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Eduardo Campos
Diário dos 100 dias
Eduardo Campos conta os bastidores do início do governo
Eduardo Campos
Eduardo Campos
Jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo e Master In Business Economics (Ceabe) pela FGV. Cobre mercado financeiro desde 2003, com passagens pelo InvestNews/Gazeta Mercantil e Valor Econômico cobrindo mercados de juros, câmbio e bolsa de valores. Há 6 anos em Brasília, cobre Banco Central e Ministério da Fazenda.
dia 45

Martelo batido!

Idade mínima será de 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, com prazo de transição de 12 anos

Eduardo Campos
Eduardo Campos
14 de fevereiro de 2019
18:29 - atualizado às 13:59

Conforme o prometido em entrevista na noite de ontem, presidente Jair Bolsonaro “bateu o martelo” sobre o texto final da reforma da Previdência. Todos os detalhes serão oficialmente conhecidos dia 20, mas o secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, escalado para encarar o enxame de repórter que aguardavam algum pronunciamento na portaria do Palácio da Alvorada, adiantou que a idade mínima será de 62 anos para as mulheres e 65 anos para os homens, com prazo de transição de 12 anos.

A solução encontrada foi um meio termo. A ideia defendida pela equipe econômica era de 65 anos iguais, com dez anos de convergência. O presidente tinha falado, anteriormente, em 57 para mulheres e 62 para os homens, mas o secretário falou que Bolsonaro defendia 60 anos mulheres e 65 anos homens. Marinho não respondeu a nenhuma pergunta, mas deu a entender que a economia de R$ 1 trilhão, acenda pelo ministro Paulo Guedes, está contemplada nos planos.

O anúncio de parte da reforma ajudou o tirar o foco da “crise” que se abateu sobre o Palácio do Planalto, envolvendo o ministro a Secretaria-Geral da Presidência Gustavo Bebianno, suspeitas de candidaturas laranjas do PSL nas eleições, divulgação de áudios pelo “Twitter”, e Bolsonaro falando que envolvidos no escândalo “terão de voltar às suas origens”. Ainda é cedo para saber se esse desentendimento de Bolsonaro e seus familiares com lideranças do PSL pode ter custos na aprovação das reformas, o que é fato é que todo e qualquer ruído político será utilizado pela oposição para ir minando o governo.

Leia aqui todo o Diário dos 100 Dias.

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