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Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
Câmbio

Credit Suisse trabalha com dólar entre R$ 4,18 e R$ 4,35 em 2020

Banco apresentou as perspectivas para o mercado de câmbio em 2020 e dólar não estaria tão caro assim por aqui

Eduardo Campos
Eduardo Campos
4 de dezembro de 2019
14:05 - atualizado às 17:15
Real e Dólar
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Os analistas do Credit Suisse apresentam um longo relatório sobre as perspectivas para o mercado mundial de câmbio para 2020. Na parte dedicado ao dólar contra o real, a avaliação é de que a cotação deve oscilar entre R$ 4,18 e R$ 4,35.

Segundo o banco, apesar dos recordes nominais na cotação dólar, acima da linha de R$ 4,20, a moeda americana não estaria tão cara assim (ou a moeda brasileira tão barata). Avaliando a taxa real efetiva de câmbio (Reer, em inglês), medida que compara o real com pares comerciais, a moeda está no meio de um range de 20 anos que indica sobre ou sub valorização (veja imagem abaixo)

Além disso, diz o CS os elementos tradicionais para se dizer que a moeda está subvalorizada não estão presentes, como superávit em conta corrente e baixo desemprego.

Segundo o banco, o comportando do risco-país, medido pelo CDS, já dá ao Brasil a classificação de grau de investimento, o que torna a moeda vulnerável a ruídos políticos.

O CS também confirma algo que é lugar comum por aqui. Com a queda de Selic e a forte redução, ou mesmo fim, das operações de arbitragem de juros, o real virou um “hedge” relativamente barato para se proteger de oscilações em outros mercados brasileiros. “Isso não deve mudar no curto prazo”, diz o CS.

Por ora, explica o banco, a recente alta nas expectativas de inflação é muito pequena para indicar qualquer mudança na relação de “carry” (arbitragem) da moeda. Se o crescimento surpreender muito para cima é possível que essa percepção mude.

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Na avaliação mais ampla sobre moedas emergentes, o banco prefere exposição a países que tenham juros mais elevados, estabilidade no balanço de pagamentos e nos quais os riscos políticos estejam embutidos no preço ou recuando. Se encaixam nesses quesitos, o rublo russo e a lira turca. Nenhuma moeda da América Latina se qualifica.

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