🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

TEM FUNDO?

BRF multiplica prejuízo e mostra que o fundo do poço é mais embaixo

O resultado ficou abaixo das projeções dos analistas, que previam prejuízo de R$ 2,35 bilhões. A receita líquida anual foi de R$ 34,5 bilhões, alta de 3,2% ante 2017.

Natalia Gómez
Natalia Gómez
28 de fevereiro de 2019
9:34 - atualizado às 10:39
Unidade da BRF - Imagem: Divulgação

Em meio a uma grande crise, a BRF está tentando virar o jogo, mas o resultado divulgado hoje ao mercado está longe disso. Em 2018, a empresa registrou um prejuízo de R$ 4,46 bilhões, quatro vezes maior que o prejuízo registrado em 2017, que foi de R$ 1,1 bilhão. O prejuízo de 2017 era, até então, o maior da sua história.

O resultado ficou abaixo com as projeções dos analistas, que previam prejuízo de R$ 2,35 bilhões. A receita líquida anual foi de R$ 34,5 bilhões, alta de 3,2% ante 2017. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) Ajustado somou R$ 2,61 bilhões, queda de 8,4% ante o Ebitda Ajustado de R$ 2,8 bilhões de 2017.

Segundo a empresa, o prejuízo reflete o impacto patrimonial de R$ 2,5 bilhões relativo às vendas de ativos na Europa, Argentina e Tailândia, além de despesas de quase R$ 1 bilhão atreladas à Operação Carne Fraca/Trapaça e da reestruturação corporativa que está em curso.

No quarto trimestre, a empresa teve prejuízo de R$ 2,1 bilhões, resultado pior que um ano antes, quando o prejuízo foi de R$ 784 milhões. Os analistas previam prejuízo de R$ 265,2 milhões no quarto trimestre, segundo a Bloomberg. A receita líquida subiu 7,2% na comparação com o quarto trimestre de 2017, para R$ 9,5 bilhões, enquanto o Ebitda Ajustado subiu 30%, para R$ 841 milhões no quarto trimestre de 2018.

Pedra no sapato

O alto endividamento da BRF é um grande problema para empresa. No final de 2018, a alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) foi de 5,12 vezes, o que é uma melhora em relação ao trimestre anterior (6,74 vezes), mas ainda está acima do que no fechamento de 2017, quando ficou em 4,46 vezes.

O caminho para a redução está um pouco mais tortuoso do que o esperado. Por isso, a BRF revisou a sua previsão de alavancagem para o final de 2019 de 3 vezes para 3,65 vezes. No longo prazo, o objetivo é chegar a 1,5 vezes a 2 vezes.

Leia Também

Endividada, a empresa já deixou claro que a rentabilidade da companhia só deve melhorar no ano que vem. Seu plano de emergência previa a venda de R$ 5 bilhões em ativos, mas a empresa conseguirá arrecadar apenas R$ 4,1 bilhões. Uma saída considerada pelo mercado é uma eventual oferta de ações.

Segundo o balanço, a dívida líquida foi de R$ 13,4 bilhões, aumento de 0,7% ante o ano anterior.

Tempos turbulentos

A BRF é a maior processadora de alimentos do Brasil, fruto da união da Sadia com a Perdigão depois que a Sadia entrou em colapso financeiro. Dez anos atrás, quando a união foi anunciada, era difícil imaginar que as duas marcas mais fortes do mercado viveriam tantas dificuldades juntas. Mas a vida em sido dura: a BRF por várias trocas de comando, por cortes de empregos, pelo escândalo da Operação Carne Fraca, e passou a ter a JBS como forte concorrente depois que esta comprou a Seara, em 2013.

Agora, sob a gestão de Pedro Parente e com a chegada de Ivan Monteiro (ex-presidente da Petrobras) para o cargo de vice-presidente financeiro e de relações com investidores, a empresa está em fase de reestruturação.

No relatório divulgado hoje, Parente afirmou que 2018 foi o ano mais desafiador da história da empresa, e reconheceu que os resultados “deixam muito a desejar”. No entanto, ele avalia que foi um ano fundamental para a reconstrução da empresa e para o início da sua recuperação. “Foi quando foram plantadas as sementes de mudanças estruturais na estratégia e na sua operação”, declarou.

Embora os desinvestimentos realizados pela companhia tenham afetado o resultado, o dinheiro que virá destas vendas deve fortalecer o caixa em breve. A BRF espera que R$ 2 bilhões oriundos dos desinvestimentos entrem até o final do segundo trimestre de 2019. No final de 2018, a posição de caixa da empresa era de R$ 7 bilhões.

E a operação?

O volume de vendas ficou praticamente estável em 2018, com alta de 1,1% para 4,9 milhões de toneladas.

No Brasil, principal operação da companhia, o volume cresceu 7,1% no ano, para 2,27 milhões de toneladas, ajudado principalmente pelo segmento de aves. Os preços médios no mercado brasileiro permaneceram estáveis, mas os grãos (usados para a ração animal) aumentaram de preço, o que reduziu a margem bruta anual de 25,2% para 20,3% no segmento Brasil.

No mercado muçulmano, o volume cresceu 5,7% no ano, para 1,14 milhão de toneladas.

O grande desafio ficou por conta do segmento internacional, que viu as vendas caírem 16% em volume, para 1,04 milhão de toneladas, com quedas por volta de 30% nos embarques de suínos e processados.

As exportações foram afetadas pelas restrições de volume para Europa e Rússia e pelas medidas antidumping temporárias da China. Os embarques também sofreram um baque depois que a Operação Trapaça provocou a exclusão de 12 unidades da BRF da lista de estabelecimentos aprovados para exportar para a União Europeia. Somadas à alta dos grãos, estas restrições causaram uma queda de 7 pontos porcentuais na margem bruta, que passou de 14,5% para 7,6% no ano.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CEO da AgroGalaxy (AGXY3) entra para o conselho após debandada do alto escalão; empresa chama acionistas para assembleia no mês que vem

15 de novembro de 2024 - 16:16

Além do diretor-presidente, outros dois conselheiros foram nomeados; o trio terá mandato até a AGE marcada para meados de dezembro

O QUE DIZEM OS NÚMEROS

Ações do Alibaba caem 2% em Nova York após melhora dos resultados trimestrais. Por que o mercado torce o nariz para a gigante chinesa?

15 de novembro de 2024 - 14:03

Embora o resultado do grupo tenha crescido em algumas métricas no trimestre encerrado em setembro, ficaram abaixo das projeções do mercado — mas não é só isso que explica a baixa dos ativos

DESAGRADOU (?)

“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo

14 de novembro de 2024 - 15:51

Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos

HERÓIS x VILÕES

Streaming e sucessos de bilheteria salvam o ‘cofre do Tio Patinhas’ e garantem lucro no balanço da Disney

14 de novembro de 2024 - 14:10

Para CFO da empresa, investidores precisam entender “não apenas os resultados atuais do negócio, mas também o retorno dos investimentos”

AGORA É NEUTRA

Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação

14 de novembro de 2024 - 13:56

Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco

DEPOIS DO BALANÇO DO 3T24

Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco

14 de novembro de 2024 - 13:52

Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB

DESTAQUES DA BOLSA

A surpresa de um dividendo bilionário: ações da Marfrig (MRFG3) chegam a saltar 8% após lucro acompanhado de distribuição farta ao acionista. Vale a compra?

14 de novembro de 2024 - 13:13

Os papéis lideram a ponta positiva do Ibovespa nesta quinta-feira (14), mas tem bancão cauteloso com o desempenho financeiro da companhia; entenda os motivos

DESTAQUES DA BOLSA

Depois de chegar a valer menos de R$ 0,10 na bolsa, ação da Americanas (AMER3) dispara 175% após balanço do 3T24 — o jogo virou para a varejista?

14 de novembro de 2024 - 13:02

Nos últimos meses, a companhia vinha enfrentando uma sequência de perdas, conforme os balanços de 2023 e do primeiro semestre de 2024, publicados após diversos adiamentos

QUEM ESTÁ COM A RAZÃO?

Menin diz que resultado do grupo MRV no 3T24 deve ser comemorado, mas ações liberam baixas do Ibovespa. Por que MRVE3 cai após o balanço?

14 de novembro de 2024 - 11:41

Os ativos já chegaram a recuar mais de 7% na manhã desta quinta-feira (14); entenda os motivos e saiba o que fazer com os papéis agora

VOANDO EM UM CÉU AZUL

Prejuízo menor já é ‘lucro’? Azul (AZUL4) reduz perdas no 3T24 e mostra recuperação de enchentes no RS; ação sobe 2% na bolsa hoje

14 de novembro de 2024 - 11:15

Companhia aérea espera alcançar EBITDA de R$ 6 bilhões este ano, após registrar recorde histórico no terceiro trimestre

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um passeio no Hotel California: Ibovespa tenta escapar do pesadelo após notícia sobre tamanho do pacote fiscal de Haddad

14 de novembro de 2024 - 8:19

Mercado repercute pacote fiscal maior que o esperado enquanto mundo político reage a atentado suicida em Brasília

FOCO NO VAREJO

Depois de lucro ‘milagroso’ no 2T24, Casas Bahia (BHIA3) volta ao prejuízo no 3T24 — e não foi por causa das lojas físicas

14 de novembro de 2024 - 7:45

O retorno a uma era de ouro de lucratividade da Casas Bahia parece ainda distante, mesmo depois do breve milagre do trimestre anterior

VAREJISTA NO 3T24

Americanas (AMER3) registra lucro líquido de R$ 10,279 bilhões no 3T24 e reverte prejuízo de R$ 1,6 bilhão; veja os destaques do balanço

13 de novembro de 2024 - 20:51

A CFO da varejista em recuperação judicial, Camille Faria, explicou que o lucro está relacionado ao processo de novação da dívida

DINHEIRO NO BOLSO

Dividendos e JCP: JBS (JBSS3) vai distribuir mais de R$ 2 bilhões aos acionistas e não está sozinha — mais empresas pagarão uma bolada juntas

13 de novembro de 2024 - 19:43

A BRF vai distribuir quase R$ 1 bilhão aos acionistas, enquanto a Unipar anunciou mais de R$ 300 milhões em proventos; confira os prazos

TEMPORADA DE RESULTADOS

Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024

13 de novembro de 2024 - 19:30

A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas

BALANÇO DO 3T24

Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%

13 de novembro de 2024 - 19:22

Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas

RUMO POSITIVO

CVC sai da rota do prejuízo com lucro trimestral de R$ 14,4 milhões; Itaú BBA e BTG comentam 

13 de novembro de 2024 - 18:05

Despesas operacionais recorrentes da empresa no terceiro trimestre somaram R$ 239 milhões, valor 30% abaixo do registrado no ano anterior

SD Select

Porto (PSSA3) desbanca BB Seguridade (BBSE3) e Caixa Seguridade (CXSE3) para se tornar a seguradora ‘queridinha’ do mercado em 2024; veja os motivos

13 de novembro de 2024 - 16:11

Porto tem lucro líquido 9% acima da projeção média dos analistas no 3T24 e ações PSSA3 decolam cada vez mais – alta em 2024 é de quase 40%

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar