Retomada do apetite por risco marca a sexta-feira
Alívio monetário e arrefecimento da guerra comercial alimentam otimismo entre investidores

Os ativos financeiros globais iniciam o último dia de negócios da semana impulsionados pela retomada do apetite por risco depois de uma série de medidas de alívio monetário anunciadas ou prometidas por diferentes bancos centrais ao redor do mundo no decorrer da última semana.
Hoje foi a vez de a autoridade monetária chinesa reduzir uma de suas taxas de juro de curto prazo, conforme o esperado por especialistas.
Em um dia marcado pela ausência de indicadores econômicos relevantes a serem divulgados, o retorno dos Estados Unidos e da China à mesa de negociações ajuda a alimentar o otimismo entre os investidores.
Os mercados de ações da Ásia fecharam quase todos em alta. Na Europa, as principais bolsas de valores abriram no azul enquanto os índices futuros de Nova York sinalizavam para uma valorização dos ativos negociados em Wall Street.
Reunião para marcar reunião?
A primeira reunião entre norte-americanos e chineses em quase dois meses para lidar com a guerra comercial entre os dois países é uma notícia bem-vinda. Delegações de médio escalão das duas potências retomaram ontem os contatos oficiais e seguirão reunidas hoje em Washington.
Produção agrícola, propriedade intelectual e transferência forçada de tecnologia figuram entre os principais assuntos em pauta. A ideia do encontro é buscar consensos que viabilizem uma reunião de alto nível no mês que vem.
Leia Também
Entretanto, não demorou para aparecer um conselheiro da Casa Branca para “avisar” que os EUA poderiam elevar as tarifas sobre bens e produtos chineses para 50% “ou até mesmo 100%” se um acordo não for alcançado em breve.
A ver se a retomada dos contatos bilaterais trará avanços ou não passará de uma reunião para marcar outra reunião.
Apostas na Selic recalibradas
O corte de meio ponto porcentual na taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB), anunciado na quarta-feira, levou agentes dos mercados financeiros a recalibrarem suas apostas para os próximos episódios da descida da taxa de juro de referência a seu piso histórico.
A Selic encontra-se atualmente em 5,50% ao ano. Até a reunião de quarta-feira, a maioria das casas apostava que a Selic encerraria o ano a 5,00%. Mas a ação no juro e a sinalização do Copom de que mais cortes vêm por aí levaram diversos bancos a passarem a enxergar o fim do ciclo no começo de 2020 em algum ponto entre 4,25% e 4,75% ao ano.
E enquanto os contratos de juros futuros tendem a acompanhar o reposicionamento dos investidores em relação à Selic, o Ibovespa deve iniciar a sessão beneficiado pelo otimismo em torno da guerra comercial enquanto investidores aguardam um anúncio sobre o descontingenciamento de verbas pelo governo federal.
No mercado de câmbio, o apetite por risco pode levar a uma recuperação do real ante o dólar depois de uma disparada da moeda norte-americana no fim da sessão de ontem em meio a uma fuga de investidores estrangeiros na busca por retornos mais altos, justamente por causa da sinalização do Copom em relação aos próximos passos da política monetária brasileira.
Greve Global pelo Clima
Também é bom prestar atenção aos protestos convocados por estudantes de todos os cantos do mundo para esta sexta-feira com o objetivo de chamar a atenção para uma ação mais enfática de líderes políticos e empresariais no combate às mudanças climáticas às vésperas da Assembleia Geral da ONU.
A chamada Greve Global pelo Clima resultou mais cedo em manifestações em mais de 100 cidades apenas na Austrália. Há eventos programados para hoje em mais de 800 cidades dos EUA, 400 na Alemanha e 50 no Brasil.
Bitcoin engata alta e volta a superar os US$ 90 mil — enfraquecimento do dólar reforça tese de reserva de valor
Analistas veem sinais de desacoplamento entre bitcoin e o mercado de ações, com possível aproximação ao comportamento do ouro
Dólar fraco, desaceleração global e até recessão: cautela leva gestores de fundos brasileiros a rever estratégias — e Brasil entra nas carteiras
Para Absolute, Genoa e Kapitalo, expectativa é de que a tensão comercial entre China e EUA implique em menos comércio internacional, reforçando a ideia de um novo equilíbrio global ainda incerto
JBS (JBSS3): Vêm mais dividendos bilionários por aí? Bancão enxerga oportunidade de retornos e diz que é hora de colocar os papéis na carteira
Apesar de ser a companhia com um dos maiores retornos, ainda há obstáculos no caminho da JBS
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano
Tenda (TEND3) sem milagres: por que a incorporadora ficou (mais uma vez) para trás no rali das ações do setor?
O que explica o desempenho menor de TEND3 em relação a concorrentes como Cury (CURY3), Direcional (DIRR3) e Plano & Plano (PLPL3) e por que há ‘má vontade’ dos gestores
Trump x Powell: uma briga muito além do corte de juros
O presidente norte-americano seguiu na campanha de pressão sobre Jerome Powell e o Federal Reserve e voltou a derrubar os mercados norte-americanos nesta segunda-feira (21)
Bitcoin (BTC) em alta: criptomoeda vai na contramão dos ativos de risco e atinge o maior valor em semanas
Ambiente de juros mais baixos costuma favorecer os ativos digitais, mas não é só isso que mexe com o setor nesta segunda-feira (21)
Putin não aguentou a pressão? Rússia diz que pode negociar a paz direto com a Ucrânia — mas mantém condições
Presidente russo sinaliza na direção do fim do conflito, mas não retira condições para o fim da guerra no leste da Europa
Acabou a brincadeira: China faz alerta contundente aos países que fizerem acordo com Trump
Enquanto isso, Pequim tenta usar a Coreia do Sul para triangular exportações e escapar dos efeitos das tarifas norte-americanas
A bolsa de Nova York sangra: Dow Jones cai quase 1 mil pontos e S&P 500 e Nasdaq recuam mais de 2%; saiba o que derrubou Wall Street
No mercado de câmbio, o dólar perde força com relação a outras moedas, atingindo o menor nível desde março de 2022
Como declarar fiagros e fundos imobiliários (FIIs) no imposto de renda 2025
Fundos imobiliários e fiagros têm cotas negociadas em bolsa, sendo tributados e declarados de formas bem parecidas
Agenda econômica: é dada a largada dos balanços do 1T25; CMN, IPCA-15, Livro Bege e FMI também agitam o mercado
Semana pós-feriadão traz agenda carregada, com direito a balanço da Vale (VALE3), prévia da inflação brasileira e reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Nvidia cai mais de 6% com ‘bloqueio’ de Trump em vendas de chips para China e analista prefere ação de ‘concorrente’ para investir agora; entenda
Enquanto a Nvidia sofre com as sanções de Donald Trump, presidente americano, sobre a China, outra ação de inteligência artificial está se destacando positivamente
A coisa está feia: poucas vezes nas últimas décadas os gestores estiveram com tanto medo pelo futuro da economia, segundo o BofA
Segundo um relatório do Bank of America (BofA), 42% dos gestores globais enxergam a possibilidade de uma recessão global
Sol sem clichê: 4 destinos alternativos para curtir o verão no Hemisfério Norte
De Guadalajara a Montreal, quatro cidades surpreendentes para quem quer fugir do lugar comum com charme e originalidade no verão do Hemisfério Norte
Ainda há espaço no rali das incorporadoras? Esta ação de construtora tem sido subestimada e deve pagar bons dividendos em 2025
Esta empresa beneficiada pelo Minha Casa Minha Vida deve ter um dividend yield de 13% em 2025, podendo chegar a 20%
Google teve semana de más notícias nos EUA e Reino Unido; o que esperar da próxima semana, quando sai seu balanço
Nos EUA, juíza alega que rede de anúncios digitais do Google é monopólio ilegal; no Reino Unido, empresa enfrenta ação coletiva de até 5 bilhões de libras por abuso em publicidade
Inteligência artificial e Elon Musk podem manchar a imagem das empresas? Pesquisa revela os maiores riscos à reputação em 2025
A pesquisa Reputation Risk Index mostrou que os atuais riscos à reputação das empresas devem aumentar no decorrer deste ano
Hypera (HYPE3): empresário Lírio Parisotto muda de ideia (de novo) e desiste de concorrer a vaga no conselho da farmacêutica
O acionista Geração L. PAR – fundo de investimento do próprio empresário – já havia comunicado que o executivo não iria mais concorrer ao posto no início de abril
Os cinco bilionários que mais perderam dinheiro neste ano em meio ao novo governo Trump – e o que mais aumentou sua fortuna
O ano não tem sido fácil nem para os ricaços; a oscilação do mercado tem sido fortemente influenciada pelas decisões do novo governo Trump, em especial o tarifaço global proposto por ele