Os especuladores vão cair fora?
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Nos meus tempos de criança, o jantar em família era servido cedo. Geralmente sopa, no inverno, ou um café com pão e “chimia”. Depois, sentávamos todos na sala para assistir ao “Jornal Nacional” - naquela época não tinha Netflix, tablet ou smartphone e as crianças realmente passavam tempo com os pais. Eu não conseguia compreender o noticiário econômico, mas lembro das notícias que traziam críticas aos “especuladores” e ao “capital estrangeiro”.
Eu não tinha a menor ideia do que seriam esses tais especuladores. Na minha imaginação, eles eram jogadores de cassino fazendo negócios no Brasil.
Só anos depois entendi que os juros altos do Brasil no passado eram um prato cheio para ganhar dinheiro fácil. Um trade comum era pegar dinheiro barato lá fora, trazer para o Brasil e aplicar na renda fixa, ganhando com o diferencial de taxas de juros. Esse movimento dos “especuladores”, conhecido como carry trade, concentrava uma parte significativa do fluxo cambial brasileiro e influenciava na taxa de câmbio.
A economia brasileira está agora em uma nova dinâmica, com juros e inflação baixa e uma reforma da Previdência encaminhada. Será que os especuladores ainda vão querer dar as caras por aqui? Para o gestor de juros e moeda da Persevera Asset Management, Nicolas Saad, o Brasil não é mais tão sexy para o capital especulativo.
Ele entende que os gringos que virão para cá estarão mais interessados em investir em ações e na economia real (investimento direto). Essa mudança do perfil do capital estrangeiro que entra no Brasil trará uma nova realidade para a taxa de câmbio. O Eduardo Campos conversou com Saad e explica a nova conjuntura para o dólar nesta reportagem.
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A Bula do Mercado: olho no fôlego dos EUA
O PIB dos EUA no segundo trimestre deve dar o tom dos negócios hoje. A leitura preliminar mostra que a economia cresceu à taxa anualizada de 2,1% no segundo trimestre. É menos do que a taxa anual divulgada nos três primeiros meses do ano (3,1%).
Além disso, há tensão do outro lado do planeta. Os mercados de ações asiáticos registraram quedas acentuadas em meio aos desentendimentos no âmbito comercial entre o Japão e a Coreia do Sul. Segundo a agência Kyodo, Tóquio removerá Seul de sua lista de parceiros comerciais preferenciais a partir de 2 de agosto.
Já na Europa, as bolsas abriram com altas residuais enquanto os índices futuros de Nova York sugerem um início de sessão no azul, refletindo os balanços trimestrais de gigantes da tecnologia como o Google.
Por aqui, além da influência dos dados dos EUA, o movimento na abertura do Ibovespa estará sujeito ao balanço da Usiminas. Ontem, o Ibovespa terminou o pregão em forte baixa de 1,41%, aos 102.654,58 pontos, enquanto o dólar à vista subiu 0,34%, aos R$ 3,7820. Consulte a Bula do Mercado para saber o que esperar de bolsa e dólar hoje.
A Azul levou a melhor
A disputa entre as companhias aéreas pelo espaço que a Avianca ocupava no aeroporto de Congonhas tem mais um capítulo. A Anac definiu ontem as regras para a distribuição dos slots (horários de pouso ou decolagem) que será feita na próxima semana. Só poderão requisitar esses espaços as empresas consideradas “entrantes”, que têm menos de 54 slots no aeroporto. A medida deixa Gol e Latam fora da disputa e favorece a Azul. Atenção às ações da Azul e da Gol hoje. Saiba mais.
O Google ganhou o triplo
Para quem ainda tem dúvidas sobre qual é o “negócio” do Google, recorro a uma frase batida do marketing que entrou até em música do Engenheiros do Hawaii: “a propaganda é a alma do negócio”. A Alphabet, dona do Google, divulgou seus resultados do trimestre e mostrou uma expansão das receitas com publicidade. Os anúncios lhe renderam US$ 32,6 bilhões de uma receita total de US$ 38,9 bilhões. Com isso, o Google lucrou US$ 9,947 bilhões no segundo trimestre, mais que o triplo do registrado há um ano. O Victor Aguiar traz todos os detalhes do balanço nesta reportagem.
Compra-se chip
A Apple comprou a divisão de modem para smartphones da Intel por US$ 1 bilhão. Com isso, deverá incorporar 2,2 mil funcionários da empresa e combinar suas patentes com a Intel na área. A companhia ficará com mais de 17 mil patentes na área. O que será que vem pela frente no próximo iPhone? Os investidores reagem bem: no pré-mercado da Nasdaq, as ações da Intel dispararam, enquanto a Apple operava em leve alta. Saiba mais.
Acelerando na bolsa
Aqui no Brasil, a Movida dá sequência ao plano de oferta de ações. O preço dos papéis ficou em R$ 15. Considerando 35,5 milhões de novas ações e a distribuição de 20 milhões de ações secundárias, a companhia pode captar em torno de R$ 832 milhões. Com os recursos, a empresa pretende renovar sua frota e melhorar sua estrutura de capital. Saiba mais.
‘Fique na sua’
Esse é o recado que o presidente Jair Bolsonaro deu ontem na sua live no Facebook para quem, como eu, não gostou do limite de saque de R$ 500 do FGTS. Bolsonaro disse que a medida foi pensada para ajudar os mais pobres. E foi bastante incisivo: “Quem está reclamando é só ficar na sua, fica em casa, sem problemas. Para muita gente, R$ 500 faz falta, sai até da lista do SPC”.
Agenda
Bancos Centrais
- BC faz oferta de US$ 1 bilhão em leilão de linha
Balanços
- No Brasil: Usiminas e Hypera apresentam os resultados do 2º trimestre
- Lá fora: Twitter, McDonald’s e Renault divulgam balanços
- Teleconferências: Ecorodovias e Usiminas
Indicadores
- O Tesouro divulga o resultado primário do Governo Central em junho
- CNI faz sondagem da indústria de construção em junho
- FGV divulga sondagem da construção em junho
- A Aneel divulga nesta sexta-feira a bandeira tarifária que irá vigorar em agosto
- Os Estados Unidos divulgam a primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre
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Felipe Miranda: Dedo no gatilho
Não dá pra saber exatamente quando vai se dar o movimento. O que temos de informação neste momento é que há uma enorme demanda reprimida por Brasil. E essa talvez seja uma informação suficiente.
Felipe Miranda: Vale a pena investir em ações no Brasil?
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