Bolsonaro no centro do palco
Discurso do presidente brasileiro durante fórum econômico em Davos é o destaque do dia
O presidente Jair Bolsonaro está no centro das atenções nesta terça-feira, dia de agenda econômica esvaziada no Brasil e no exterior. O foco se concentra no discurso dele logo na abertura do fórum econômico mundial, em Davos, a partir das 12h30.
Os investidores estarão atentos ao tom a ser usado por Bolsonaro. A expectativa é de que ele mantenha a linha liberal, defendendo a agenda de reformas, em especial, a da Previdência. Também na fala do presidente será apresentado um roteiro de privatizações em várias áreas, tanto em infraestrutura quanto em energia.
O presidente deve evitar falar de improviso ou comentar o caso sobre movimentações financeiras suspeitas, envolvendo um dos filhos. Tampouco deve detalhar a proposta do governo de novas regras para aposentadoria. Além disso, ele deve se esquivar de temas em que é criticado, como as questões ambientais.
Resta saber se a retórica de Bolsonaro será contundente, de modo a restabelecer a confiança internacional no Brasil. Segundo ele, o discurso na abertura do evento na cidade suíça será "muito curto, objetivo, claro", a fim de dar o recado mais amplo possível sobre “o novo Brasil que se apresenta” com a chegada dele ao poder.
Olho vivo, faro fino
Bolsonaro sabe que há pouco espaço para erros. Ainda mais após o desconforto causado pelos detalhes sobre os depósitos, em espécie e fracionados, feitos nas contas de Flávio Bolsonaro. A sensação é de que o presidente precisa “mandar bem” para manter o otimismo do mercado financeiro brasileiro com o novo governo.
Ao agir assim, o presidente conseguirá acertar o tom com a elite político-financeira e ser capaz de vender a imagem de um novo perfil do Brasil, como um país com bom ambiente de negócios. Com essa mensagem, o governo que mostrar que terá condições de cobrir o rombo das contas públicas, com maior rigor fiscal.
Leia Também
Será, portanto, uma fala alinhada à do ministro da Economia, Paulo Guedes, que também está na cidade suíça. A comitiva presidencial conta ainda com o ministro Sergio Moro (Justiça), que têm agenda cheia para enfatizar o combate ao crime organizado, além do chanceler Ernesto Araújo (Relações Exteriores).
O destaque dado ao presidente - será a primeira vez que um latino-americano abre o evento - reforça o interesse e a curiosidade da comunidade internacional sobre o governo brasileiro. Ainda mais após a desistência de vários outros líderes importantes, que cancelaram a presença no fórum de Davos.
Entre as baixas no evento, destaque para as ausências da primeira-ministra britânica, Theresa May, além dos presidentes francês, Emmanuel Macron; norte-americano, Donald Trump; chinês, Xi Jinping; e argentino, Mauricio Macri. Todos eles estão às voltas com suas próprias crises domésticas.
Exterior pesado
O temor com a desaceleração econômica global volta a pesar nos mercados internacionais. Um dia após a China registrar o menor crescimento em 30 anos, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB) no mundo em 2019 e em 2020, o que penaliza os negócios no exterior.
As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão em queda, com as perdas lideradas em Xangai e Hong Kong, onde o recuo superou 1%. As praças chinesas reagiram ao alerta feito pelo presidente Xi a outras lideranças do Partido Comunista, de que é preciso “prevenir riscos maiores” para garantir a saúde da economia.
No Ocidente, os índices futuros das bolsas de Nova York voltam do fim de semana prolongado no vermelho, à medida que paralisação do governo dos EUA (shutdown) entra na quinta semana. Ao que tudo indica, porém, Trump e os líderes democratas deram o primeiro passo em direção a uma resolução do impasse.
Mas ainda não está claro o quanto a Casa Branca está disposta em fazer um acordo. Com isso, os investidores redobram a postura defensiva, em meio à busca por proteção em ativos seguros, como o iene japonês e o título norte-americano de 10 anos (T-note). O yuan chinês caiu, após as declarações incomuns de Xi.
Já as moedas europeias não exibem uma direção única, com o euro ensaiando alta, enquanto a libra esterlina recua, após May descartar um novo plebiscito sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE). Ela também negou que irá adiar a data do Brexit, em 29 de março. Nas commodities, o petróleo cede.
O apetite por risco está mais baixo, diante das perspectivas cada vez mais escuras quanto ao crescimento econômico global e em relação à guerra comercial. O otimismo nas negociações sino-americanas diminuiu, após relatos de que houve pouco progresso em questões-chave e chegou-se a um ponto de “make-or-brake”.
Dia de agenda fraca
Ainda na cidade suíça, Bolsonaro também irá participar de um jantar, acompanhando de outros presidentes da América Latina. Alguns encontros bilaterais foram agendados, mas a coletiva de imprensa que o presidente concederia em Davos não está mais na programação oficial.
O evento havia sido incluído pelos organizadores. Entre os indicadores econômicos, o calendário doméstico está esvaziado e não traz nenhuma divulgação relevante. Já no exterior, saem dados do setor imobiliário nos EUA em dezembro (13h) e sobre o sentimento econômico na zona do euro neste mês (8h).
China de olho na artilharia de Trump: conselheiros de Xi Jinping defendem crescimento de 5% para 2025, mas querem calibre maior de estímulos
Fontes de dentro do governo chinês ouvidas pela Reuters mostram divisão sobre a meta de expansão da segunda maior economia do mundo no ano que vem; uma decisão só será tomada em março
Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem
Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país
Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar
Governo da China expulsa ex-chefe do projeto do yuan digital sob alegações de corrupção
Yao Qian é acusado de receber subornos em criptomoedas, bens de luxo e propriedades, além de realizar empréstimos ilegais enquanto ocupava cargo público
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear
No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta
Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal
Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais
Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países
Brasil e China: em 20 anos, comércio entre países cresceu mais de 20x e atingiu US$ 157,5 bilhões em 2023
Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
Mais barato? Novo Nordisk lança injeção de emagrecimento estilo Ozempic na China com ‘novidade’
Em um país onde mais de 180 milhões de pessoas têm obesidade, o lançamento do remédio é uma oportunidade massiva para a empresa europeia