Em pausa. Mercado espera um sinal para seguir ou parar com altas
Após novo recorde, investidores aguardam notícias relevantes para definir rumos dos mercados. Dia é de agenda fraca
O mercado financeiro segue carente de notícias relevantes, capazes de dissipar as incertezas no contexto político-econômico, no Brasil e no exterior. Essa espera por novidades cria um terreno fértil para especulações, elevando a postura defensiva nos negócios.
Mas os investidores tentam manter um “otimismo cauteloso”, confiantes no progresso das negociações entre Estados Unidos e China em torno da guerra comercial e amparados no tom suave (“dovish”) do Federal Reserve em relação a novas altas na taxa de juros dos EUA neste ano.
As principais bolsas asiáticas fecharam em alta firme, de mais de 1%, com os ganhos liderados por Tóquio e Hong Kong, em meio à expectativa pela visita do vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, aos EUA no fim deste mês, para elevar o grau de discussão na área comercial, tratando também de questões estruturais.
Ele será recebido pelo secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, e pelo representante do comércio dos EUA, Robert Lighthizer. E esse encontro de alto escalão entre autoridades da China e dos EUA alimenta expectativas positivas quanto a um desfecho, com o fim da prática de taxações, seguida de represálias.
No Ocidente, as principais bolsas europeias se apoiam no sinal positivo vindo da Ásia e também dos índices futuros das bolsas de Nova York nesta manhã. Ontem, o S&P 500 superou a média móvel de 50 dias e caminha para o melhor início de ano desde 1987 - o ano da histórica Black Monday.
Nos demais mercados, o dólar tem pouca oscilação em relação às moedas rivais, o que abre espaço para o petróleo avançar pela terceira semana seguida, com o barril do tipo WTI flertando com a faixa de US$ 53. O brent, por sua vez, é cotado acima de US$ 60 o barril.
Leia Também
Paira no ar...
Como pano de fundo dos mercados, prosseguem os impasses políticos nos Estados Unidos (shutdown) e no Reino Unido (Brexit). A principal dúvida é se vão continuar as divergências - entre a Casa Branca e os democratas; e os britânicos e a União Europeia (UE).
Por ora, o que ainda existe é a mais longa paralisação do governo norte-americano e um suspense inglês antes do prazo final para o Brexit, em março. A libra esterlina se sustenta no maior nível em dois meses, após o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, afirmar que um novo plebiscito segue como opção no drama inglês.
Sem Previdência em Davos
No Brasil, o mercado financeiro também alimenta boas expectativas em relação à reforma da Previdência, o que içou a Bolsa brasileira ontem para a marca recorde de 95 mil pontos, pela primeira vez na história. Já o dólar subiu pela terceira sessão consecutiva.
As apostas dos investidores são de mudanças rígidas nas regras para a aposentadoria, visando equilibrar as contas públicas e levando o Brasil a recuperar o selo de grau de investimento. Entre as medidas, estariam a fixação de idade mínima, prazo menor de transição e um regime de capitalização.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deve tratar de três temas, durante a participação do fórum em Davos, entre os dias 22 e 25 de janeiro. Além da reforma da Previdência, ele vai falar também da agenda de privatizações e da reforma administrativa. A ideia principal é tratar da redução do peso do Estado na economia.
Mas não devem ser conhecidos detalhes da proposta para a Previdência em Davos. Afinal, seria um pouco estranho detalhar as medidas, antes de apresentá-las ao Congresso. Ao dar preferência para a elite financeira e política mundial, a equipe econômica poderia poderia criar indisposição junto aos parlamentares brasileiros.
Mesmo assim, a demora sobre o plano do governo para a aposentadoria eleva a ansiedade nos negócios locais. Caso as medidas sejam bem-recebidas, os ativos podem resgatar o rali observado logo no início do ano. Porém, em caso de frustração, o dólar pode encontrar dificuldades para voltar a ficar abaixo de R$ 3,70.
Ou seja, assim como no exterior, o mercado financeiro brasileiro também tem uma questão indefinida para decidir o próximo passo. Enquanto espera por novidades sobre o tema, que só devem ser conhecidas lá para o fim deste mês, o ambiente nos negócios locais é de estabilidade, ficando vulnerável às operações de daytrade.
Dados dos EUA em destaque
A agenda econômica está fraca e traz como destaque apenas os dados dos EUA sobre a produção industrial em dezembro (12h15) e a leitura preliminar da confiança do consumidor norte-americano neste mês (13h). No Brasil, sai apenas uma prévia do IGP-M em janeiro (8h).
Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo
Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio
A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional
É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos
O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil
Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias
Agenda econômica: balanço da Nvidia (NVDC34) e reunião do CMN são destaques em semana com feriado no Brasil
A agenda econômica também conta com divulgação da balança comercial na Zona do Euro e no Japão; confira o que mexe com os mercados nos próximos dias
Seu Dinheiro abre carteira de 17 ações que já rendeu 203% do Ibovespa e 295% do CDI desde a criação; confira
Portfólio faz parte da série Palavra do Estrategista e foi montado pelo CIO da Empiricus, Felipe Miranda
A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira
Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações
Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad
Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília
A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados
Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações
Você precisa fazer alguma coisa? Ibovespa acumula queda de 1,5% em novembro enquanto mercado aguarda números da inflação nos EUA
Enquanto Ibovespa tenta sair do vermelho, Banco Central programa leilão de linha para segurar a alta do dólar
Arte de milionária: primeira pintura feita por robô humanoide é vendida por mais de US$ 1 milhão
A obra em homenagem ao matemático Alan Turing tem valor próximo ao do quadro “Navio Negreiro”, de Cândido Portinari, que foi leiloado em 2012 por US$ 1,14 milhão e é considerado um dos mais caros entre artistas brasileiros até então
Quantidade ou qualidade? Ibovespa repercute ata do Copom e mais balanços enquanto aguarda pacote fiscal
Além da expectativa em relação ao pacote fiscal, investidores estão de olho na pausa do rali do Trump trade
Pacote fiscal do governo vira novela mexicana e ameaça provocar um efeito colateral indesejado
Uma alta ainda maior dos juros seria um efeito colateral da demora para a divulgação dos detalhes do pacote fiscal pelo governo
Em ritmo de festa: Ibovespa começa semana à espera da prévia do PIB; Wall Street amanhece em alta
Bolsas internacionais operam em alta e dão o tom dos mercados nesta segunda-feira; investidores nacionais calibram expectativas sobre um possível rali do Ibovespa
Gestor da Itaú Asset aposta em rali de fim de ano do Ibovespa com alta de até 20% — e conta o que falta para a arrancada
Luiz Ribeiro é responsável pelas carteiras de duas famílias de fundos de ações da Itaú Asset e administra um patrimônio de mais de R$ 2,2 bilhões em ativos
Você quer 0 a 0 ou 1 a 1? Ibovespa repercute balanço da Petrobras enquanto investidores aguardam anúncio sobre cortes
Depois de cair 0,51% ontem, o Ibovespa voltou ao zero a zero em novembro; índice segue patinando em torno dos 130 mil pontos
Ibovespa segue com a roda presa no fiscal e cai 0,51%, dólar fecha estável a R$ 5,6753; Wall Street comemora pelo 2° dia
Por lá, o presidente do BC dos EUA alimenta incertezas sobre a continuidade do ciclo de corte de juros em dezembro. Por aqui, as notícias de um pacote de corte de gastos mais modesto desanima os investidores.
Jogando nas onze: Depois da vitória de Trump, Ibovespa reage a Copom, Fed e balanços, com destaque para a Petrobras
Investidores estão de olho não apenas no resultado trimestral da Petrobras, mas também em informações sobre os dividendos da empresa
Qual empresa brasileira ganha com a vitória de Trump? Gerdau (GGBR4) é aposta de bancão e sobe mais de 7% hoje
Também contribui para o bom desempenho da Gerdau a aprovação para distribuição de R$ 619,4 milhões em dividendos aos acionistas
O Ibovespa não gosta de Trump? Por que a vitória do republicano desceu amarga para a bolsa brasileira enquanto Nova York bateu sequência de recordes
Em Wall Street, as ações da Tesla — cujo dono, Elon Musk, é um grande apoiador de Trump — deram um salto de 15%; outros ativos também tiram vantagem da vitória do republicano. Por aqui, o Ibovespa não celebra o resultado das eleições nos EUA e afunda
Como lucrar com o Trump Trade: 4 investimentos que ganham com a volta do republicano à Casa Branca — e o dilema do dólar
De modo geral, os investidores se preparam para um mundo com dólar forte com Trump, além de mais inflação e juros