🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Semana começa com ruídos políticos

Discussões sobre reforma da Previdência e decisão de juros pelo Copom e Fed são os destaques da semana, encurtada por feriado na quinta-feira

Olivia Bulla
Olivia Bulla
17 de junho de 2019
5:39 - atualizado às 6:09
Pedido de demissão de Joaquim Levy, do BNDES, e troca de farpas entre Paulo Guedes e Rodrigo Maia agitam Brasília

A semana encurtada por um feriado nacional na quinta-feira divide as atenções dos investidores entre os eventos políticos em Brasília, em meio às discussões no Congresso sobre a reforma da Previdência, e o calendário econômico, que traz como destaque decisões de juros dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, na quarta-feira.

Mas o dia começa com o mercado doméstico avaliando novos ruídos políticos no governo Bolsonaro. O pedido de demissão de Joaquim Levy da presidência do BNDES agitou o fim de semana, que já começou mais tenso após a troca de farpas entre o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ao final da última sexta-feira.

Guedes se queixou publicamente da proposta apresentada pelo relator, Samuel Moreira, na comissão especial, com várias mudanças nas novas regras para aposentadoria em relação ao texto original. Maia retrucou, dizendo que o projeto substitutivo faz parte de um processo democrático, ainda mais quando a articulação do Executivo com o Legislativo é fraca.

A fala de Guedes incomodou o mercado doméstico. Afinal, se o ministro se mostrou insatisfeito com o teor do relatório da reforma da Previdência, não há muito o que comemorar. Os debates na comissão nesta semana tendem a deixar os investidores na defensiva, em meio aos riscos de diluição e da eficácia fiscal da proposta (leia mais abaixo).

Fogo amigo

O problema é que o desgaste político também tem se dado dentro do governo. Dias após a queda do então secretário de governo, o general Santos Cruz, as desavenças por falta de alinhamento ideológico deixaram mais uma vítima. Levy pediu para sair, após o presidente Jair Bolsonaro estar “por aqui” com ele, colocando a “cabeça [do economista] a prêmio”.

Trata-se da primeira baixa dentro da equipe econômica que, até então, vinha sendo blindado dos desgastes políticos, em meio ao alinhamento dos escolhidos por Guedes com a agenda liberal. O estopim da crise foi a indicação de Marcos Barbosa Pinto, ex-assessor do BNDES no governo PT, para a diretoria de mercado de capitais do banco.

Leia Também

Entre os cotados para substituir Levy, estão alguns secretários de Guedes, como Salim Matar. Ou pode ser alguém da iniciativa privada. Mas os investidores terão de aprender a lidar com um governo instável e imprevisível, principalmente do ponto de vista ideológico, o que pode lançar dúvidas sobre o processo de mudanças estruturais e econômicas no país.

Na semana passada, deixaram o governo, os presidentes dos Correios, Juarez Aparecido de Paulo Cunha; e da Funai, Franklimberg Ribeiro de Freitas, além de Santos Cruz e Levy. Desde o início do mandato, também já saíram do governo os ex-ministros Ricardo Vélez (Educação) e Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral), além de diretores da Apex e do Inep.

Próximos passos

E a política rouba a cena não apenas com mais uma crise desnecessária. Após a leitura do parecer da reforma da Previdência, na quinta-feira passada, a discussão sobre a proposta na comissão especial começa amanhã, elevando a expectativa dos investidores pelo andamento da proposta antes do recesso parlamentar.

Todos os 513 deputados podem se inscrever para falar nessa fase. Ao todo, devem ser feitas três sessões até a semana que vem, na tentativa de votar o texto ainda em junho, por volta do dia 25.
Contudo, o fator calendário parece ser o principal risco à votação da matéria na Câmara antes do recesso parlamentar, já que o fim do mês é marcado pelas tradicionais festas juninas. Além disso, mais ajustes podem ocorrer no projeto, mexendo com o humor do mercado doméstico, a depender dos impactos de possíveis mudanças no conteúdo.

Ainda assim, a proposta de novas regras para aposentadoria está caminhando com perspectiva de aprovação, mesmo sem uma base aliada sólida do governo no Congresso. O Legislativo segue com o intuito de angariar os louros pela aprovação da agenda de reformas, mostrando que tem responsabilidade em ajudar o país.

Exterior à espera do G-20

Enquanto o cenário político tende a continuar ditando o rumo dos ativos locais, o mercado internacional não deve ajudar muito a definir uma direção, já que lá fora os investidores estão em compasso de espera pela reunião do G-20, no Japão. Mais que isso, a expectativa é pelo encontro dos líderes Donald Trump e Xi Jinping sobre a guerra comercial.

Porém, o evento só acontece no fim deste mês, o que deixa os mercados na expectativa por outro grande evento, envolvendo o Federal Reserve (leia mais abaixo). Com isso, os investidores adotam a postura de esperar para ver como ficam a taxa de juros norte-americana e a disputa tarifária entre EUA e China.

As principais bolsas asiáticas encerraram a sessão em alta. Hong Kong subiu 0,5%, apesar de um novo protesto na ilha contra a lei de extradição chinesa. Os manifestantes exigem, agora, a renúncia da chefe de governo local, Carrie Lam. Xangai e Tóquio tiveram leve avanço.

Em Nova York, os índices futuros das bolsas de Nova York também exibem ganhos moderados, o que deixa a abertura do pregão europeu à deriva. Os investidores mostram cautela, receosos com uma eventual decepção por parte do Fed, que pode se esquivar de indicar um primeiro corte em breve.

Nos demais mercados, o petróleo tem poucas oscilações, após a Arábia Saudita expressar esperança de que o cartel de países exportadores (Opep) concordem em estender os cortes de produção da commodity para o segundo semestre. O dólar e os títulos norte-americanos também estão praticamente estáveis, à espera do Fed.

Decisão de BCs em destaque

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Fed que começam amanhã e terminam, ambas, na quarta-feira é o grande destaque da agenda econômica desta semana. Nos dois casos, espera-se pela manutenção dos juros, mas também é grande a expectativa por sinais firmes de cortes à frente, já em julho.

Na última sexta-feira, o mercado doméstico aumentou a pressão e deu um recado claro ao BC, de que não aceitará um comunicado sem alterações mais suaves (“dovish”), indicando que o ciclo de alívio monetário está próximo. Aliás, para o mercado, o processo poderia começar já nesta semana, mas sabe-se que, primeiro, é preciso ajustar a comunicação.

Da mesma forma, a estimativa é de que o Fed sinalize que a flexibilização monetária está chegando, já na virada do primeiro para o segundo semestre. Para o mercado financeiro, trata-se de uma questão praticamente certa, mas há dúvidas de que o BC dos EUA esteja mesmo pronto para reduzir os juros pela primeira vez em mais de uma década.

Afinal, a inflação norte-americana segue muito comportada e o mercado de trabalho nos EUA continua robusto. O Fed, é bom lembrar, tem de cumprir um duplo mandato, sendo que o crescimento econômico não está entre os objetivos perseguidos. Tudo vai depender, então, das projeções contidas no gráfico de pontos, o chamado dot plot.

O mesmo pode-se dizer em relação ao Copom, que tem mandato único, ligado ao controle de preços. Apesar das recentes leituras fracas sobre a inflação e a atividade econômica, as expectativas para os preços neste ano e nos próximos seguem próximas às metas, dando ainda pouca margem para o BC enviar sinais de possíveis afrouxamentos.

Aliás, merece atenção já nesta segunda-feira o relatório de mercado Focus (8h25), que deve trazer novas revisões, para baixo, nas estimativas para a taxa básica de juros (Selic) e o crescimento econômico (PIB) neste ano - pela décima sexta vez seguida - e nos próximos. Já as previsões para o IPCA tende a oscilar, sem grandes alterações.

Ao longo da semana, a agenda econômica está bem fraca, sendo que o feriado na quinta-feira (Corpus Christi) pode adiar para a próxima semana a divulgação dos dados de maio sobre a arrecadação federal e sobre a geração de emprego formal. No exterior, o calendário está igualmente esvaziado.

Além do Fed, destaque também para as reuniões de política monetária dos BCs inglês (BoE) e japonês (BoJ), na quinta-feira. Já na região da moeda única, sai a leitura final da inflação ao consumidor (CPI), amanhã. Na sexta-feira, é a vez de dados de atividade no bloco comum e nos EUA, que traz também dados do setor imobiliário, ao longo da semana.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Angústia da espera: Ibovespa reage a plano estratégico e dividendos da Petrobras (PETR4) enquanto aguarda pacote de Haddad

22 de novembro de 2024 - 8:41

Pacote fiscal é adiado para o início da semana que vem; ministro da Fazenda antecipa contingenciamento de mais de R$ 5 bilhões

SEXTOU COM O RUY

Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma

22 de novembro de 2024 - 5:59

As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.

AGORA VAI?

China de olho na artilharia de Trump: conselheiros de Xi Jinping defendem crescimento de 5% para 2025, mas querem calibre maior de estímulos

21 de novembro de 2024 - 19:55

Fontes de dentro do governo chinês ouvidas pela Reuters mostram divisão sobre a meta de expansão da segunda maior economia do mundo no ano que vem; uma decisão só será tomada em março

PREÇO JUSTO?

Inter (INBR32) projeta Ibovespa a 143.200 mil pontos em 2025 e revela os setores que devem puxar a bolsa no ano que vem

21 de novembro de 2024 - 18:45

Mesmo com índice pressionado por riscos econômicos e valuations baixos, o banco estima que o lucro por ação da bolsa deve crescer 18%

RANKING DE PROVENTOS

Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial

21 de novembro de 2024 - 17:59

A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson

MAS VOCÊ NÃO É TODO MUNDO...

Regulação do mercado de carbono avança no Brasil, mas deixa de lado um dos setores que mais emite gases estufa no país

21 de novembro de 2024 - 16:53

Projeto de Lei agora só precisa da sanção presidencial para começar a valer; entenda como vai funcionar

PROPINA CRIPTOGRAFADA

Governo da China expulsa ex-chefe do projeto do yuan digital sob alegações de corrupção

21 de novembro de 2024 - 16:15

Yao Qian é acusado de receber subornos em criptomoedas, bens de luxo e propriedades, além de realizar empréstimos ilegais enquanto ocupava cargo público

A FAVORITA DO BANCO

‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA

21 de novembro de 2024 - 15:10

A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento

PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

GUERRA DOS MIL DIAS

A arma mais poderosa de Putin (até agora): Rússia cruza linha vermelha contra a Ucrânia e lança míssil com capacidade nuclear

21 de novembro de 2024 - 13:04

No início da semana, Kiev recebeu autorização dos EUA para o uso de mísseis supersônicos; agora foi a vez de Moscou dar uma resposta

RELATÓRIO DO BC

Com dólar acima de R$ 5,80, Banco Central se diz preparado para atuar no câmbio, mas defende políticas para o equilíbrio fiscal

21 de novembro de 2024 - 11:10

Ainda segundo o Relatório de Estabilidade Financeira do primeiro semestre, entidades do sistema podem ter de elevar provisões para perdas em 2025

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

SADIA NO MUNDO

Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões

20 de novembro de 2024 - 16:50

Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta

LAÇOS FORTALECIDOS

De agricultura e tecnologia nuclear à saúde e cultura: Brasil e China assinam 37 acordos bilaterais em várias áreas; confira quais

20 de novembro de 2024 - 14:32

Acordo assinado hoje por Xi Jinping e Lula abrange 15 áreas estratégicas e fortalece relação comercial entre países

PRINCIPAL PARCEIRO

Brasil e China: em 20 anos, comércio entre países cresceu mais de 20x e atingiu US$ 157,5 bilhões em 2023

20 de novembro de 2024 - 10:35

Em um intervalo de 20 anos, a corrente do comércio bilateral entre o Brasil e a China passou de US$ 6,6 bilhões em 2003 para US$ 157,5 bilhões

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Acaba logo, pô! Ibovespa aguarda o fim da cúpula do G20 para conhecer detalhes do pacote fiscal do governo

19 de novembro de 2024 - 8:02

Detalhes do pacote já estão definidos, mas divulgação foi postergada para não rivalizar com as atenções à cúpula do G20 no Rio

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar