A segunda vida da bolsa

Entre as muitas histórias geniais de Machado de Assis, uma das minhas favoritas é um conto chamado “A Segunda Vida”, sobre um homem que diz ter morrido e voltado para uma nova existência aqui na Terra.
O escritor se vale de uma premissa que parece sobrenatural para tratar de um tema bem próximo de todos nós: o medo do risco. O tal homem pede para renascer experiente, só que acaba passando ao largo da nova vida, por já saber o que deu errado na anterior.
Eu me lembrei da história depois de receber algumas mensagens de leitores que querem saber se devem ou não investir na bolsa. O Ibovespa, aliás, cravou mais um recorde – o terceiro na semana, pode pedir música – e fechou em alta de 0,46%, aos 111.125 pontos.
Nesses níveis, e depois da alta de quase 200% desde as mínimas lá em 2016, é natural se questionar se ainda é hora de entrar. Não há sensação pior do que chegar na festa justo na hora em que estão apagando as luzes.
De fato, não há certeza alguma de que a bolsa vai continuar a subir. Mesmo assim, considero fundamental ter uma parte da carteira em renda variável neste momento.
O investimento em bolsa é por natureza arriscado. Mas o medo de não agir muitas vezes pode ter um efeito ainda pior, como nos ensina o analista Machado de Assis.
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