🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

As pragas do protecionismo: perder dinheiro é o menor problema

Como não raro acontece em situações protecionistas, após quase três anos de euforia “trumpiana”, a diminuição do comércio internacional fez com que a economia dos Estados Unidos começasse a fraquejar

7 de outubro de 2019
12:08 - atualizado às 12:10
protecionismo
O protecionismo americano - Imagem: Shutterstock

Durante muitos anos, desde o governo do democrata Jimmy Carter (1977/1981), os Estados Unidos adotaram práticas antiprotecionistas. Com alguns países asiáticos, tais como Japão e China, a coisa funcionava da seguinte maneira: essas nações exportavam produtos industrializados para os americanos, resultando num enorme déficit comercial para os EUA e consequente superávit para os parceiros do outro lado do mundo.

Em contrapartida, japoneses e chineses usavam (aliás, continuam usando) as reservas em dólares que acumulavam para comprar títulos do Tesouro dos Estados Unidos. Uma mão lavava a outra e a coisa funcionou bem. Mas nem sempre foi assim.

Quem está dando o alerta é o Marink Martins, nosso especialista em mercados globais e volatilidade. Os sinais estão ficando cada vez mais claros, o que torna o momento urgente para você agir.

Voltando a Jimmy Carter, durante a disputa presidencial ocorrida em 1976, quando ele enfrentou o presidente republicano em exercício, Gerald Ford, Carter costumava dizer em seus comícios que os americanos compravam carros japoneses em demasia.

O democrata venceu Ford por 297 a 240 no colégio eleitoral, além de ter obtido 50,1% dos votos populares, contra 48% do adversário – havia candidatos independentes, o que explica o fato de a soma não dar 100%.

Quatro anos mais tarde, Jimmy foi derrotado por Ronald Reagan, mais em função da crise dos reféns da embaixada dos Estados Unidos em Teerã, e de uma tentativa desastrada de resgatá-los, do que de fatores econômicos.

Leia Também

Desde sua posse, ocorrida no dia 20 de janeiro de 1981, Reagan mostrou ao que veio, com uma doutrina que seria conhecida como Reagonomics.

Entre outras coisas, Ronald Reagan deixou claro que as empresas americanas que não fossem competitivas o suficiente para enfrentar os concorrentes estrangeiros deveriam se reestruturar ou fechar suas portas.

Desde então, os Estados Unidos se tornaram um grande importador de produtos industriais, tanto de quinquilharias e utensílios os mais diversos como de bens de consumo duráveis, e exportador de serviços e tecnologia.

A balança comercial era tão deficitária que não a chamavam de trade balance mas de trade deficit.

Regiões como o Vale do Silício tiveram crescimentos fantásticos. Na outra face da moeda, cidades como Pittsburgh, a capital do aço, e Detroit, dos automóveis, entraram em franca decadência.

A era Trump

Surgiu, então, Donald Trump, um milionário republicano, mais conhecido por suas extravagâncias do que por atividades político-partidárias, para disputar as eleições de 2016, contra a favoritíssima Hillary Clinton.

Além de sua proposta mais comentada, a de que iria construir um muro na fronteira com o México, e que os mexicanos pagariam pela construção da barreira, em cada lugar que visitava, Trump prometia recriar empregos que haviam sido perdidos a partir da implantação da Reagonomics.

Para uma cidade, por exemplo, que tivera no passado uma fábrica de televisores ou geladeiras, ele garantia restabelecer a indústria, taxando os equivalentes importados. “ America first”, bradava o candidato protecionista.

Prometeu incentivar a extração de carvão, e tudo mais que criasse novos empregos. Embora tendo perdido para Hillary nos votos populares, Donald Trump ganhou em diversos swing states (estados nos quais ora vencem os republicanos, ora os democratas), tais como Flórida, Iowa, Michigan, Ohio, Pensilvânia e Wisconsin. Em todos estes, Barack Obama se elegera na corrida presidencial anterior.

Como, nas eleições americanas, a maioria dos estados usa o princípio de “ The winner takes all” (tanto faz ganhar por um voto como ter 100% dos eleitores), Trump venceu no colégio eleitoral, mesmo tendo levando uma surra na Califórnia e outra em Nova York.

Como não raro acontece em situações protecionistas, após quase três anos de euforia “trumpiana”, a diminuição do comércio internacional fez com que a economia dos Estados Unidos começasse a fraquejar. O país está se aproximando perigosamente de uma recessão.

O Brexit

Do outro lado do Atlântico Norte, mais precisamente no Reino Unido, aconteceu mais ou menos a mesma coisa em termos de opção pelo protecionismo.

Num erro monumental de cálculo, o primeiro-ministro David Cameron, desejando aumentar seu prestígio político, e poder no parlamento, convocou um referendo popular para saber se o povo queria que a Grã-Bretanha permanecesse na Comunidade Europeia.

Deu zebra. Os adeptos do divórcio com a União Europeia (EU) venceram por 51,89% a 48,11%. A tática foi mais ou menos a mesma de Trump. “ UK First”, embora este slogan não tivesse sido usado.

Um político a favor do Brexit chegava em uma cidade, Manchester, por exemplo, e dizia numa reunião do sindicado dos bombeiros-encanadores: “ Não sei como aceitam que um búlgaro venha trabalhar aqui cobrando um terço do que vocês costumavam ganhar”.

Ou, numa cooperativa de agricultores submetidos às rígidas regras impostas por Estrasburgo (sede do Parlamento Europeu): “Está na hora de se libertarem das amarras da burocracia do continente”.

O certo é que o Brexit foi aprovado. Agora ninguém sabe como implantá-lo. Theresa May tentou. Fracassou. O exótico Boris Johnson perde quase todas as votações no parlamento e está sempre se equilibrando na corda bamba.

Guerra comercial

Nada se equipara a danos protecionistas do que a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. Esse conflito está em pleno andamento, com Donald Trump dizendo uma coisa hoje e a desdizendo amanhã.

Diminuição no comércio mundial é recessão praticamente certa. Pior, recessão global. Evitá-la através da diminuição das taxas de juros seria a solução mais óbvia. Acontece que poucas vezes na história econômica mundial as taxas foram tão baixas, isso quando não estão negativas.

Numa entrevista concedida à jornalista brasileira Flávia Sekles, publicada na revista Veja em outubro de 1986, Ronald Reagan, entre dezenas de outras afirmações, disse:

“Você precisa de um mercado livre e da livre concorrência para manter o desenvolvimento das indústrias, para atualizá-las com o avanço tecnológico, para reduzir seus custos de produção e corresponder às necessidades e aos desejos dos consumidores.”

Se as nações se esqueceram desse conceito tão lógico quanto simples, e que funcionou tão bem por tanto tempo, seus povos vão pagar caro por isso.

Para alguns, o protecionismo e a recessão que vem a reboque significam perda de dinheiro nas bolsas de valores. Para boa parte da população mundial, representa fome.

 

 

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RESOLUÇÃO DA TRANSPARÊNCIA

Quanto custa a ‘assessoria gratuita’? O que muda com a regra que obriga à divulgação da remuneração dos assessores de investimento

31 de outubro de 2024 - 6:15

A norma da CVM obriga os assessores de investimentos e outros profissionais do mercado a divulgarem suas formas e valores de remuneração, além de enviarem um extrato trimestral aos clientes

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O saldão da eleição: Passado o segundo turno, Ibovespa se prepara para balanços dos bancões

28 de outubro de 2024 - 8:14

Bolsas internacionais repercutem alívio geopolítico, resultado eleitoral no Japão e expectativa com eleições nos Estados Unidos

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Este é o tipo de conteúdo que não pode vazar

23 de outubro de 2024 - 20:00

Onde exatamente começam os caprichos da Faria Lima e acabam as condições de sobrevivência?

AGORA VAI?

A porta para mais dividendos foi aberta: Petrobras (PETR4) marca data para apresentar plano estratégico 2025-2029

17 de outubro de 2024 - 15:25

O mercado vinha especulando sobre o momento da divulgação do plano, que pode escancarar as portas para o pagamento de proventos extraordinários — ou deixar só uma fresta

A TAXA FAVORITA DO BRASILEIRO

O retorno de 1% ao mês voltou ao Tesouro Direto: títulos públicos prefixados voltam a pagar mais de 12,7% ao ano com alta dos juros

14 de outubro de 2024 - 15:39

Títulos indexados à inflação negociados no Tesouro Direto também estão pagando mais com avanço nos juros futuros

SIMULAMOS!

Quanto renderia na poupança e no Tesouro Direto o dinheiro que o brasileiro gasta todo mês nas bets

14 de outubro de 2024 - 6:04

Gasto médio do apostador brasileiro nas casas de apostas virtuais é de R$ 263 mensais, segundo levantamento do Datafolha. Mas dados mais recentes do Banco Central mostram que, entre os mais velhos, a média é de R$ 3 mil por mês. Quanto seria possível ganhar se, em vez de jogar, o brasileiro aplicasse esse dinheiro?

Conteúdo BTG Pactual

Em busca de dividendos ou de ganho de capital? Monte uma carteira de investimentos personalizada para o seu perfil de investidor

10 de outubro de 2024 - 8:00

O que é importante saber na hora de montar uma carteira de investimentos? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar o portfólio ‘ideal’

OPERADORAS DE SAÚDE

É hora de comprar a ação da Hapvida? BB Investimentos inicia cobertura de HAPV3 e vê potencial de quase 40% de valorização até 2025; entenda os motivos

9 de outubro de 2024 - 15:14

Entre as razões, BB-BI destacou a estratégia de verticalização da Hapvida, que se tornou a maior operadora de saúde do país após fusão com a NotreDame Intermédica

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Efeito borboleta: Investidores monitoram ata do Fed, falas de dirigentes e IPCA de setembro para antecipar rumos do Ibovespa e dos juros

9 de outubro de 2024 - 8:09

Participantes do mercado esperam aceleração da inflação oficial no Brasil em meio a temores de ciclo de alta de juros ainda maior

DE OLHO NAS REDES

O ‘recado anti-cripto’ do governo dos EUA — e o que isso diz sobre como Kamala Harris lidaria com moeda

7 de outubro de 2024 - 17:46

Às vésperas das eleições nos Estados Unidos, o mercado cada vez mais se debruça sobre os possíveis impactos de uma presidência de Kamala Harris ou Donald Trump. No mercado de criptomoedas isso não é diferente. Com o pleito se aproximando, os investidores querem saber: quem é o melhor candidato para o mundo dos criptoativos? No programa […]

Atendimento personalizado

Planejador financeiro certificado (CFP®): como o ‘personal do bolso’ pode te ajudar a organizar as finanças e investir melhor

5 de outubro de 2024 - 8:00

A Dinheirista conversou com Ana Leoni, CEO da Planejar, associação responsável pela certificação de planejador financeiro no Brasil; entenda como trabalha este profissional

SETOR DE SAÚDE

Dona do Ozempic vai investir mais de R$ 800 milhões no Brasil — mas não será para produção de ‘canetas do emagrecimento’

4 de outubro de 2024 - 16:30

A farmacêutica dinamarquesa vai desembolsar R$ 864 milhões para a melhoria de processos na fábrica de Minas Gerais, responsável pela produção de insulina

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Entre o petróleo e o payroll: Ibovespa busca recuperação com juros nos EUA e conflito no Oriente Médio como pano de fundo

4 de outubro de 2024 - 8:19

Relatório mensal de emprego nos EUA deve dar o tom do dia nos negócios enquanto guerra continua pressionando o petróleo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Sob pressão: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho, mas alta do petróleo continua e pode ajudar o Ibovespa

3 de outubro de 2024 - 8:09

Vitória do governo no STF em relação a resíduos tributários do Programa Reintegra também pode repercutir no Ibovespa hoje

ENGORDANDO A CARTEIRA

Dividendos e JCP: BTG Pactual lança opção de reinvestimento automático dos proventos; saiba como funciona

2 de outubro de 2024 - 16:40

Os recursos serão reinvestidos de acordo com as recomendações do banco, sem custo para os clientes que possuem carteiras automatizadas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio, Ibovespa reage à alta do petróleo e à elevação do rating do Brasil

2 de outubro de 2024 - 7:58

Agência Moody’s deixou o rating soberano do Brasil a apenas um degrau do cobiçado grau de investimento — e a perspectiva é positiva

EXPANSÃO INTERNACIONAL

Nvidia já vale quase quatro ‘Ibovespas’ — e ainda tem investidor de olhos fechados para o exterior, diz sócio do BTG

1 de outubro de 2024 - 15:40

Segundo Marcelo Flora, a expansão no exterior é “inevitável”, mas ainda há obstáculos no caminho de uma verdadeira internacionalização da carteira dos brasileiros

PERSPECTIVAS

Renner (LREN3) vai se beneficiar com a “taxação das blusinhas”? BB Investimentos revisa preço-alvo para as ações e diz se é hora de comprar os papéis da varejista

1 de outubro de 2024 - 15:08

Segundo BB-BI, os papéis LREN3 vêm apresentando performance “bastante superior” à do Ibovespa desde o início do ano, mas a varejista ainda tem desafios

ORÁCULO DE OMAHA

Como Warren Buffett decide quando vender uma ação e por que o bilionário está ‘desovando’ papéis do Bank of America no mercado

29 de setembro de 2024 - 16:30

O Oráculo de Omaha acendeu um alerta no mercado ao vender posições tradicionais em empresas como Apple e Bank of America

RENDA FIXA

Banco BV lança CDB que rende até 136% do CDI e com resgate até nos finais de semana; veja como investir

26 de setembro de 2024 - 14:01

O novo título faz parte da ação que comemora os 36 anos do banco neste mês de setembro

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar