Ainda não foi dessa vez: Ibovespa perde força no fim do pregão e fecha abaixo dos 100 mil pontos
O principal índice da bolsa brasileira passou boa parte da tarde na faixa dos 100 mil pontos, mas não conseguiu permanecer nesse nível. O dólar comercial ficou praticamente estável
O Ibovespa atingiu novos recordes nesta terça-feira, mas, assim como ontem, não teve força para encerrar o pregão na faixa dos 100 mil pontos. Após passar boa parte da tarde em alta, o principal índice da bolsa brasileira virou e, por volta de 16h10, passou a operar no campo negativo, de volta ao nível dos 99 mil pontos. Apesar do otimismo do mercado em relação à reforma da Previdência, o tom foi de maior cautela nesta terça-feira, às vésperas das decisões de política monetária do Copom e do Fed.
O Ibovespa fechou em queda de 0,41%, aos 99.588,37 pontos, após chegar aos 100.438,87 pontos na máxima do dia — um novo recorde intradiário. O dólar à vista recuou 0,06%, aos R$ 3,7891. Os DIs com vencimento em janeiro de 2020 fecharam com leve alta, de 6,35% para 6,36%, enquanto as curvas com vencimento em janeiro de 2021 recuaram de 6,921% para 6,9%.
O mercado doméstico segue confiante na aprovação da reforma da Previdência ainda no primeiro semestre, mas segue aguardando as novidades sobre o projeto da previdência militar. Mais cedo, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, afirmou mais cedo que a reforma da Previdência da categoria deve gerar economia de R$ 13 bilhões aos cofres públicos em 10 anos, mas voltou atrás horas depois e disse que a estimativa estava errada. Há a expectativa de que a proposta dos militares seja encaminhada ao Congresso amanhã.
Lá fora, as atenções estão voltadas à decisão de amanhã do Federal Reserve. O mercado trabalha com a manutenção do juro básico na faixa entre 2,25% e 2,50%, com a possibilidade de a autoridade monetária americana sinalizar amanhã que adotará uma política menos apertada ao longo de 2019.
Para Vladimir Caramaschi, estrategista-chefe da Indosuez Wealth Management, os fatores locais, como a reforma da Previdência, e externos, com a perspectiva de menos altas de juros pelo Fed neste ano, dão sustentação ao bom momento do Ibovespa. "Mas grande parte desse otimismo já está no preço. É provável que a gente comece a ver resistências maiores a novas altas", diz.
Em meio à expectativa em relação à decisão do Fed, os mercados acionários americanos fecharam sem direção única: o Dow Jones caiu 0,1%, o S&P 500 recuou 0,01% e o Nasdaq teve alta de 0,12%. Na Europa, o dia foi positivo, com o índice pan-europeu Stoxx 600 fechando em alta de 0,57% — as principais bolsas do continente também terminaram a sessão no azul.
Leia Também
Vale e CSN em direções contrárias
Uma reviravolta agitou o setor de mineração e siderurgia na última hora de pregão. Pouco antes das 16h, a Vale informou, em fato relevante, que a Justiça autorizou a retomada das atividades da barragem de Laranjeiras e do complexo minerário de Brucutu.
Tal notícia causou impacto imediato nas ações ON da CSN: os papéis, que passaram boa parte do dia em alta firme, viraram e encerraram em queda de 3,8%. As ações ON da Vale, por sua vez, tiveram alta de 2,85%.
Operadores destacam que as ações da CSN ganharam espaço nos últimos dias, reagindo às estimativas financeiras para 2019 e ao balanço da companhia no quarto trimestre de 2018, considerado forte. Além disso, as recentes notícias desfavoráveis à Vale também ajudaram a dar força à CSN, uma vez que a empresa possui atuação relevante no setor de mineração.
Assim, a autorização para que a Vale retome as operações na barragem de Laranjeiras foi o gatilho para um movimento de realização nos papéis da siderúrgica. Apesar das perdas de hoje, CSN ON ainda acumula alta de 20,41% em março e de 78,17% em 2019.
As demais empresas do setor de siderurgia tiveram um dia positivo, num contexto de alta de 0,3% nos preços do vergalhão de aço na bolsa de Xangai e de promessas do governo chinês para acelerar projetos de construção para estimular o crescimento econômico do país — o que implicaria em aumento da demanda por produtos siderúrgicos. As ações PNA de Usiminas avançaram 5,3% e Gerdau PN teve alta de 2,13%.
Cessão onerosa volta a impulsionar Petrobras
Os papéis da Petrobras também operam em alta firme, apesar do tom levemente negativo do petróleo no exterior — as ações ON da estatal subiram 1,58%, enquanto as PN avançam 1,6%. E isto porque o assunto da cessão onerosa, que andava em segundo plano, voltou ao radar: o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), afirmou que a revisão do contrato deve resultar num saldo de US$ 9 bilhões a favor da companhia.
Esta também foi a primeira sessão após a indicação de Andrea Marques de Almeida para o cargo de diretora executiva financeira e de Relacionamento com Investidores da estatal.
Bancos têm dia negativo
Mas, apesar de Petrobras e Vale continuarem em alta, as ações do setor bancário caíram em bloco e puxaram o Ibovespa para baixo. Bradesco PN caiu 2,15%, Banco do Brasil ON teve perda de 2,14% e Itaú Unibanco PN recuou 2,33%. Para Ai Santos, gerente da mesa de operações da H. Commcor, as ações dos bancos têm "ficado para trás" no atual momento de otimismo e, embora acumulem desempenho positivo no mês, ainda possuem espaço para subir. Na semana, por exemplo, essas ações acumulam queda e, no mês, têm altas modestas, entre 2% e 4,5%.
Projeções novas, reações opostas
As ações ON de Cosan mantiveram-se em alta desde o início da sessão, fechando o dia com ganho de 1,76%, após a companhia anunciar o guidance para 2019: a empresa prevê a expansão de até 19% do Ebitda em 2019, uma alta entre 11% e 19% sobre o resultado de 2018.
Por outro lado, Rumo ON recuou 4,89% e liderou as baixas do Ibovespa. A empresa também alterou suas projeções financeiras para o ano: agora, a Rumo prevê Ebitda entre R$ 3,85 bilhões e R$ 4,15 bilhões para este ano — a estimativa anterior era de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização na faixa de R$ 3,6 bilhões a R$ 3,9 bilhões.
Em relatório, o Credit Suisse analisou que a Rumo traça um cenário de crescimento para o futuro, o que é positivo. No entanto, as projeções da empresas implicam em investimentos volumosos, muito superiores aos traçados pelo banco.
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Gerdau compra controle total da Gerdau Summit, por US$ 32,6 milhões; entenda a estratégia por trás disso
Valor da aquisição será pago à vista, com recursos próprios até o fechamento da transação, previsto para o início de 2025
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais
Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Devendo e apostando: 29% dos inadimplentes jogaram em bets para ganhar dinheiro rápido, diz Serasa
Estudo mostra que 46% dos inadimplentes na base da Serasa já apostaram pelo menos uma vez na vida
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos