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Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Mercados respiram aliviados

Os EUA tiraram o pé do acelerador na guerra comercial e aliviaram as tarifas à China

O Escritório do Representante Comercial dos EUA tirou alguns itens da lista de importações da China que seriam sobretaxadas e adiou a aplicação das tarifas a outros produtos, medida que foi comemorada pelos mercados

Victor Aguiar
Victor Aguiar
13 de agosto de 2019
11:44 - atualizado às 18:19
Guerra comercial EUA China
Imagem: Shutterstock

A guerra comercial entre Estados Unidos e China, que vinha tirando o sono dos mercados financeiros, teve um novo desdobramento nesta terça-feira (13). Só que, desta vez, o noticiário trouxe alívio às negociações globais por sinalizar uma "trégua" entre Washington e Pequim.

Há pouco, o Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês), anunciou novas medidas a serem tomadas em relação às importações de produtos chineses — e, agora, as diretrizes do governo americano são menos agressivas.

Segundo o órgão, "certos produtos" serão removidos da lista de US$ 300 bilhões em importações da China que serão sobretaxadas em 10% a partir de 1º de setembro — o USTR diz que a medida foi tomada com base na "saúde, segurança nacional e outros fatores". Tais mercadorias, contudo, não foram listadas pela instituição.

Além disso, as autoridades americanas também estabeleceram que alguns artigos eletrônicos — como celulares, laptops, video games e monitores — e de vestuário — como calçados e roupas — passarão a sofrer com as tarifas de 10% apenas a partir de 15 de dezembro.

O anúncio trouxe um forte alívio aos mercados globais, que mostrava-se cada vez mais preocupado em relação à escalada nas tensões entre americanos e chineses — e aos eventuais impactos da guerra comercial à economia global.

Essa melhora do humor foi imediata nos mercados acionários globais: nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York abriram em queda, mas logo viraram ao campo positivo — o Dow Jones (+1,44%), o S&P 500 (+1,48%) e o Nasdaq (+1,95%) fecharam com altas firmes, puxados pelo bom desempenho das ações do setor de tecnologia.

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No Brasil, o Ibovespa passou por trajetória semelhante: o principal índice da bolsa brasileira também abriu em queda, mas terminou o pregão com ganhos de 1,36%, aos 103.299,47 pontos, recuperando parte das perdas da véspera.

Por fim, o dólar à vista recuou 0,39%, a R$ 3,9678, após chegar a bater os R$ 4,0125 na máxima (+0,73%). Confira aqui a cobertura completa dos mercados nesta terça-feira.

O que disse Donald Trump?

Logo após o anúncio do USTR, o presidente americano, Donald Trump, foi ao Twitter e voltou a fazer comentários a respeito das tensões comerciais com a China. O republicano não fez nenhuma menção direta ao alívio sinalizado pelo órgão, mas adotou um tom mais moderado em sua fala:

"Como sempre, a China disse que iria comprar 'muito' dos grandes fazendeiros americanos. Até agora, eles não fizeram o que prometera. Talvez agora seja diferente!", escreveu Trump.

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