🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Estadão Conteúdo
tendência?

‘Haverá redução do consumo e investimento’

Para o economista João Scandiuzzi, o acirramento da guerra comercial significará uma redução nas exportações brasileiras para seus três principais mercados – EUA, China e Europa

Estadão Conteúdo
2 de agosto de 2019
8:20 - atualizado às 14:28
Imagem: Shutterstock

O acirramento da guerra comercial surpreendeu o mercado, que esperava um avanço na rodada de negociações em Pequim. O resultado da medida anunciada por Donald Trump deve ser uma nova retaliação da China, ainda que não no mesmo patamar da adotada por Washington, e mais desaceleração na economia global, diz o economista João Scandiuzzi, estrategista-chefe do BTG Pactual Wealth Management. Para o Brasil, a escalada significará uma redução nas exportações para seus três principais mercados - EUA, China e Europa. Apesar da possibilidade de um novo aumento de venda de soja para a China - que no ano passado já substituiu a compra do produto americano pelo brasileiro -, a tendência não deve ser suficiente para movimentar a economia brasileira. “Seria algo muito setorial.”

O anúncio dos EUA pode ser interpretado como uma escalada importante na guerra comercial ou uma estratégia de negociação?

É uma escalada, sem dúvida, e que não era esperada neste momento. Tinha acabado de haver uma reunião cara a cara entre o time americano e o chinês em Pequim e os sinais indicavam uma distensão gradual. Certamente tem algo de tática, mas representa uma escalada.

Qual resposta podemos esperar da China?

Nas últimas duas escaladas da guerra comercial, a China respondeu de maneira comedida. Agora tem até muito pouco espaço para responder. A China já impôs tarifas sobre US$ 110 bilhões de produtos americanos; restam US$ 20 bilhões que não foram tarifados. Mas a China tem reagido sempre, até porque é uma questão diplomática e de política interna. Para a China, é importante mostrar alguma reação. Em setembro, quando os EUA colocaram tarifa sobre US$ 200 bilhões, a China colocou sobre US$ 60 bilhões e uma tarifa muito menor.

Esse novo acirramento desacelera o crescimento mundial ainda mais?

Leia Também

Vai ter um impacto adicional. Ele será muito maior sobre a economia chinesa do que sobre a americana. A americana é mais fechada, até por ser mais diversificada e continental, e o tamanho das exportações americanas para a China em relação ao total é menor que o contrário. Tem de levar em conta os impactos indiretos, via condições financeiras, como Bolsa. Esses impactos também tendem a ser mais fortes sobre a China. O aumento da incerteza pega o mundo em um momento de desaceleração, crescendo abaixo do potencial, e isso deve se agravar. Haverá um impacto indireto forte na confiança, reduzindo intenção de investimento e consumo. Esses impactos indiretos são muito importantes e devem gerar desaquecimento e necessidade de resposta de uma política monetária (expansionista) dos principais bancos centrais. O Federal Reserve (o Fed, o banco central americano) cortou os juros ontem (quarta-feira), mas os sinais (de novas reduções) ficaram aquém do que se esperava. Na medida em que a incerteza aumenta e o PIB global desacelera, aumenta a necessidade de resposta mais rápida do Fed.

O Brasil se beneficiou em um primeiro momento com a guerra comercial, exportando mais para a China, sobretudo soja. Isso pode se repetir?

O efeito de a economia global crescer menos e do aumento do risco é negativo para todos. O Brasil é bem menos afetado diretamente por essa guerra na medida em que não estamos no epicentro dela e também porque somos pouco integrados às cadeias de produção globais. Agora, deve haver efeitos colaterais. A Europa, principalmente a Alemanha, é muito sensível a exportações de manufatura para a China. E esse mercado (a Europa) também é importante para as exportações do Brasil. Os três principais mercados para o Brasil - Estados Unidos, China e Europa, serão bastante afetados. Em um segundo momento, tem o efeito de relaxamento monetário, que tende a minimizar o primeiro impacto.

Não pode haver um aumento de exportações agrícolas que beneficie o País?

Pode acontecer, mas seria algo muito setorial. O setor agrícola é importante para a balança comercial, mas não chega a mover o PIB.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
SADIA NO MUNDO

Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões

20 de novembro de 2024 - 16:50

Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta

LAÇOS FORTALECIDOS

De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais

20 de novembro de 2024 - 14:32

Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países

PRINCIPAL PARCEIRO

Brasil e China: em 20 anos, comércio entre países cresceu mais de 20x e atingiu US$ 157,5 bilhões em 2023

20 de novembro de 2024 - 10:35

Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo

19 de novembro de 2024 - 8:02

Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio

CONTRA A OBESIDADE

Mais barato? Novo Nordisk lança injeção de emagrecimento estilo Ozempic na China com ‘novidade’

18 de novembro de 2024 - 18:47

Em um país onde mais de 180 milhões de pessoas têm obesidade, o lançamento do remédio é uma oportunidade massiva para a empresa europeia

DESAFIOS NO SETOR FASHION

2025 será o ano de ‘acerto de contas’ para o mercado de moda: veja o que as marcas precisarão fazer para sobreviver ao próximo ano

18 de novembro de 2024 - 16:15

Estudo do Business of Fashion com a McKinsey mostra desafios e oportunidades para a indústria fashion no ano que vem

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias

PARCERIA INTERNACIONAL

G20: Ministério de Minas e Energia assina acordo com a chinesa State Grid para transferência de tecnologia

17 de novembro de 2024 - 12:52

A intenção é modernizar o parque elétrico brasileiro e beneficiar instituições de ensino e órgãos governamentais

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

“SUCH A LOVELY PLACE…”

A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá

14 de novembro de 2024 - 6:02

Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo

PARA SAIR DO BURACO

China anuncia novas medidas para estimular o setor imobiliário, mas há outras pedras no sapato do Gigante Asiático

13 de novembro de 2024 - 17:14

Governo da China vem lançando uma série de medidas para estimular setor imobiliário, que vem enfrentando uma crise desde 2021, com o calote da Evergrande

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA

13 de novembro de 2024 - 8:09

Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar

DIA DOS SOLTEIROS

Um respiro para Xi Jinping: ‘Black Friday chinesa’ tem vendas melhores do que o esperado

12 de novembro de 2024 - 16:57

Varejo ainda não está nos níveis pré-crise imobiliária, mas o Dia dos Solteiros superou as expectativas de vendas

COMPRAR OU VENDER

UBS rebaixa recomendação para Vale (VALE3) e corta preço-alvo dos ADRs em NY; o que está por trás do pessimismo com a mineradora?

11 de novembro de 2024 - 14:28

Papéis da mineradora nas bolsas americana e brasileira operam em queda nesta segunda-feira (11), pressionando o Ibovespa

UMA PECHINCHA NO DIA DO SOLTEIRO?

Compre China na baixa: a recomendação controversa de um dos principais especialistas na segunda maior economia do mundo

11 de novembro de 2024 - 13:45

A frustração do mercado com o pacote trilionário da semana passada abre uma janela e oportunidade para o investidor que sabe esperar, segundo a Gavekal Research

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Prévia do PIB é destaque em semana com feriado no Brasil e inflação nos EUA

11 de novembro de 2024 - 7:03

A agenda econômica da semana ainda conta com divulgação da ata da última reunião do Copom e do relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP)

NÃO AGRADOU

Xi Jinping reage a Trump: China lança pacote trilionário, mas não anima mercado — e ainda arrasta as ações da Vale (VALE3)

8 de novembro de 2024 - 15:33

Frustração com medidas de suporte à dívida dos governos locais na China derruba também o Ibovespa no pregão desta sexta-feira

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar