🔴 PALAVRA DO ESTRATEGISTA: ACESSO GRATUITO À SÉRIE QUE JÁ RENDEU +200% DO IBOVESPA – VEJA COMO LIBERAR

Olivia Bulla
Olivia Bulla
Olívia Bulla é jornalista, formada pela PUC Minas, e especialista em mercado financeiro e Economia, com mais de 10 anos de experiência e longa passagem pela Agência Estado/Broadcast. É mestre em Comunicação pela ECA-USP e tem conhecimento avançado em mandarim (chinês simplificado).
A Bula do Mercado

Apesar dos riscos, mercado tem dia de alívio

Decisão de Hong Kong de retirar projeto que desencadeou protestos alimenta esperanças entre os investidores, resgatando o apetite por risco

Olivia Bulla
Olivia Bulla
4 de setembro de 2019
5:40 - atualizado às 7:54
Ainda assim, sinais crescentes de desaceleração - quiçá recessão - mundial persistem

O alívio do mercado financeiro nesta quarta-feira vem da Ásia, onde dados encorajadores sobre o setor de serviços chinês e a decisão de Hong Kong de retirar o projeto de extradição que desencadeou os protestos sustentam ganhos firmes entre as bolsas. E esse sinal positivo se espalha pelo Ocidente, sinalizando um dia de recuperação dos ativos.

O índice Hang Seng sobe mais de 4%, na maior alta em cerca de um ano, após a líder da ex-colônia britânica, Carrie Lam, anunciar que irá retirar formalmente o projeto de extradição que provocou quase três meses de protestos. A proposta estava apenas suspensa e a retirada era uma das reivindicações dos manifestantes, alimentando esperanças de que um retorno à calma em Hong Kong.

Ainda na região, o avanço do índice dos gerentes de compras (PMI) do setor de serviços na China, calculado pelo Caixin, para 52,1 em agosto, de 51,6 em julho, sugere que a demanda doméstica no país é mais forte do que a demanda externa. Além disso, o salto no subíndice de emprego aponta a capacidade do setor em absorver trabalhadores.

Em reação, a Bolsa de Xangai subiu 0,9%, enquanto o índice Shenzhen teve alta de 0,7%. Tóquio, por sua vez, oscilou em alta de 0,1%, penalizada pela queda das bolsas de Nova York na véspera. Nesta manhã, porém, os índices futuro em Wall Street exibem ganhos acelerados, garantindo uma abertura positiva na Europa.

Contudo, o velho continente amanheceu tenso, em meio à votação no Parlamento britânico de uma lei que, se passar, poderá impedir uma saída do Reino Unido da União Europeia (UE) em 31 de outubro se não houver um acordo entre as partes. O primeiro-ministro, Boris Johnson, ameaçou antecipar as eleições gerais, se a proposta for aprovada.

À espera de um desfecho, a libra esterlina recupera terreno e volta a ser negociada acima de US$ 1,20, ao passo que o euro segue abaixo de U$ 1,10. Aliás, o dólar se enfraquece em relação às moedas rivais, inclusive de países emergentes, o que abre espaço para uma recuperação das commodities. O petróleo avança e o minério de ferro subiu mais de 2%.

Leia Também

Esse movimento dos ativos aponta para uma melhora do sentimento em relação ao risco, um dia após o acúmulo de incertezas fragilizar o mercado financeiro. De um lado, estão as tensões comerciais entre Estados Unidos e China; de outro, os investidores tentam se escorar na perspectiva de mais estímulos dos bancos centrais espalhados pelo mundo.

No centro do debate, estão os sinais crescentes de desaceleração - quiçá recessão - mundial.

Entre a atividade real...

A queda de um importante indicador sobre a manufatura nos EUA para o território que indica contração da atividade, abaixo da linha divisória de 50, pela primeira vez desde 2016, mostrou ontem que a disputa tarifária com a China começa a afetar a maior economia do mundo. Tanto que as novas encomendas de exportação tiveram a leitura mais baixa desde 2009, enquanto o subíndice de produção atingiu o menor nível desde o fim de 2015.

Esse desempenho apenas reforça que o comércio está tendo um impacto negativo na atividade produtiva - e não apenas na cadeia de suprimentos da China, como ventilou ontem o presidente norte-americano, Donald Trump. Segundo ele, as empresas, o emprego e o dinheiro no país asiático vão desaparecer, ainda mais se Pequim demorar para firmar um acordo com Washington, esperando pelo desfecho da eleição presidencial nos EUA.

O problema é que Trump parece desconhecer os recentes progressos na economia chinesa, que transformaram o país, até então intensivo em mão de obra barata, em direção aos avanços que só a tecnologia pode proporcionar. Isso significa que a cadeia produtiva mudou e a origem de muitas mercadorias - como roupas e calçados - já não tem mais o selo “Made in China”, vindo agora de países do sudeste asiático, como Vietnã e Indonésia.

O que Pequim quer é que os produtos manufaturados da quarta revolução industrial - que se baseiam na inovação tecnológica a partir da confluência da geração 5G com a inteligência artificial, o Big Data e a internet das coisas (IoT) - sejam “Manufactured in China”, transformando a cadeia de suprimentos. Esse objetivo visa transformar o país em uma superpotência industrial a partir de 2025.

...e os estímulos monetários

Mas enquanto EUA e China não chegam a um acordo, que seja capaz de não comprometer nem os objetivos de reeleição de Trump nem de poderio industrial chinês, as ramificações da guerra comercial começam a espalhar. E se a deterioração do cenário continuar, logo o impacto da disputa sai do campo produtivo e entra no mercado de trabalho em geral, ajudando a levar o mundo à recessão.

Aliás, tal cenário já é realidade na Alemanha e em vários outros países que já vivem em um mundo de taxa de juros negativa, com poucos efeitos significativos na economia real. Mas Trump tem pressionado o Federal Reserve para agir de modo mais agressivo e os investidores também elevaram as apostas em relação aos próximos passos do Fed. Após promover o primeiro corte na taxa de juros dos EUA desde 2008, de 0,25 ponto percentual, o mercado espera agora uma queda maior, de meio ponto.

No Brasil, a terceira queda consecutiva da indústria brasileira em julho mostra que a atividade do setor segue fraca e com uma recuperação lenta, o que praticamente dá como certo um corte na Selic neste mês, ainda mais diante do cenário confortável da inflação. O Banco Central deve manter o ritmo, reduzindo o juro básico em 0,50 pp, o que tende a manter o dólar sob pressão, sustentando o nível de R$ 4,00 como “novo normal”.

Como já dito aqui, as sucessivas retiradas de recursos estrangeiros dos ativos brasileiros - em especial da Bolsa, que registrou a saída recorde de quase R$ 11 bilhões apenas em agosto - e a indicação do BC de que a Selic deve renovar o piso histórico até dezembro, indo a 5%, entre outros fatores, ajudam a explicar porque o dólar rompeu a barreira dos R$ 4,00 e tem mostrado dificuldade em abandonar esse patamar.

Fluxo cambial é destaque

Aliás, a agenda econômica do dia traz como destaque os números de agosto do Banco Central sobre a entrada e saída de dólares do país (14h30). Nos dados parciais do mês passado, o fluxo cambial estava negativo em US$ 3,4 bilhões, com as retiradas de quase US$ 6,5 bilhões da conta financeira apagando o saldo positivo pela via comercial no período.

No acumulado do ano, as saídas pelo canal financeiro até 23 de agosto somam US$ 18,2 bilhões. Esse segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações. Com isso, o fluxo cambial em 2019 até a penúltima semana do mês passado estava negativo em US$ 5,6 bilhões.

Trata-se do único indicador doméstico previsto para essa quarta-feira. No front político, o Senado pode votar hoje na CCJ a inclusão de estados e municípios na reforma da Previdência. A chamada “PEC paralela” deve ser analisada depois da votação da proposta principal, já aprovada na Câmara.

Se forem aprovadas, as duas propostas serão encaminhadas ao plenário do Senado e a previsão é de que o texto principal seja votado, em dois turnos, até 10 de outubro. No exterior, dados de atividade no setor de serviços em países europeus e na zona do euro como um todo recheiam a agenda, logo cedo. Nos EUA, saem, pela manhã, o resultado da balança comercial em julho (9h30) e o Livro Bege do Federal Reserve, à tarde (15h).

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

ANTES DA CÚPULA

No G20 Social, Lula defende que governos rompam “dissonância” entre as vozes do mercado e das ruas e pede a países ricos que financiem preservação ambiental

16 de novembro de 2024 - 15:56

Comentários de Lula foram feitos no encerramento do G20 Social, derivação do evento criada pelo governo brasileiro e que antecede reunião de cúpula

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem

15 de novembro de 2024 - 16:16

Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro

BOLSA NA SEMANA

Ação da Americanas (AMER3) dispara 200% e lidera altas fora do Ibovespa  na semana, enquanto Oi (OIBR3) desaba 75%. O que está por trás das oscilações?

15 de novembro de 2024 - 13:21

A varejista e a empresa de telecomunicações foram destaque na B3 na semana mais curto por conta do feriado de 15 de novembro, mas por motivos exatamente opostos

VAI CORTAR A LINHA?

Oi (OIBR3) dá o passo final para desligar telefones fixos. Como ficam os seis milhões de clientes da operadora?

15 de novembro de 2024 - 10:04

Como a maior parte dos usuários da Oi também possui a banda larga da operadora, a empresa deve oferecer a migração da linha fixa para essa estrutura*

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A arte de negociar: Ação desta microcap pode subir na B3 após balanço forte no 3T24 — e a maior parte dos investidores não tem ela na mira

15 de novembro de 2024 - 9:32

Há uma empresa fora do radar do mercado com potencial de proporcionar uma boa valorização para as ações

SEXTOU COM O RUY

Na lista dos melhores ativos: a estratégia ganha-ganha desta empresa fora do radar que pode trazer boa valorização para as ações

15 de novembro de 2024 - 8:00

Neste momento, o papel negocia por apenas 4x valor da firma/Ebitda esperado para 2025, o que abre um bom espaço para reprecificação quando o humor voltar a melhorar

DESAGRADOU (?)

“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo

14 de novembro de 2024 - 15:51

Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos

DESTAQUES DA BOLSA

A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?

14 de novembro de 2024 - 13:13

Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos

QUEM ESTÁ COM A RAZÃO?

Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?

14 de novembro de 2024 - 11:41

Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora

VOANDO EM UM CÉU AZUL

Prejuízo menor já é ‘lucro’? Azul (AZUL4) reduz perdas no 3T24 e mostra recuperação de enchentes no RS; ação sobe 2% na bolsa hoje

14 de novembro de 2024 - 11:15

Companhia aérea espera alcançar EBITDA de R$ 6 bilhões este ano, após registrar recorde histórico no terceiro trimestre

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

FOCO NO VAREJO

Depois de lucro ‘milagroso’ no 2T24, Casas Bahia (BHIA3) volta ao prejuízo no 3T24 — e não foi por causa das lojas físicas

14 de novembro de 2024 - 7:45

O retorno a uma era de ouro de lucratividade da Casas Bahia parece ainda distante, mesmo depois do breve milagre do trimestre anterior

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados

14 de novembro de 2024 - 7:11

Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações

“SUCH A LOVELY PLACE…”

A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá

14 de novembro de 2024 - 6:02

Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Abrindo a janela de Druckenmiller para deixar o sol entrar

13 de novembro de 2024 - 20:00

Neste exato momento, enxergo a fresta de sol nascente para o próximo grande bull market no Brasil, intimamente correlacionado com os ciclos eleitorais

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar