Trump não está sob pressão para fechar acordo comercial com China, diz secretário do Comércio dos EUA
Secretário do Comércio dos Estados Unidos sustentou que os EUA “têm muito mais munição” na disputa com os chineses, já que possuem um grande déficit comercial com o país asiático
O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, afirmou nesta terça-feira que o presidente Donald Trump "não está sob pressão" para fazer um acordo comercial com a China.
Ross voltou a dizer que, caso não ocorra um acordo com Pequim, haverá elevação de tarifas contra produtos chineses a partir do dia 15. As informações foram dadas durante uma entrevista à rede CNBC.
Ross sustentou que os EUA "têm muito mais munição" na disputa com os chineses, já que possuem um grande déficit comercial com o país asiático. De qualquer modo, disse estar "otimista" sobre a possibilidade de que um acordo se concretize. Ele ainda comentou, porém, que não há conversas de alto nível com a China já marcadas.
Sobre a Europa, Ross disse que a União Europeia não tem cumprido as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC) determinadas no caso sobre subsídios irregulares à Airbus. "Nossa reclamação é legítima", argumentou. Segundo ele, é "difícil dizer" que o imposto da França sobre grandes empresas do setor de tecnologia não seria "antiamericano".
E o Brasil?
Ross também aproveitou a entrevista para comentar a nova imposição de tarifas sobre o aço e alumínio do Brasil e Argentina anunciada ontem pelo presidente Donald Trump.
Segundo ele, a situação não tem a ver com a situação no comércio com a China. "As tarifas contra Brasil e Argentina não tem a ver com a China, mas com a manipulação cambial", disse Ross.
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O secretário do Comércio complementou dizendo que os EUA são o principal cliente do aço do Brasil, por isso o País teria ficado "chateado" com o anúncio de Trump.
*Com Estadão Conteúdo
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