FMI se reúne em cenário de freada global
As novas estimativas do Fundo para este ano e para o próximo devem ser divulgadas nesta terça-feira, 15, com a atualização da Perspectiva Econômica Mundial, relatório divulgado regularmente em abril e outubro.

A economia global deve ter o pior desempenho em dez anos, melhor apenas que o de 2009, quando o PIB mundial encolheu 0,65%, segundo a nova projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI). "Em 2019, esperamos crescimento menor em quase 90% do mundo", adiantou na semana passada a nova diretora-gerente da instituição, a economista Kristalina Georgieva. Há dois anos, a economia internacional estava em alta sincronizada. Agora continua sincronizada, mas no movimento contrário.
As novas estimativas do Fundo para este ano e para o próximo devem ser divulgadas nesta terça-feira, 15, com a atualização da Perspectiva Econômica Mundial, relatório divulgado regularmente em abril e outubro. Em julho, os cálculos indicavam expansão de 3,2% em 2019 e 3,5% em 2020. Em 2009, o mundo refletiu plenamente o impacto da crise iniciada no ano anterior e já prenunciada em 2007 com os primeiros abalos no mercado financeiro.
Igualmente sombrio é o cenário apresentado em relatório recente do G-20, formado pelas maiores economias desenvolvidas e emergentes. Segundo esse documento, a atividade global deve permanecer contida nestes dois anos, com perda de impulso tanto no mundo avançado quanto na maior parte dos demais países.
A perda de impulso é atribuída, principalmente, às novas barreiras criadas no comércio entre Estados Unidos e China e ao risco de extensão do problema aos demais países. A elevação de tarifas e o enfraquecimento do comércio aumentaram a insegurança e isso derrubou o investimento, especialmente na indústria manufatureira. A relação de riscos importantes inclui a possível intensificação da guerra com Reino Unido e União Europeia.
A nova diretora-gerente do FMI também ressaltou os efeitos da insegurança. "Em algumas das maiores economias emergentes, como Índia e Brasil", disse a diretora, "a desaceleração é ainda mais pronunciada neste ano".
A saída, segundo Georgieva, deve envolver políticas coordenadas, uma estratégia bem-sucedida na superação da crise de 2008. Estímulos fiscais serão agora mais importantes que naquela ocasião, porque as políticas monetárias já foram amplamente usadas, os juros estão muito baixos, e até negativos, e pouco mais se pode fazer com esse instrumental. A recomendação vale para países com alguma folga fiscal. Não é o caso do Brasil. Será essencial fortalecer o sistema multilateral de comércio e avançar em reformas estruturais, como a tributária, para favorecer os ganhos de produtividade. Reformas estruturais podem igualmente incluir desburocratização, estímulos à participação das mulheres nas atividades profissionais e combate à corrupção. Tais mudanças, sublinhou Georgieva, já produziram ganhos econômicos importantes em vários países.
Leia Também
*As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Agenda econômica: Payroll, balança comercial e PMIs globais marcam a semana de despedida da temporada de balanços
Com o fim de março, a temporada de balanços se despede, e o início de abril chama atenção do mercado brasileiro para o relatório de emprego dos EUA, além do IGP-DI, do IPC-Fipe e de diversos outros indicadores
Viagem a Paris: Haddad discutirá transição ecológica e reforma do G20 na França
Financiamento a florestas tropicais e mercado de carbono são destaques dentre as pautas da agenda de conversas do ministro em Paris.
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Argentina em apuros: governo Milei pede US$ 20 bilhões emprestados ao FMI
Ministro da Economia negocia com Banco Mundial, BID e CAF; ao longo de sua história, país já realizou 23 empréstimos junto ao Fundo Monetário internacional.
Nova taxa de visto para o Reino Unido vai deixar sua viagem mais cara; veja preços e como pedir online
ETA é obrigatório para todos os brasileiros que querem passar até 6 meses em algum dos países
Trump no cinema: Ovos, bravatas e tarifas fumegantes
Em meio à guerra comercial de Donald Trump, exportações de ovos do Brasil para os EUA quase dobram em fevereiro
Eles perderam a fofura? Ibovespa luta contra agenda movimentada para continuar renovando as máximas do ano
Ata do Copom, balanços e prévia da inflação disputam espaço com números sobre a economia dos EUA nos próximos dias
Agenda econômica: Ata do Copom, IPCA-15 e PIB nos EUA e Reino Unido dividem espaço com reta final da temporada de balanços no Brasil
Semana pós-Super Quarta mantém investidores em alerta com indicadores-chave, como a Reunião do CMN, o Relatório Trimestral de Inflação do BC e o IGP-M de março
Aeroporto de Londres cancela todos os voos devido a incêndio e 220 mil passageiros devem ser afetados
Aeroporto de Heathrow, em Londres, é o quarto mais movimentado do mundo e cancelamento deve gerar efeito cascata em malha aérea global pelos próximos dias; causa de incêndio ainda é desconhecida
Kraken adquire NinjaTrader por US$ 1,5 bilhão e avança no mercado de futuros e derivativos
O acordo marca a entrada da exchange cripto no mercado de futuros e derivativos nos EUA, ampliando sua base de usuários e fortalecendo a conexão com mercados tradicionais
Mais uma Super Quarta vem aí: dois Bancos Centrais com níveis de juros, caminhos e problemas diferentes pela frente
Desaceleração da atividade econômica já leva o mercado a tentar antecipar quando os juros começarão a cair no Brasil, mas essa não é necessariamente uma boa notícia
Alívio para Galípolo: Focus traz queda na expectativa de inflação na semana da decisão do Copom, mas não vai evitar nova alta da Selic
Estimativa para a inflação de 2025 no boletim Focus cai pela primeira vez em quase meio ano às vésperas de mais uma reunião do Copom
Agenda econômica: Super Quarta vem acompanhada por decisões de juros no Reino Unido, China e Japão e a temporada de balanços segue em pleno vapor
Além dos balanços e indicadores que já movimentam a agenda dos investidores, uma série de decisões de política monetária de bancos centrais ao redor do mundo promete agitar ainda mais o mercado
A ‘lamentável’ decisão de Donald Trump de expulsar o embaixador da África do Sul em Washington
Marco Rubio, secretário de Estado de Trump, assinou a expulsão do embaixador da África do Sul em Washington
Trump vai deixar seu vinho mais caro? Como as tarifas de 200% sobre as bebidas europeias nos EUA podem impactar o mercado brasileiro
Mal estar entre os EUA e a União Europeia chega ao setor de bebidas; e o consumidor brasileiro pode ‘sentir no bolso’ essa guerra comercial
X, rede social de Elon Musk, fica fora do ar — e dessa vez a culpa não é de Moraes
Os problemas começaram por volta das seis horas da manhã (horário de Brasília), com usuários reclamando que não conseguiam carregar o aplicativo ou o site do antigo Twitter
Agenda econômica: IPCA, dados de emprego dos EUA e o retorno da temporada de balanços marcam a semana pós-Carnaval
Com o fim do Carnaval, o mercado acelera o ritmo e traz uma semana cheia de indicadores econômicos no Brasil e no exterior, incluindo inflação, balanços corporativos e dados sobre o mercado de trabalho nos EUA
Haddad solta o verbo: dólar, PIB, Gleisi, Trump e até Argentina — nada escapou ao ministro da Fazenda
Ele participou na noite de sexta-feira (7) do podcast Flow e comentou sobre diversos assuntos caros ao governo; o Seu Dinheiro separou os principais pontos para você
O último pibão de Lula? Economia brasileira cresce 3,4% em 2024, mas alta dos juros já cobra seu preço
Depois de surpreender para cima nos primeiros trimestres de 2024, PIB cresce menos que o esperado na reta final do ano