Paulo Guedes, mãos à obra!

Toda vez que eu tenho uma vaga para preencher na equipe busco um perfil bem específico: o cara mão na massa. Isso vale para programador, estagiário ou repórter especial. Na hora do aperto é que você vê a diferença. É repórter especial que sobe notinha. É engenheiro que se junta aos pedreiros para finalizar um projeto atrasado. Ou ministro da Economia que vai para o varejo político negociar a reforma da Previdência.
Paulo Guedes arregaçou as mangas e foi para o corpo a corpo na articulação política. Só ontem conversou com mais de 50 deputados dos 66 que compõem a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Esse trabalho não deveria ser dele - e há quem questione se ele é a pessoa mais indicada para isso. Mas na falta de quem faça, mãos à obra.
Depois de tanta conversa, Guedes chega aquecido à CCJ. Os mercados devem permanecer atentos ao que vai rolar na reunião. O Eduardo Campos te conta nesta reportagem por que esse é o evento mais importante do dia e como ele vai mexer com a economia brasileira (e com o seu bolso também).
Salva alguma coisa?
A desidratação da reforma da Previdência veio rápido e começa a fazer suas primeiras vítimas. Depois de o secretário da Previdência admitir a derrota antecipada do BPC e da aposentadoria rural ontem à tarde, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, resolveu abrir o bico sobre as dificuldades de emplacar o esquema de capitalização. Maia afirmou que o novo regime não será aprovado do jeito que está.
Já os líderes partidários e o presidente da CCJ, Felipe Francischini, dizem que o caminho é que o texto seja alterado apenas na comissão especial. A conferir!
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Primeiro alvo definido
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, já definiu o primeiro ativo para se desfazer: a participação de 9,3% que o BB tem na Neoenergia. A ideia é vender as ações por meio de uma oferta pública na bolsa.
A Caixa Econômica segue na mesma toada e já calculou quanto quer levantar com a venda de ativos: R$ 15 bilhões. O Vinícius Pinheiro te conta os detalhes nesta matéria.
Imposto de Renda: e o plano de saúde?
Você sabe que dá para abater os gastos médicos e com planos de saúde da base de cálculo do Imposto de Renda. Mas cuidado ao lançar essas contas na declaração, porque existem regras específicas para cada caso. A Jasmine Olga explica como você pode declarar o plano de saúde no imposto e, entre outras coisas, deduzir gastos com planos de dependentes e alimentandos.
Dia agitado para o investidor da Petrobras
Três informações importantes sobre a Petrobras podem mexer com os ativos hoje:
- A companhia recebeu 3 propostas pela TAG, a Transportadora Associada de Gás da Petrobras. A venda de 90% da TAG é considerada estratégica para a estatal e dá sequência ao plano de desinvestimento. Boa notícia para o investidor!
- O governo e a Petrobras chegaram a um acordo sobre a cessão onerosa, segundo o jornal Valor Econômico. Se confirmado, é dinheiro no caixa da companhia e positivo para a ação.
- A CVM encontrou indícios de interferência de ex-diretores nas investigações internas da estatal sobre desvios de recursos da refinaria Abreu e Lima, segundo o Estadão. Má notícia para uma empresa que tenta convencer o investidor que os problemas de governança ficaram para trás.
A Bula do Mercado: à espera de Guedes
A articulação política em torno da Previdência continua no radar dos investidores locais. Nesta quarta-feira, todos estão de olho na fala do ministro da Economia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Após a tensão das últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro também deve entrar de vez no jogo político para tentar melhorar o clima entre Congresso e Executivo. Com a agenda do presidente voltada para a Previdência e sem novas crises, a expectativa é de que os investidores retomem a confiança na aprovação da reforma.
O otimismo nos negócios locais deve ganhar impulso com o clima positivo vindo de fora. Estados Unidos e China se aproximam de um acordo final, com 90% da negociação já concluída, suavizando as preocupações com a desaceleração global.
Ontem, o Ibovespa fechou em queda de 0,7%, aos 95.386,76 pontos. O dólar encerrou o dia com baixa de 0,46%, aos R$3,8567. Consulte a Bula do Mercado para saber como devem se comportar bolsa e dólar hoje.
Um grande abraço e ótima quarta-feira!
Agenda
Índices
- Banco Central divulga dados do fluxo cambial semanal
- Banco Central divulga resultado do Índice de Commodities de março
- Markit divulga PMI de Alemanha, Estados Unidos, Brasil, zona do euro e Reino Unido em março
- Estados Unidos divulgam dados de emprego no setor privado em março
Balanços 4º trimestre de 2018
- Teleconferência: Cemig
Política
- Paulo Guedes participa de audiência na CCJ da Câmara sobre reforma da Previdência
- Senado instala comissão para acompanhar a reforma da Previdência na Câmara
- CCJ do Senado se reúne para debater PEC que engessa o Orçamento federal
- Theresa May participa de sessão semanal de perguntas no Parlamento britânico
- Autoridades chinesas visitam os Estados Unidos para discutir comércio entre os países
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Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
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