Fluxo cambial abre o ano negativo em US$ 1,3 bilhão, mas isso não faz preço
Formação de preço, como sempre, está no mercado futuro, onde fundos tem “aposta” de US$ 32,5 bilhões na alta do real
O fluxo cambial na primeira semana de 2019 foi negativo em US$ 1,312 bilhão, reflexo de saídas de US$ 654 milhões na conta financeira e outros US$ 658 milhões na conta comercial. Essa perda de moeda, no entanto, não tem relação com a cotação do dólar, que caiu 4% nos três primeiros dias do ano, e segue em baixa nesta semana.
Ainda sobre fluxo, o que se espera pelo comportamento sazonal é que a entrada de dólares volte a superar as saídas com mais consistência ao longo das próximas semanas e meses. No lado financeiro, fundos e empresas tendem a retomar exposições que foram fechadas no fim de 2018 para apuração de balanço. No lado comercial, as exportações voltam a ganhar fôlego no começo do ano com os embarques agrícolas. Atenção à safra de soja, já que nas últimas semanas mudanças climáticas estão levando a revisões sistemáticas para baixo no volume de produção.
Em dezembro, o fluxo foi negativo em US$ 12,756 bilhões, maior para meses de dezembro desde 2014, quando a saída foi de US$ 14,050 bilhões. A saída na conta financeira ficou em US$ 14,635 bilhões, refletindo o forte aumento nas remessas de empresas para fechamento de balanços e outros compromissos. Em 2018, no entanto, fluxo foi negativo em US$ 995 milhões.
Esse aumento nas remessas de fim de ano levou o Banco Central (BC) a atuar no mercado desde o fim de novembro com leilões de linha com compromisso de recompra. Foram dez atuações que somaram US$ 12,25 bilhões, sendo US$ 11 bilhões em “dinheiro novo” e outro US$ 1,25 bilhão em rolagem de linha.
Nessas operações, o BC faz um empréstimo dos dólares das reservas internacionais, que posteriormente serão devolvidos. As linhas atualmente em aberto têm vencimentos entre fevereiro e março. No fim desses meses, o BC decidirá se deixa as linhas vencerem ou se renova as operações via rolagens.
O fluxo negativo e as linhas ofertadas pelo BC impactam a posição de câmbio dos bancos no mercado à vista, que fechou o ano vendida em US$ 24,865 bilhões e segue aumentando.
Leia Também
Mercado futuro e formação de preço
É na B3 que ocorre a formação de preço na moeda, pois é lá que os comprados, que ganham com a alta do dólar, e os vendidos, que ganham com a queda da moeda, protegem suas exposições em outros mercados e fazem apostas direcionais na moeda americana.
O dólar apresenta firme trajetória de baixa desde o começo do ano e, nesta quarta-feira, testa a linha dos R$ 3,68, algo que não se via desde o fim de outubro, quando a moeda marcou R$ 3,65. No lado técnico, a moeda perdeu todas as médias móveis de 50, 100 e 200 períodos, o que reforçaria o viés de baixa.
O investidor estrangeiro segue na ponta de compra de dólar futuro. Depois de fechar 2018 vendido em US$ 2,3 bilhões, a posição no pregão de terça-feira já estava comprada em US$ 4,6 bilhões, uma variação de US$ 6,9 bilhões.
No cupom cambial (DDI, juro em dólar) houve redução de US$ 5 bilhões na posição no mesmo período, mas o gringo segue comprado em US$ 29,2 bilhões. Assim, o estoque total do não residente é comprado em US$ 33,8 bilhões. Em 10 de dezembro, essa posição bateu recorde a US$ 41,7 bilhões.
Neste começo de ano, os maiores vendedores de moeda foram os bancos, com uma variação de posição de US$ 7,2 bilhões. Assim, a posição comprada em dólar caiu de US$ 12,4 bilhões no fim de 2018 para US$ 5,2 bilhões. No cupom cambial, os bancos reduziram a posição vendida em US$ 11,3 bilhões, para US$ 8,3 bilhões. Com isso, a exposição líquida é vendida em US$ 3,14 bilhões, que pode ser considerada pouco expressiva.
Os bancos fizeram um grande ajuste de posições na virada do ano, por isso não é possível afirmar que tenham realizado prejuízos (vendendo dólar quanto ele cai), já que as instituições financeiras também têm posições no mercado à vista (reflexo do fluxo negativo e leilões de linha) e em mercado de balcão.
A maior contraparte do gringo no mercado é o investidor institucional. Os fundos de investimento estão com uma posição vendida total de US$ 32,6 bilhões tendo fechado o ano em US$ 26,5 bilhões.
Essa posição é formada por US$ 10,6 bilhões em dólar futuro e US$ 22 bilhões em cupom cambial. No fim de 2018, esses estoques estavam em US$ 10,7 bilhões em dólar e US$ 15,8 bilhões em cupom.
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Rali do Trump Trade acabou? Bitcoin (BTC) se estabiliza, mas analistas apontam eventos-chave para maior criptomoeda do mundo chegar aos US$ 200 mil
Mercado de criptomoedas se aproxima de uma encruzilhada: rumo ao topo ou a resultados medianos? Governo Trump pode ter a chave para o desfecho.
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental
Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula
Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva
Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos
CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem
Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro
Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?
A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos