Desemprego cresce em 14 Estados no 1º trimestre de 2019
Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%), Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%) tiveram as menores taxas; os piores resultados foram registrados no Amapá (20,2%), Bahia (18,3%) e Acre (18,0%)
Semana após semana os dados da economia vem desanimando o mercado. No fim de abril, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a taxa de desocupação total do País no primeiro trimestre foi de 12,7%, ante 13,1% nos três primeiros meses de 2018.
Nesta quinta-feira, o IBGE soltou mais um recorte desses dados com a Pnad, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. A pesquisa indica que a taxa de desemprego subiu em 14 das 27 unidades da federação.
As maiores taxas foram registradas no Amapá (20,2%), na Bahia (18,3%) e no Acre (18,0%). Menores taxas de desemprego foram registradas em Santa Catarina (7,2%), Rio Grande do Sul (8,0%), Paraná e Rondônia (ambos com 8,9%) tiveram as menores taxas.
No Rio, a taxa de desemprego ficou em 15,3% e, em Minas Gerais, em 11,2%. São Paulo ficou em 13,5%.
A taxa de subutilização do país foi de 25%, o que representa 28,3 milhões de pessoas, a maior da série iniciada em 2012, ainda segundo a Pnad. Esse grupo representa desocupados, subocupados com menos de 40 horas semanais e uma parcela de pessoas disponíveis para trabalhar, mas que não conseguem procurar emprego por motivos diversos
A taxa de subutilização do primeiro trimestre foi a maior dos últimos sete anos em 13 das 27 unidades da federação, com destaque para Piauí (41,6%), Maranhão (41,1%), Acre (35%), Paraíba (34,3%), Ceará (31,9%) e Amazonas (29,2%).
Leia Também
Há dois anos ou mais em busca de trabalho
Um quarto dos 13,387 milhões de brasileiros desempregados no primeiro trimestre estão há dois anos ou mais em busca de trabalho, conforme dados da Pnad Contínua.
Do total de desempregados no primeiro trimestre, 24,8%, ou 3,319 milhões de pessoas, estão nessa condição há dois anos ou mais.
Outros 6,074 milhões de trabalhadores estão desempregados de um mês a menos de um ano, o equivalente a 45,4% do total de desempregados, enquanto 2,108 milhões (15,7%) buscam trabalho há menos de um mês e 1,886 milhão (14,1% do total) o fazem há de um ano a menos de dois anos.
Maioria preta ou parda
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, chamou a atenção para os efeitos da cor da pele no desemprego. Segundo os dados da Pnad, 63,9% do total de 13,387 milhões de brasileiros desempregados no primeiro trimestre são pretos e pardos.
Com isso, a taxa de desemprego entre as pessoas de pele preta ficou em 16,0%, ante a média nacional de 12,7%. Já a taxa para as pessoas de pele parda foi de 14,5%, enquanto, entre os brancos, ficou em 10,2%.
No primeiro trimestre de 2012, quando havia 7,6 milhões de desempregados, pretos e pardos representavam 59,1% do total de pessoas desocupadas, ou seja, o desemprego atingiu mais essa parcela da população.
"Em sua maioria, a população de pretos e pardos é de baixa renda. O avanço expressivo (no desemprego) é porque os cortes de vagas foram maiores nos canteiros de obra, e outros empregos que atingem a população mais pobre", afirmou Azeredo.
Jovens têm situação pior
Quando analisamos o recorte por idade, a taxa de desemprego entre os brasileiros com idade de 18 a 24 anos ficou em 27,3% no primeiro trimestre. O percentual está acima do dobro da taxa media nacional.
Para Cimar Azeredo, a persistência do elevado desemprego entre os mais jovens causa consequências de longo prazo. Isso porque jovens que completaram 18 anos em meio a recessão de 2014 a 2016 e à estagnação que se seguiu, estão tendo dificuldade de experimentar o primeiro emprego.
"Quem se formou em 2014 pode não ter experimentado o mercado de trabalho. A crise gera um estrago de longo prazo", afirmou.
*Com Estadão Conteúdo.
A banca (quase) sempre ganha: Brasileiro perde 35% do que gasta nas bets
Dados sobre mercado brasileiro de apostas online constam de relatório do Itaú que tentava analisar impacto das bets sobre o varejo
Atividade aquecida: Produção de carros impulsiona indústria em julho — que registra melhor desempenho desde 2020
O crescimento de 4,1% do setor na passagem de maio para junho ficou bem acima da mediana das estimativas dos analistas
Inflação mais fraca em junho tira pressão do dólar e dos DIs, mas ainda não afeta projeções para Selic
IPCA mensal desacelerou de 0,46% para 0,21% na passagem de maio para junho; analistas esperavam inflação de 0,32%
Na véspera da divulgação do PIB do 1T24, mercado eleva projeções para a Selic e a inflação
Boletim Focus prevê que a taxa de juros feche 2024 em 10,25%; para IPCA, estimativa é de 3,88%.
