Previsão de déficit primário de 2019 sobe para R$ 104,3 bi, mostra Prisma Fiscal
Para 2020, os analistas projetam um déficit de R$ 73,850 bilhões, também com uma folga para a meta, que é de R$ 110 bilhões no negativo
Os analistas de mercado ouvidos pelo Ministério da Economia seguem prevendo que o governo entregará um déficit primário em 2019 menor que a meta fiscal negativa de R$ 139 bilhões deste ano. De acordo com o boletim Prisma Fiscal de maio, divulgado na manhã desta quinta-feira, 16, pela Pasta, a mediana das previsões passou de um rombo de R$ 100,455 bilhões para um rombo de R$ 104,334 bilhões.
Para 2020, os analistas projetam um déficit de R$ 73,850 bilhões, também com uma folga para a meta, que é de R$ 110 bilhões no negativo. No boletim anterior, as previsões indicavam um saldo negativo de R$ 68,974 bilhões para o próximo ano.
O Prisma deste mês alterou de R$ 1,570 trilhão para R$ 1,562 trilhão a previsão do mercado para a arrecadação das receitas federais em 2019. Para 2020, a projeção para a arrecadação caiu um pouco, de R$ 1,685 trilhão para 1,679 trilhão.
A estimativa para a receita líquida do Governo Central neste ano foi praticamente mantida, passando de R$ 1,317 trilhão para R$ 1,312 trilhão, enquanto para o próximo ano passou de R$ 1,410 trilhão para R$ 1,404 trilhão.
Pelo lado do gasto, a projeção de despesas totais do Governo Central neste ano caiu levemente, de R$ 1,419 trilhão para R$ 1,418 trilhão. Para 2020, a estimativa passou de R$ 1,482 trilhão para R$ 1,481 trilhão.
A mediana das projeções dos analistas do Prisma para a Dívida Bruta do Governo Geral ao fim de 2019 continua em 78,20% do PIB. Para 2020, a estimativa, que estava em 79,36% do PIB, subiu para 79,45% do PIB no relatório de hoje.
Curto Prazo
O Prisma também atualizou as projeções fiscais para este e os próximos dois meses. Para maio, a estimativa de déficit primário passou de R$ 14,404 bilhões para R$ 15,008 bilhões.
Para junho, a previsão também é de déficit, passando de R$ 13,608 bilhões para R$ 12,994 bilhões. Para julho, a projeção de saldo negativo passou de R$ 5,765 bilhões para R$ 6,231 bilhões.