UPI), composta por 100% das ações de uma companhia criada especificamente para reunir esses ativos
Mineradoras x siderúrgicas: escolha do Bradesco BBI derruba Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) na bolsa — saiba qual é a única ação que o banco recomenda comprar agora
No dia anterior, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou um acordo entre a Gerdau e o Cade
‘Ter moeda e ativos fortes não é especulação, é legítima defesa’, diz TAG Investimentos; veja as recomendações da gestora para 2025
Em carta mensal, gestora prevê Selic terminal a 17% e forte desaceleração do crescimento econômico brasileiro e diz que as taxas de juros dos Estados Unidos seguirão definindo o destino dos ativos globais
Fundo imobiliário HCTR11 decide distribuir dividendos e cotas disparam mais de 20% na bolsa hoje; confira os valores e datas
O FII HCTR11 havia anunciado que não seriam distribuídos dividendos referentes ao mês de dezembro, mas, após a gestora ir na direção oposta, o fundo voltou atrás
Após quase dois anos sem pagar proventos, TORD11 anuncia distribuição de dividendos; cotas sobem quase 7% na bolsa hoje
O último pagamento de dividendos realizado pelo FII TORD11 ocorreu em fevereiro de 2023; cotas do fundo vêm patinando na bolsa desde outubro