Hoje é dia de PIB
Fevereiro chega ao fim tendo como destaque números do Produto Interno Bruto no Brasil e nos EUA ao final de 2018

O mês de fevereiro chega ao fim trazendo como destaque o Produto Interno Bruto (PIB) no Brasil (9h) e nos Estados Unidos (10h30). Os dados, referentes ao último trimestre do ano passado e ao acumulado de 2018, abrem o dia de negócios, que já começa ajustando-se ao noticiário de ontem à noite, quando saíram dados da China e o balanço da Petrobras.
A estatal petrolífera registrou lucro de R$ 25,7 bilhões em 2018, no melhor resultado desde 2011 e após quatro anos seguidos de prejuízo. Porém, no quarto trimestre do ano passado, a Petrobras lucrou R$ 2,1 bilhões, queda de 68% na comparação com os três meses anteriores. Hoje, a empresa realiza teleconferência (10h) para comentar os resultados.
Na safra de balanços hoje, serão publicados os demonstrativos contábeis de Ambev, Gol e BRF, antes da abertura do pregão local. Entre os indicadores econômicos, sai também a nota do Banco Central sobre o resultado primário do setor público consolidado em janeiro, às 10h30, além do PIB, às 9h.
A previsão é de que a economia brasileira tenha interrompido uma sequência de sete trimestres seguidos de resultados positivos e apresentado estabilidade entre outubro e dezembro do ano passado, perdendo tração em relação ao trimestre anterior. Ainda assim, o PIB doméstico deve ter crescido pouco mais de 1% no acumulado de 2018.
Se confirmado, será o segundo ano seguido de crescimento, após uma longa recessão. Já na comparação com o quarto trimestre de 2017, o PIB brasileiro deve crescer pelo oitavo trimestre consecutivo, em +1,3%. Apesar de positivos, os números reforçam que a retomada econômica após dois anos de colapso caminha devagar, rumo a uma estagnação.
Exterior tem atividade
Dados sobre a atividade econômica também marcam o dia no exterior. A quinta-feira começa com o índice oficial dos gerentes de compras (PMI) na China. O PMI da indústria caiu ao menor nível em três anos, passando de 49,5 em janeiro para 49,2 em fevereiro, na leitura mais baixa em exatamente 36 meses. Já o setor de serviços caiu de 54,7 para 54,3.
Leia Também
No fim do dia, serão divulgados os índices PMI sobre a atividade chinesa medida pelo Caixin. Pela manhã, merece atenção o PIB dos EUA ao final do ano passado. A previsão é de que a economia norte-americana tenha desacelerado no último trimestre de 2018, mas ainda com uma expansão robusta, de 2,3%, após crescer 3,4% no período anterior.
Os números efetivos serão conhecidos às 10h30. No mesmo horário, saem os pedidos semanais de auxílio-desemprego feitos no país. Também são esperados dados sobre a atividade na região de Chicago em fevereiro (11h45).
Pano de fundo
Apesar da agenda econômica mais forte nesta quinta-feira, os mercados no Brasil e no exterior estão atentos a outras questões. Lá fora, os dados fracos sobre a atividade na China pesaram no pregão asiático, mas é nas negociações comerciais do país com os Estados Unidos que os investidores estão concentrados.
Além disso, os investidores também estão cautelosos com a questão geopolítica, após terminar sem acordo a reunião do presidente norte-americano, Donald Trump, com o líder norte-coreano, Kim Jong Un. Ele queria o fim de todas as sanções, algo que a Casa Branca negou a ceder. A cúpula terminou duas horas antes do previsto, sem nenhum acordo nuclear.
O radar geopolítico monitora ainda o conflito entre Índia e Paquistão na região da Caxemira. Também pesa nos negócios lá fora o depoimento do ex-advogado Trump, Michael Cohen, que trouxe novas alegações e uma série de acusações, com potenciais riscos legais ao presidente dos EUA.
Como resultado, o sinal negativo prevalece entre os ativos de risco. Os índices futuros das bolsas de Nova York amanheceram no vermelho, após uma sessão de perdas na Ásia, com Xangai e Hong Kong caindo 0,5%, cada, enquanto Tóquio cedeu 0,8%. Na Coreia do Sul, a queda foi maior, de quase 2%, com o won sul-coreano perdendo terreno para o dólar.
Na Europa, a tensão com a proximidade do Brexit e a ausência de um acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) inibe os negócios. O euro avança, enquanto a libra esterlina recua, com o dólar medindo forças em relação aos rivais. Com isso, o barril do petróleo tipo WTI cai, sem ímpeto para alcançar a faixa de US$ 57.
Sem fôlego
Já no mercado doméstico, a calmaria ontem reforçou a percepção de que somente o noticiário em torno da reforma da Previdência tende a influenciar os negócios locais. Os investidores estão em compasso de espera por um gatilho capaz de engatar um movimento.
Enquanto não surge nenhuma novidade, os ativos devem continuar buscando uma acomodação ou mesmo ensaiar uma realização de lucros, após a recuperação rápida e acentuada neste início de ano. Porém, como os investidores estão mantendo posição, confiantes na aprovação de novas regras para aposentadoria, é a liquidez que fica menor.
Mas esse último dia de fevereiro pode trazer um pouco mais de volatilidade, em meios aos ajustes finais nos portfólios para “embelezar” os ganhos do mês e também à disputa entre “comprados” e “vendidos” em torno da formação da taxa de câmbio de referência (Ptax). Ainda assim, a proximidade da pausa prolongada de carnaval tende a inibir os movimentos.
O fato é que fevereiro chega ao fim de modo bem diferente da euforia observada em janeiro. Movimentações mais intensas no mercado doméstico só devem acontecer após os dias de folia, já em março, quando as pautas relevantes (espinhosas?) e as negociações do governo com o Congresso em relação à Previdência também devem avançar. A conferir.
O combo do mal: dólar dispara mais de 3% com guerra comercial e juros nos EUA no radar
Investidores correm para ativos considerados mais seguros e recaculam as apostas de corte de juros nos EUA neste ano
Mark Zuckerberg e Elon Musk no vermelho: Os bilionários que mais perdem com as novas tarifas de Trump
Só no último pregão, os 10 homens mais ricos do mundo perderam, juntos, em torno de US$ 74,1 bilhões em patrimônio, de acordo com a Bloomberg
Carrefour Brasil (CRFB3): controladora oferece prêmio mais alto em tentativa de emplacar o fechamento de capital; ações disparam 10%
Depois de pressão dos minoritários e movimentações importantes nos bastidores, a matriz francesa elevou a oferta. Ações disparam na bolsa
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cardápio das tarifas de Trump: Ibovespa leva vantagem e ações brasileiras se tornam boas opções no menu da bolsa
O mais importante é que, se você ainda não tem ações brasileiras na carteira, esse me parece um momento oportuno para começar a fazer isso
Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos
A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Bitcoin (BTC) em queda — como as tarifas de Trump sacudiram o mercado cripto e o que fazer agora
Após as tarifas do Dia da Liberdade de Donald Trump, o mercado de criptomoedas registrou forte queda, com o bitcoin (BTC) recuando 5,85%, mas grande parte dos ativos digitais conseguiu sustentar valores em suportes relativamente elevados
Obrigado, Trump! Dólar vai à mínima e cai a R$ 5,59 após tarifaço e com recessão dos EUA no horizonte
A moeda norte-americana perdeu força no mundo inteiro nesta quinta-feira (3) à medida que os investidores recalculam rotas após Dia da Libertação
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
O Dia depois da Libertação: bolsas globais reagem em queda generalizada às tarifas de Trump; nos EUA, Apple tomba mais de 9%
O Dia depois da Libertação não parece estar indo como Trump imaginou: Wall Street reage em queda forte e Ibovespa tem leve alta
Trump Day: Mesmo com Brasil ‘poupado’ na guerra comercial, Ibovespa fica a reboque em sangria das bolsas internacionais
Mercados internacionais reagem em forte queda ao tarifaço amplo, geral e irrestrito imposto por Trump aos parceiros comerciais dos EUA
Tarifas de Trump levam caos a Nova York: no mercado futuro, Dow Jones perde mais de 1 mil pontos, S&P 500 cai mais de 3% e Nasdaq recua 4,5%; ouro dispara
Nas negociações regulares, as principais índices de Wall Street terminaram o dia com ganhos na expectativa de que o presidente norte-americano anunciasse um plano mais brando de tarifas
Rodolfo Amstalden: Nos tempos modernos, existe ERP (prêmio de risco) de qualidade no Brasil?
As ações domésticas pagam um prêmio suficiente para remunerar o risco adicional em relação à renda fixa?
Efeito Trump? Dólar fica em segundo plano e investidores buscam outras moedas para investir; euro e libra são preferência
Pessimismo em relação à moeda norte-americana toma conta do mercado à medida que as tarifas de Trump se tornam realidade
Assembleia do GPA (PCAR3) ganha apoio de peso e ações sobem 25%: Casino e Iabrudi sinalizam que também querem mudanças no conselho
Juntos, os acionistas somam quase 30% de participação no grupo e são importantes para aprovar ou recusar as propostas feitas pelo fundo controlado por Tanure
Trump-palooza: Alta tensão com tarifaço dos EUA força cautela nas bolsas internacionais e afeta Ibovespa
Donald Trump vai detalhar no fim da tarde de hoje o que chama de tarifas “recíprocas” contra países que “maltratam” os EUA
Brasil não aguarda tarifas de Trump de braços cruzados: o último passo do Congresso antes do Dia da Libertação dos EUA
Enquanto o Ibovespa andou com as próprias pernas, o Congresso preparava um projeto de lei para se defender de tarifas recíprocas
Natura &Co é avaliada em mais de R$ 15 bilhões, em mais um passo no processo de reestruturação — ações caem 27% no ano
No processo de simplificação corporativa após massacre na bolsa, Natura &Co divulgou a avaliação do patrimônio líquido da empresa