Um personal trainer para seu dinheiro
Uma amiga minha executiva de empresa multinacional me falou que estava com problemas no casamento. O marido estava irritado com sua irresponsabilidade financeira. Ela ganha bem, mas gasta mais do que tem e está sempre no cheque especial. Não consegue poupar para investir. A crise foi tão braba que ela concluiu que precisava mudar sua relação com dinheiro para tentar salvar seu casamento.
Ela achava que não era capaz de virar o jogo sozinha e decidiu contratar um consultor financeiro. Eu realmente acredito que com informação, boa vontade e dedicação qualquer pessoa pode equilibrar suas finanças sozinha - qualquer uma mesmo, não precisa ser rico ou expert de investimentos. Aliás, é para trazer essas informações úteis para você que eu e meus colegas do Seu Dinheiro saímos de casa para trabalhar todos os dias.
Acho válido, no entanto, que algumas pessoas procurem uma espécie de "personal trainer das finanças". Afinal, só o fato de admitir que você precisa de ajuda já é um passo na direção de uma vida financeira saudável.
As ruas estão cheias de consultores financeiros formais ou informais. Aquele primo que manja da bolsa pode fazer as vezes de consultor informal da família inteira. Os próprios gerentes de banco ou agentes autônomos das corretoras, em tese, deveriam cumprir esse papel. Há uma série de profissionais independentes por aí também. Alguns são bem intencionados e fazem um bom trabalho. Outros nem tanto…
E como separar o joio do trigo? A Planejar, associação de planejadores financeiros, criou uma espécie de selo de qualidade para esses consultores, o tal do CFP. Provavelmente você já viu essa sigla por aí. A Julia Wiltgen e a Luciana Seabra conversaram com o presidente da Planejar, Jan Karsten, sobre as qualidades de um bom consultor financeiro. A reportagem completa está aqui. Recomendo muito a leitura!
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62 anos dali, 57 daqui…
Apesar de o governo oficialmente dizer que a reforma da Previdência ainda será fechada por Jair Bolsonaro, o capitão parece já ter tomado sua decisão. Ontem começaram a pipocar informações de que o presidente teria batido o martelo sobre as idades mínimas para se aposentar: 62 anos para homens e 57 anos para mulheres.
A ideia não é nada nova e já vinha sendo ventilada por Bolsonaro desde o início do ano, mas acabou chamando a atenção do mercado. Para te manter atualizado, o Eduardo Campos preparou uma reportagem que explica em que pé andam as discussões sobre a reforma.
Devolve a asinha de frango
O pesadelo da BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, parece não ter fim. Depois de ser alvo de investigações na operação Carne Fraca, o fantasma da salmonella voltou a assombrar a BRF hoje. Em comunicado mais cedo, a empresa anunciou o recall de 164,7 toneladas de carne de frango in natura no mercado doméstico e 299,7 toneladas que iriam para o exterior por suspeita de contaminação.
Em comunicado, a empresa disse que os produtos podem apresentar risco à saúde. Na CVM, a companhia amenizou o fato, o qual disse ser apenas uma “precaução”. Leia mais.
Carteiro ‘azul’
O Cade deve dar aval hoje para criação de uma empresa de logística entre Azul e Correios por entender que não há problemas concorrenciais que impeçam a operação. A Latam e a Avianca bem que tentaram impedir o negócio. Aqui você entende melhor essa polêmica toda em torno da nova empresa.
Pé para fora
Tudo indica que o presidente Jair Bolsonaro deve deixar o hospital Albert Einsten hoje, segundo informações do médico Antonio Luiz Macedo, que acompanha sua recuperação. As recomendações médicas são para que adote um ritmo moderado de trabalho. Será possível? Leia mais.
A Bula do Mercado: otimismo continua
O mercado deve continuar carregando o otimismo com uma melhora no cenário externo e local. O apetite pelo risco é amparado pela declaração do presidente dos EUA, Donald Trump, de que Washington pode deixar de lado o prazo da trégua tarifária com a China se os dois países continuarem as negociações e chegarem perto de um acordo.
Ainda por lá, os investidores também estão mais animados com a possibilidade de um acordo entre os legisladores norte-americanos para evitar uma nova paralisação (shutdown) do governo. Mesmo assim, Trump deve continuar lutando pela liberação de orçamento para construção de seu muro na fronteira com o México.
Por aqui, a expectativa é alta para que Bolsonaro saia do hospital e volte a tocar temas importantes no governo, como a reforma da Previdência. Ontem, o Ibovespa avançou 1,86%, aos 96.166 a pontos. Já o dólar recuou 1,35%, a R$ 3,71. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar os mercados hoje!
Um grande abraço e ótima quarta-feira!
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