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Eduardo Campos

Eduardo Campos

Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.

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Fundos ampliam aposta contra o dólar desde o fim de 2018

Posição vendida do investidor institucional, que ganha com a queda na cotação da moeda americana, soma US$ 34,5 bilhões. No futuro de Ibovespa estrangeiro alivia a mão

Eduardo Campos
Eduardo Campos
15 de janeiro de 2019
11:03
dólares nota
Imagem: Shutterstock

O leitor que nos acompanha já deve estar cansado de ler que a cotação do dólar é formada no mercado futuro, pois é lá na B3 que bancos, fundos de investimento e estrangeiros protegem suas exposições em outros mercados e montam apostas direcionais na moeda americana.

O acompanhamento sistemático das posições não tem o sonhado poder preditivo, mas ajuda a saber onde estamos, ajudando a entender quais os movimentos mais prováveis dentro de um mercado conhecido por sua imprevisibilidade.

O que os futuros nos mostram é uma intensificação na atuação dos fundos de investimento na ponta de venda da moeda americana. Desde o último pregão de 2018 e em todos os pregões de 2019, o investidor institucional ampliou sua “aposta” na queda do dólar.

A posição vendida líquida, que considera dólar futuro e cupom cambial (DDI, juro em dólar), aumentou em US$ 8 bilhões nesse período e soma US$ 34,5 bilhões. São US$ 12,5 bilhões em dólar futuro e outros US$ 22 bilhões em cupom cambial.

Ampliando a janela de análise, os fundos carregam posição vendida em dólar futuro desde o começo de outubro. Entre o fim de setembro e começo de outubro, eles chegaram a carregar posição comprada, no que pode ser visto como um movimento defensivo antes das eleições. No fim de novembro e fim de dezembro, ocorreram duas movimentações que podem ser vistas como realização de lucros (compra de contratos) ou ajuste mensal de carteira provocado pela Ptax de fim de mês.

No ano até o pregão de ontem, o dólar acumula uma queda de 4,5%, sendo negociado na linha de R$ 3,70, que tem se mostrando difícil de romper para baixo. O ponto é que quanto mais o dólar cai, mais os fundos vendem. O que se tenta adivinhar é quando esse movimento para e, por isso, das diferentes avaliações sobre o dólar ir R$ 3,30, R$ 3,50, R$ 3,60 ou ficar rondando os R$ 3,70.

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O mercado futuro é um jogo se soma zero, se os fundos vendem outro agente compra. E a principal contraparte é o investidor estrangeiro, que ensaiou uma virada de mão no fim de 2018, mas já segue firme na ponta de compra, carregando posição líquida total comprada de US$ 34,9 bilhões.

A posição do estrangeiro é composta por US$ 5,7 bilhões em dólar futuro e outros US$ 29,2 bilhões em cupom cambial. Em 10 de dezembro, a posição líquida total bateu recorde a US$ 41,7 bilhões.

A avaliação de ganhadores e perdedores nesse mercado é sempre feita em tese, pois não sabemos a que preço as posições foram montadas e se esses agentes possuem exposição ao dólar no mercado à vista e de balcão. Mas teríamos os fundos ganhando com a queda do dólar e os estrangeiros aguentando o ajuste diário na sua “aposta” contra o real.

Outro agente relevante nesse mercado são os bancos, mas desde o fim do ano passado a exposição total vem sendo reduzida. Os bancos seguem vendidos liquidamente em US$ 2,4 bilhões, são US$ 8,3 bilhões vendidos em cupom cambial descontados de US$ 5,9 bilhões comprados em dólar futuro. Em meados de dezembro essa posição vendida chegou aos US$ 17 bilhões.

Sabemos que os bancos também carregam uma expressiva posição vendida no mercado à vista, na casa dos US$ 25 bilhões, reflexo do fluxo cambial negativo do fim do ano passado somado às atuações do BC no mercado via leilões de linha com compromisso de recompra.

As linhas atualmente em aberto somam US$ 12,25 bilhões e têm vencimentos no começo de fevereiro e de março. O BC decidirá se deixa as linhas vencerem, o que representa um efeito compra no mercado, ou se renova as operações via rolagens. Podemos esperar algum aumento pontual de volatilidade em função disso no fim de janeiro e de fevereiro.

Ibovespa futuro

No mercado de índice futuro do Ibovespa, principal índice de ações da B3, o investidor estrangeiro aliviou o movimento de venda de contratos. Depois de marcar 164.902 contratos vendidos, maior em mais de uma década, em 9 de janeiro, a posição recuou brevemente a 157.128 contratos.

Na ponta de compra estão os fundos com 149.182 contratos, também um pouco menor que os 158.264 do dia 9.

Uma forma de ler as posições no Ibovespa futuro é como uma proteção (hedge) às oscilações no mercado à vista. O investidor está comprado em bolsa no mercado à vista e vai proteger essa exposição no mercado futuro vendendo contratos de Ibovespa.

No entanto, o mercado também opera o Ibovespa futuro com um ativo em si, podendo montar apostas de alta (comprado) ou de queda (vendido).

Na semana passada, discutimos se o estrangeiro estava ou não pessimista com a bolsa brasileira.

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