Com taxa de informalidade entre jovens maior do que a média do mercado, governo busca soluções
O trabalho informal entre jovens afeta principalmente as populações femininas e negras; já as regiões que mais apresentam trabalhadores não-registrados são o Nordeste e o Norte
Motoristas e entregadores de aplicativo ganham menos e trabalham mais, aponta Ipea
Entre 2012 e 2015, os motoristas tinham rendimento médio mensal de R$ 3.100. Em 2022, o valor auferido era inferior a R$ 2.400, uma queda de 22,5%
Bancos doam R$ 6 milhões e suspendem dívidas de vítimas no Rio Grande do Sul; empresas gaúchas na bolsa são afetadas pelas enchentes
As instituições também possuem parcerias com entidades civis locais e estão mobilizando clientes e funcionários para doações às vítimas
Beco sem saída? O que o Fed vai fazer com os juros após sinais mistos do principal relatório de emprego dos EUA
As mensagens contraditórias estão vindo também dos próprios membros do BC norte-americano, que indicaram que a inflação está arrefecendo, mas não o suficiente para justificar os primeiros cortes na taxa — o Seu Dinheiro joga luz sobre o que pode acontecer agora
Empregos em risco? Com o avanço da inteligência artificial também cresce o medo do desemprego — e não apenas no Brasil
Preocupação com a privacidade e a segurança dos dados foram citados por profissionais de países da América Latina
O pior está por vir para a bolsa? Por que Biden está comemorando o dado de emprego, mas você não deveria
A economia norte-americano criou 353 mil vagas em janeiro, muito acima da previsão de 185 mil, enquanto o desemprego caiu e o salário aumentou — números que podem atrapalhar o caminho de quem investe em ações; entenda por quê
Desemprego atinge o nível mais baixo em quase dez anos; confira os detalhes do último levantamento do IBGE
Taxa de desemprego fechou o trimestre até dezembro de 2023 em 7,4%; taxa de subutilização também diminuiu
O IPCA-15 vazou! Agora o IBGE quer saber como — e por que — isso aconteceu
IPCA-15 de janeiro foi publicado cerca de uma hora antes do horário previsto em sistema interno e vazou para grupos de economistas
O ChatGPT vai roubar o seu emprego? Inteligência artificial ameaça dizimar oportunidades de trabalho — e quem diz isso é o FMI
Na visão do FMI, o avanço da IA pode afetar aproximadamente 40% dos empregos no mundo todo, mas países como o Brasil correm menos riscos
Quais as habilidades mais requisitadas para cargos de alto escalão no mercado de trabalho?
Segundo consultorias, as companhias buscam especialistas em IA e ESG para os cargo de diretoria e presidência
Recessão nos Estados Unidos sai do radar, mas outros riscos voltam à tona na maior economia do mundo. O que esperar?
Tensões geopolíticas e as eleições presidenciais também são fatores a serem acompanhados, além do mercado de trabalho e inflação
PIB volta a ‘enganar’ analistas e supera expectativas; saiba quem jogou bem e as decepções da economia no 3T23
PIB cresce 0,1% na comparação trimestral e 2,0% em base anual; economistas esperavam retração de 0,2% em relação ao segundo trimestre de 2023
Com desemprego em queda, Brasil bate recorde e número de trabalhadores ocupados ultrapassa 100 milhões pela primeira vez
A taxa de desemprego atingiu o menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015, segundos dados do IBGE
Modelo de divulgação do IBGE é “ultrapassado”? É o que pensa o presidente do instituto, Marcio Pochmann; veja
Hoje, os resultados de pesquisas e estudos do IBGE — que fornece números oficiais, como de inflação e PIB — são informados, simultaneamente, a diversos órgãos de imprensa
Agenda econômica: Reta final da temporada de balanços divide espaço com inflação dos EUA e feriado no Brasil nesta semana
Para fechar a semana, na quinta-feira (16) será divulgado o IBC-Br, considerado uma prévia do PIB oficial do Brasil
Mocinhos e vilões: alimentos e passagens aéreas sobem e pressionam inflação, mas queda deste item fez IPCA de outubro vir melhor do que o esperado; veja
O resultado ficou abaixo do previsto por analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam na média uma inflação de 0,29% em outubro