Os jatos executivos que levam os VIPs até Dubai ou ao show do Metallica
Empresas lançam novos jatos executivos e capricham nas opções de decoração para seduzir clientes pra lá de especiais
Em um dos capítulos marcantes da série “Billions”, o multimilionário Bobby Axelrod (Damian Lewis), dono de uma gestora de recursos, decide reunir amigos de infância e voa dos EUA ao Canadá em seu jato particular para assistir um show do Metallica, uma de suas bandas favoritas.
Na vida real, um dos focos das empresas de aviação executiva é em conectividade cada vez mais eficiente. Ou seja, garantir que o empresário não apenas consiga fazer negócios nos ares em videoconferência, mas que possa também relaxar assistindo a Netflix, por exemplo. Outros mimos, como decorações especiais, também fazem parte, e muito, do jogo.
Uma novidade recente nessa linha veio junto com o lançamento dos jatos Praetor 500 e 600 da Embraer, no fim do ano passado. O interior dos aviões tem uma edição “Bossa Nova”, de estilo premium, com materiais em fibra de carbono, costura sofisticada e partes em black piano, um material brilhoso que se assemelha às teclas do instrumento musical.
Segundo a Embraer, a novidade tem agradado os clientes estrangeiros – responsáveis por 95% das vendas da companhia –, pois incorpora elegância e estilo ao que os americanos chamam de “jazz brasileiro”.As novas apostas da fabricante brasileira no mercado de aviação executiva custam de US$ 17 milhões (modelo 500), para 6 a 9 passageiros, a US$ 21 milhões (versão 600), que leva de 8 a 12 pessoas. Em ambos os casos, os valores são os iniciais de tabela. Para incluir o interior “Bossa Nova”, assim como itens de tecnologia, entretenimento e design opcionais, o valor pode subir em até 10%, aproximadamente, mas evidente que tudo é negociado com o cliente.
E para os que, assim como Axelrod, são adeptos do heavy metal e dispensam a decoração com as formas da calçada de Ipanema, não há motivo para preocupação. Mesmo na versão standard, o jato é altamente customizável, com múltiplas combinações de carpete, couro, tecido e madeira.
Nesse difícil mercado, a Embraer comemorou recentemente as primeiras vendas dos jatos executivos Phenom 300E e Praetor 600 para clientes no Brasil. O Phenom foi entregue na segunda semana de janeiro, enquanto o cliente de lançamento do Praetor 600 no país receberá a aeronave no último trimestre de 2019.
Leia Também
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
E quem arrematou essas belezinhas? O diretor de vendas de jatos executivos da Embraer para a América Latina, Gustavo Teixeira, não revela os nomes dos clientes, protegidos por cláusulas de confidencialidade, mas conta que os aviões são para uso corporativo. O dono do Praetor 600 viaja pelo Brasil todo, acompanhado de um grande número de pessoas e tem a necessidade de pousar tanto em aeroportos pequenos – a exemplo de Jacarepaguá, na zona Sul do Rio, com apenas 900 metros de pista – como acessar grandes centros mundiais.
“A experiência de cabine também pesou no momento de fechar o negócio”, diz Teixeira. “Como o cliente viaja com pessoas do alto escalão da empresa, que precisam tomar decisões a toda hora, isso contou muito.”
Concorrência... com a Boeing?
Um dos concorrentes da Embraer atualmente na aviação executiva é, curiosamente, é a Boeing, que cumpre atualmente etapas societárias e legais para concretizar a fusão com a divisão de aviões comerciais da Embraer. No fim de 2018, a companhia americana anunciou o BBJ 777X, cujo chamariz de lançamento é a capacidade de cobrir mais da metade do globo sem uma única parada, indo “mais longe do que qualquer jato executivo já construído”. São dois modelos, sendo que o de maior alcance atinge 21.750 km.
Segundo a Boeing, a nova aeronave traz conceitos interiores de três empresas de design renomadas: Greenpoint Technologies, Jet Aviation e Unique Aircraft. “Cada conceito mostra como o BBJ 777X pode ser transformado para se adequar aos gostos de qualquer cliente VIP”, diz o comunicado de lançamento.
A briga dos ares na seara dos “business jets” traz ainda como forte competidora a também americana Gulfstream, cujo modelo top de linha é o G650ER, para até 19 passageiros. Um dos atrativos, diz a empresa, é o alcance adicional, podendo voar, sem escala, de Dubai (Emirados Árabes) a Atlanta (EUA) ou de Hong Kong (China) para a maioria das cidades da costa leste americana.
Em suas divulgações na internet, a empresa ressalta a capacidade de atingir velocidades quase supersônicas, o que rende recordes de desempenho.
O luxo e conforto, obviamente, também se destacam. A Gulfstream ressalta no G650ER os “assentos amplos e espaços generosos nos corredores”, iluminados por 16 janelas panorâmicas, com luz do sol inclusive na cozinha. A cabine, diz a companhia, é reabastecida com 100% de ar fresco a cada dois minutos.
Jatos maiores, porém, são usados quase exclusivamente para deslocamentos internacionais. Na Embraer, o modelo da categoria é o Lineage 1000E, com 70 metros quadrados, o que o enquadra na categoria de “casa nos ares”. O avião também comporta até 19 passageiros, tem espaço interno com dois metros de altura, cinco ambientes de cabine, três opções de temperatura e pode incluir até três banheiros, sendo uma suíte máster com cama grande.
“Temos clientes que se deslocam, por exemplo, de Londres para a Índia, em voo noturno. Ele vai, faz o negócio e volta”, afirma Teixeira.
O Lineage 1000E da Embraer permite a decoração Manhattan, inspirada na grandeza de Nova York e que faz referência à arte e arquitetura do art deco da cidade de 1930. Com a mesma referência histórica, existe a opção Hollywood, que traz um bar Cloud Club, bancos em tons dourados e divãs acolchoados, além de esculturas de cristal retroiluminadas no interior das paredes e tons de mármore em toda a aeronave. Prefere um “iate voador”? Então a escolha é o estilo Skyacht One, com temas náuticos, que utiliza materiais luxuosos de mogno, bronze, couro e ornamento de madeira.
Quanto custa?
Nessa categoria de aeronaves, os preços também alcançam patamares bem mais elevados. Enquanto o Phenom 100E, modelo de entrada da Embraer, custa inicialmente US$ 4,5 milhões, um Lineage 1000E faz a conta subir mais de dez vezes, atingindo US$ 55 milhões. O portfólio completo traz ainda outras seis opções de jatos, entre elas o Legacy 500 (US$ 20 milhões) e Legacy 650 (US$ 26 milhões).
Uma curiosidade do Legacy 500 é que o modelo já foi testado, em maio do ano passado, por Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden – que é apaixonado por aviões e costuma pilotar o jato da banda, o “Ed Force One”, em turnês pelo mundo. “Foi uma visita institucional. Ele é um entusiasta da aviação e já esteve conosco em mais de uma oportunidade, inclusive em air shows pelo mundo”, conta Teixeira. De fato, existe no Instagram registro do líder da“Donzela de ferro” desfilando em Londres de bonezinho com o logo da companhia brasileira.
Um capítulo a parte nesse mundo particular é onde estacionar essas preciosidades e, evidentemente, a despesa com hangaragem – que varia de acordo com o local e tamanho da aeronave. Em Sorocaba, distante 100 km da capital paulista e uma base importante de aviação executiva, um hangar que comporte um Legacy 650 (até 13 passageiros), por exemplo, custa cerca de R$ 37 mil por mês.
No caso de um jato menor, com os Phenom, o valor fica em R$ 10 mil mensais. É nessa cidade do interior que a Embraer mantém um centro de serviços. Mas se a opção for estacionar em uma área nobre, em Congonhas, por exemplo, a conta é simples: no mínimo, o dobro.
Com tanto dinheiro na mesa, é muito raro que um cliente se interesse por um jato particular somente para lazer. Para isso, seria mais razoável fretar uma aeronave. “No caso da aviação executiva, não existe o luxo simplesmente pelo luxo”, resume Teixeira, da Embraer.
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Como um acordo entre o Brasil e a Suécia deve impulsionar as vendas da Embraer (EMBR3)
De acordo com a carta de intenções, a FAB irá comprar caças suecos Gripen, enquanto os europeus irão adquirir as aeronaves C-390 Millennium da Embraer
Lucro da Embraer (EMBR3) salta mais de 600% no 3T24 para R$ 1,2 bilhão e fabricante de aviões recalcula rota com novas projeções; ações sobem 9% hoje
O forte desempenho no terceiro trimestre fez a empresa reajustar as projeções (guidance) para o fim de 2024
Mais rápido do que se imaginava: Trump assegura vitória no Colégio Eleitoral e vai voltar à Casa Branca; Copom se prepara para subir os juros
Das bolsas ao bitcoin, ativos de risco sobem com confirmação da vitória de Trump nos EUA, que coloca pressão sobre o dólar e os juros
Fim da greve mais cara dos EUA: Boeing encerra paralisação que custou US$ 10 bilhões à economia; ações sobem em NY
Após três propostas recusadas pelo sindicato, a Boeing chegou a um acordo com os trabalhadores que determina aumento salarial em 38%
Agenda econômica: Eleições nos EUA dividem espaço com decisão de juros no país; Copom e IPCA são destaque no Brasil
A agenda econômica desta semana também conta com dados da balança comercial do Brasil, EUA e China, além da divulgação de resultados do terceiro trimestre de empresas gigantes no mercado
O tempo parece voar: A uma semana das eleições nos EUA, Ibovespa repercute balanço do Santander e relatório de produção da Petrobras
Ibovespa subiu pouco mais de 1% ontem na esteira da expectativa com novas medidas de cortes de gastos pelo governo
Fortes emoções à vista nos mercados: Investidores se preparam para possível vitória de Trump às vésperas de decisão do Fed sobre juros
Eventual vitória de Trump pode levar a desaceleração de ciclo de cortes de juros que se inicia em grande parte do mundo desenvolvido
Boeing lança oferta de US$ 19 bilhões em ações na tentativa de desatar cintos e aumentar liquidez
Decisão da oferta vem após a Boeing divulgar um prejuízo líquido de US$ 6,17 bilhões, valor bem maior do que o registrado em igual período do ano anterior
Concorrente da Embraer à beira da falência, novas regras de previdência, a ‘mágica’ de Elon Musk e o futuro dos juros no Brasil
Além disso, Inter Asset revelou 5 ações para investir na bolsa até o final de 2024; veja os destaques de audiência do Seu Dinheiro nesta semana
A história não acaba: Ibovespa repercute balanço da Vale e sinalizações de Haddad e RCN em dia de agenda fraca
Investidores também seguem monitorando a indústria farmacêutica depois de a Hypera ter recusado oferta de fusão apresentada pela EMS
De promessa à beira da falência: por que as ações da fabricante alemã do ‘carro voador’ concorrente da Embraer (EMBR3) despencam mais de 50% em NY
Fundada em 2015, a Lilium já chegou a atingir US$ 7 bilhões em valor de mercado e agora corre o risco de ter suas ações suspensas na bolsa
Kamala ou Trump? Como o resultado das eleições nos EUA pode mexer com Embraer (EMBR3) e Weg (WEGE3)
A democrata e o republicano têm posições divergentes em relação aos setores de energia e defesa; saiba como os negócios das duas companhias brasileiras podem ser afetados
Uma carona para o Ibovespa: Mercados internacionais amanhecem em alta, mas IPCA-15 ameaça deixar a bolsa brasileira na beira da estrada
Além do IPCA-15, investidores tentam se antecipar hoje ao balanço da Vale para interromper série de cinco quedas do Ibovespa
Zona de turbulência: 5 fatores que levaram a Boeing ao prejuízo de US$ 6,17 bilhões no 3T24
Em termos ajustados, o prejuízo foi de US$ 10,44 por ação, frustrando a previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 10,35
Tudo incerto, nada resolvido: Bolsas internacionais amanhecem no vermelho e dificultam a vida do Ibovespa em dia de agenda vazia
Fora alguns balanços e o Livro Bege do Fed, investidores terão poucas referências em dia de aversão ao risco lá fora
Embraer (EMBR3) entrega mais aeronaves no 3T24 e acende ‘sinal verde’ do Goldman Sachs; veja recomendação
Depois de entregar 57 aeronaves no terceiro trimestre de 2024, fabricante brasileira é vista com (ainda mais) otimismo
Interpretando a bolsa com Djavan: as recomendações para o fim de 2024 e balanços dominam mercados hoje
Com a agenda relativamente mais esvaziada, os investidores precisam ficar atentos à temporada de resultados e indicadores desta semana
Agenda econômica: Prévia da inflação do Brasil, temporada de balanços e Livro Bege são destaques da semana
A temporada de balanços do 3T24 no Brasil ganha suas primeiras publicações nesta semana; agenda econômica também conta com reuniões do BRICS
Em crise, Boeing vende subsidiária de defesa para multinacional francesa enquanto tenta reforçar as finanças
A Digital Receiver Technology, que fabrica equipamentos para os militares dos EUA, será vendida para a Thales Defense & Security, divisão da maior empresa de defesa da Europa