Se mercado de dólar ficar disfuncional, BC atuará novamente, diz Campos Neto
Segundo presidente do BC, Roberto Campos Neto, atuações acontecerão sempre que o BC entender que preço do dólar está descolado dos fundamentos ou com problemas de liquidez

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou que se o mercado brasileiro de dólar se descolar de outros países, sem fundamento e com problemas (gap) de liquidez, o BC voltará a atuar no mercado como atuou nesta terça-feira.
“Hoje tivemos movimento bastante atípico, porque o câmbio descolou de outras moedas com gap de liquidez. Nós entendemos que era o momento em que o câmbio não estava funcional e fizemos duas intervenções, exatamente na linha do que tenho dito. Se amanhã nós entendermos que, de novo, tenha movimento disfuncional e que o câmbio brasileiro está descolando de outros países, sem fundamento e com gap de liquidez, nós vamos voltar a fazer intervenção como fizemos hoje”, disse Campos Neto em evento do jornal “Correio Braziliense”.
O dólar teve um pregão de forte volatilidade nesta terça-feira, parte dela atribuída às declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, de que o dólar alto não gerava preocupação. Depois de fazer máxima a R$ 4,2772, o dólar comercial terminou o dia com alta de 0,61%, a R$ 4,24, nova máxima histórica nominal, mesmo após duas vendas no mercado à vista - veja a cobertura completa de mercados.
Princípios importam
O presidente aproveitou para explicar que o BC trabalha com o princípio da separação e que tem lido que suas declarações estariam gerando controvérsia, mesmo falando sempre a mesma coisa.
“Acreditamos que a política monetária se faz com juro. Que o câmbio é flutuante e que as intervenções são feitas no sentido de atenuar movimentos que estão fora do padrão normal ou quando existe gap de liquidez. A política macroprudencial é voltada para a estabilidade financeira”, disse.
Campos Neto reforçou que esse princípio da separação é muito importante e que o histórico de BCs que o seguem mostra ganho de credibilidade, pois é algo entendido por todos e que gera transparência.
Leia Também
Ele também explicou, novamente, o princípio que norteia as intervenções cambiais. As atuações do BC não buscam mudar a tendência do mercado ou defender uma linha de preço, mas sim suavizar eventuais movimentos de estresse do mercado. Tal estratégia é conhecida como “leaning against the wind” ou “inclinar-se contra o vento” em tradução literal.
“É importante entender que acreditamos no princípio da separação e entendemos que as intervenções não fazem com que o movimento de longo prazo seja revertido. A intervenção não tem capacidade de fazer com o que o câmbio mude uma tendência natural que é feita por variáveis macroeconômicas. Mas sim atenua movimentos”, disse.
Encerrada a parte do câmbio, Campo Neto se disse feliz por ser um banqueiro central que fala pouco sobre inflação, mas que a mensagem que o BC quer deixar é que a melhor política de crescimento que podemos ter é inflação baixa e estável.
Com relação à taxa de Selic, Campos Neto manteve a mensagem da última reunião, de que o BC entende que há espaço para corte adicional de juros. “A consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir um ajuste adicional, de igual magnitude ao realizado na reunião de outubro”.
Tarifaço de Trump aciona modo cautela e faz do ouro um dos melhores investimentos de março; IFIX e Ibovespa fecham o pódio
Mudanças nos Estados Unidos também impulsionam a renda variável brasileira, com estrangeiros voltando a olhar para os mercados emergentes em meio às incertezas na terra do Tio Sam
Mais valor ao acionista: Oncoclínicas (ONCO3) dispara quase 20% na B3 em meio a recompra de ações
O programa de aquisição de papéis ONCO3 foi anunciado dias após um balanço aquém das expectativas no quarto trimestre de 2024
Ainda dá para ganhar com as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e BTG Pactual (BPAC11)? Não o suficiente para animar o JP Morgan
O banco norte-americano rebaixou a recomendação para os papéis BBAS3 e BPAC11, de “outperform” (equivalente à compra) para a atual classificação neutra
Casas Bahia (BHIA3) quer pílula de veneno para bloquear ofertas hostis de tomada de controle; ação quadruplica de valor em março
A varejista propôs uma alteração do estatuto para incluir disposições sobre uma poison pill dias após Rafael Ferri atingir uma participação de cerca de 5%
Tanure vai virar o alto escalão do Pão de Açúcar de ponta cabeça? Trustee propõe mudanças no conselho; ações PCAR3 disparam na B3
A gestora quer propor mudanças na administração em busca de uma “maior eficiência e redução de custos” — a começar pela destituição dos atuais conselheiros
Vale tudo na bolsa? Ibovespa chega ao último pregão de março com forte valorização no mês, mas de olho na guerra comercial de Trump
O presidente dos Estados Unidos pretende anunciar na quarta-feira a imposição do que chama de tarifas “recíprocas”
Protege contra a inflação e pode deixar a Selic ‘no chinelo’: conheça o ativo com retorno-alvo de até 18% ao ano e livre de Imposto de Renda
Investimento garimpado pela EQI Investimentos pode ser “chave” para lucrar com o atual cenário inflacionário no Brasil; veja qual é
O e-commerce das brasileiras começou a fraquejar? Mercado Livre ofusca rivais no 4T24, enquanto Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia apanham no digital
O setor de varejo doméstico divulgou resultados mistos no trimestre, com players brasileiros deixando a desejar quando o assunto são as vendas online
Nova York em queda livre: o dado que provoca estrago nas bolsas e faz o dólar valer mais antes das temidas tarifas de Trump
Por aqui, o Ibovespa operou com queda superior a 1% no início da tarde desta sexta-feira (28), enquanto o dólar teve valorização moderada em relação ao real
Não é a Vale (VALE3): BTG recomenda compra de ação de mineradora que pode subir quase 70% na B3 e está fora do radar do mercado
Para o BTG Pactual, essa mineradora conseguiu virar o jogo em suas finanças e agora oferece um retorno potencial atraente para os investidores; veja qual é o papel
Nem tudo é verdade: Ibovespa reage a balanços e dados de emprego em dia de PCE nos EUA
O PCE, como é conhecido o índice de gastos com consumo pessoal nos EUA, é o dado de inflação preferido do Fed para pautar sua política monetária
Não existe almoço grátis no mercado financeiro: verdades e mentiras que te contam sobre diversificação
A diversificação é uma arma importante para qualquer investidor: ajuda a diluir os riscos e aumenta as chances de você ter na carteira um ativo vencedor, mas essa estratégia não é gratuita
Tarifas de Trump derrubam montadoras mundo afora — Tesla se dá bem e ações sobem mais de 3%
O presidente norte-americano anunciou taxas de 25% sobre todos os carros importados pelos EUA; entenda os motivos que fazem os papéis de companhias na América do Norte, na Europa e na Ásia recuarem hoje
CEO da Americanas vê mais 5 trimestres de transformação e e-commerce menor, mas sem ‘anabolizantes’; ação AMER3 desaba 25% após balanço
Ao Seu Dinheiro, Leonardo Coelho revelou os planos para tirar a empresa da recuperação e reverter os números do quarto trimestre
Oncoclínicas (ONCO3) fecha parceria para atendimento oncológico em ambulatórios da rede da Hapvida (HAPV3)
Anunciado a um dia da divulgação do balanço do quarto trimestre, o acordo busca oferecer atendimento ambulatorial em oncologia na região metropolitana de São Paulo
Esporte radical na bolsa: Ibovespa sobe em dia de IPCA-15, relatório do Banco Central e coletiva de Galípolo
Galípolo concederá entrevista coletiva no fim da manhã, depois da apresentação do Relatório de Política Monetária do BC
Braskem (BRKM5) salta na bolsa com rumores de negociações entre credores e Petrobras (PETR4)
Os bancos credores da Novonor estão negociando com a Petrobras (PETR4) um novo acordo de acionistas para a petroquímica, diz jornal
JBS (JBSS3): Com lucro em expansão e novos dividendos bilionários, CEO ainda vê espaço para mais. É hora de comprar as ações?
Na visão de Gilberto Tomazoni, os resultados de 2024 confirmaram as perspectivas positivas para este ano e a proposta de dupla listagem das ações deve impulsionar a geração de valor aos acionistas
Dólar atinge o menor patamar desde novembro de 2024: veja como buscar lucros com a oscilação da moeda
A recente queda do dólar pode abrir oportunidades estratégicas para investidores atentos; descubra uma forma inteligente de expor seu capital neste momento
Não é só o short squeeze: Casas Bahia (BHIA3) triplica de valor em 2025. Veja três motivos que impulsionam as ações hoje
Além do movimento técnico, um aumento da pressão compradora na bolsa e o alívio no cenário macroeconômico ajudam a performance da varejista hoje; entenda o movimento