Gafisa é acusada de tentar receber pela 2ª vez créditos que vendeu como CRI
Polo Capital diz que comprou CRIs da Gafisa, mas empresa mandou boleto para o cliente com o número da sua conta bancária. Prática prejudica investidor que comprou CRIs com recebíveis da incorporadora.
Em mais um sinal de que passa por um momento extremamente delicado, a Gafisa está, agora, sendo acusada de querer receber novamente por créditos imobiliários que já havia securitizado, ou seja, transferido para outro credor.
Quem denunciou essa “nova prática” em fato relevante ao mercado foi a Polo Capital Securitizadora, que detém créditos de 20 séries da primeira emissão de certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) da Gafisa.
Desde outubro do ano passado a Gafisa é comandada pela gestora de recursos GWI, do investidor coreano Mu Hak You. O Seu Dinheiro publicou uma série de reportagens que mostram que o novo comando da empresa toma decisões questionáveis para o futuro da companhia e que podem prejudicar clientes e acionistas minoritários.
Nas operações de CRIs, as construtoras aglutinam vários recebíveis imobiliários, como aluguéis e prestações de imóveis corporativos ou residenciais que têm a receber, num título novo, emitido por uma securitizadora e vendido a investidores no mercado.
Ao fazer essa operação, a Gafisa recebeu um valor antecipado pelos créditos, com desconto; e os repassou, na íntegra, para a Polo. O que a Polo identificou, em janeiro passado, é que a Gafisa passou a enviar boletos de pagamentos das prestações ou alugueis aos seus clientes pedindo que eles depositassem os recursos numa conta da própria Gafisa, em vez de direcioná-los para uma conta da Polo. Ou seja, a Gafisa está querendo receber novamente pelos créditos que já repassou para a Polo, atitude que lesa quem investiu nesses CRIs.
“A Gafisa, em descumprimento das suas obrigações de gestão e cobrança do créditos prevista nos contratos de cessão firmados entre as partes passou, a partir de janeiro de 2019, de forma unilateral, a emitir boletos contendo dados bancários da própria Gafisa em notória violação à cessão dos créditos correspondentes”, diz o comunicado da Polo.
Leia Também
A securitizadora pede aos clientes que somente paguem boletos cujos beneficiário seja a Polo, jamais a Gafisa, e informa que está tomando as medidas cabíveis para solucionar o assunto.
Cheira mal
Quem toma uma atitude como essa, que pode ser enquadrada como fraudulenta, afirmam especialistas do setor, é somente uma empresa que está em sérias dificuldades financeiras, perto de ficar sem recursos para tocar o dia a dia de suas operações.
“Fica claro que a empresa precisa de dinheiro agora e está fazendo o que for preciso para manter a bicicleta pedalando”, resumiu um analista.
A gestão GWI adotou o hábito de divulgar cartas aos acionistas detalhando suas medidas na empresa. Na última delas, de 1 de fevereiro, a GWI afirma que continua buscando alternativas de funding para o negócio. Entre as opções que cita no documento estão: "securitização da carteira de recebíveis, monetização de ativos, avaliação de parcerias e estruturação de fundo imobiliários”. Com atitudes como a denunciada pela Polo, vai ficar cada vez mais difícil para a Gafisa estruturar produtos financeiros no mercado para viabilizar suas atividades.
Desde que assumiu a empresa, a GWI vem tomando medidas incompreensíveis. Apesar das dificuldades de caixa da Gafisa, assim como de outras empresas do setor no Brasil, optou por tirar recursos de lá para fazer uma recompra de ações que serviu para sustentar o preço dos papéis. Demitiu toda a diretoria e colocou executivos da gestora para assumir a empresa e tem tomado decisões que parecem cada vez mais minar o negócio, como a suspensão de pagamentos a fornecedores e até mesmo do aluguel do espaço ocupado pela sua sede. Recentemente, depois de cancelar ações recompradas, a GWI ficou na berlinda para ter de fazer uma oferta de ações por toda a companhia, situação ainda indefinida.
Em comunicado, a Gafisa disse que "em face do noticiado pelo Grupo Polo, esclarece que está tomando as medidas cabíveis sobre o caso".
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?
Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos