França diz que Bolsonaro mentiu sobre Amazônia e ameaça deixar acordo Mercosul-UE
Sede do governo francês divulgou nota afirmando que, nas condições atuais, a França se opõe ao acordo; Finlândia pede avaliação de veto a compra carne bovina brasileira
O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta sexta-feira, 23, que o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, estava mentindo quando minimizou as preocupações sobre a mudança climática na reunião do G-20 no Japão, em junho.
O Palácio do Eliseu, sede do governo francês, divulgou nota afirmando que nas condições atuais, a França se opõe ao acordo entre Mercosul e União Europeia, segundo agências internacionais de notícias.
Já o governo da Finlândia, que acumula a presidência rotativa da União Europeia, pediu ao bloco econômico que avalie a possibilidade de vetar a compra carne bovina brasileira.
A ameaça se soma a um dia especialmente ruim para o mercado local, que opera em queda firme, acompanhando as bolsas americanas - que, por sua vez, refletem a forte escalada nas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Veja nossa cobertura de mercados desta sexta-feira.
Anunciado em junho, o acordo é apontado por Bolsonaro como uma das principais conquistas de seu governo. O tratado, que abrange bens, serviços, investimentos e compras governamentais, vinha sendo discutido há duas décadas por europeus e sul-americanos.
Crise internacional
As queimadas na Amazônia ganharam repercussão internacional nesta quinta-feira, 22, após o presidente da França dizer que o assunto precisa estar no topo da agenda da reunião do grupo das sete maiores economias do mundo (G-7) deste fim de semana.
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O assunto também foi amplamente debatido por personalidades políticas e celebridades dos esportes e das artes. Hoje, é assunto principal em, entre outros veículos, o site de notícias BBC. "Nossa casa está queimando. Literalmente", escreveu Macron no Twitter.
"A Floresta Amazônica - o pulmão do nosso planeta, que produz 20% do oxigênio do nosso planeta - está em chamas. É uma crise internacional. Membros do G7, vamos discutir essa emergência de primeira ordem daqui a dois dias", escreveu o presidente da França em duas publicações seguidas, em francês e inglês.
De 1º de janeiro até essa terça-feira, 20, foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% ante o mesmo período de 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos têm ocorrido na Amazônia.
Em Brasília
O governo federal determinou que todos os ministros adotem medidas necessárias para o levantamento e o combate a focos de incêndio na região da Amazônia. A decisão está publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).
Nesta sexta, o presidente Jair Bolsonaro iniciou o discurso na cerimônia do Dia do Soldado, no Exército, dizendo que "árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia". "Muito mais difícil foi a missão dos nossos antepassados de conquistá-la e mantê-la", afirmou o presidente.
Sem citar nomes, Bolsonaro afirmou que o Brasil tem inimigos e que eles estão ganhando a "guerra da informação". "Não nos faltam inimigos, como os de sempre, que teimam em ganhar a guerra da informação", declarou.
Já o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em seu perfil pessoal no Twitter que a Casa vai criar uma comissão externa para acompanhar o problema das queimadas que atingem a Amazônia.
Além disso, o parlamentar informou que vai realizar uma comissão geral nos próximos dias para avaliar a situação e propor soluções ao governo.
*Com Estadão Conteúdo
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