Ibovespa dispara e passa dos 91 mil pontos; dólar cai
Eletrobras foi o destaque com privatização à vista. A decisão do PSL de apoiar a reeleição Rodrigo Maia (DEM-RJ) como presidente do Congresso também ajudou
O Ibovespa começou o primeiro dia do ano no vermelho. Mas a tristeza durou menos de uma hora. O índice virou e acelerou como há algum tempo não se via. Comemorando declarações politicas em Brasília e impulsionada por um salto de mais de 20% nas ações da Eletrobras, a Bolsa de Valores de São Paulo fechou esta quarta-feira em alta de 3,56%, ficando em 91.012 pontos - máxima histórica de fechamento.
O dólar, que começou o dia com alta, também virou logo antes do meio-dia e fechou em baixa de 1,83%, a R$ 3,80, destoando do exterior, onde as moedas emergentes estão caindo, penalizadas pelo clima negativo após dado sobre a indústria chinesa pior que o esperado e indicando menor demanda externa. Ainda que a incerteza sobre a reforma da Previdência desafie o otimismo dos agentes econômicos, a prometida agenda liberal do ministro da Economia, Paulo Guedes, alimenta o bom humor local.
As declarações do secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, de que o presidente Jair Bolsonaro e o presidente americano Donald Trump estão comprometidos em trabalhar juntos em temas da economia e da segurança, ajudam. Pompeo está no Brasil por causa da posse do presidente brasileiro, ontem em Brasília.
Fica
Colaborou para a alegria do mercado o fato de que o presidente nacional do PSL, o deputado federal eleito Luciano Bivar (PSL-PE), fechou o apoio da bancada para a reeleição Rodrigo Maia (DEM-RJ)
Outro que fica
A Eletrobras foi o grande destaque na Bolsa hoje. Wilson Ferreira Junior confirmou o convite para permanecer no comando da companhia. E disse que a privatização da Eletrobras é necessária para que a empresa possa retomar sua capacidade de investimentos. Os planos de prosseguir com o processo de capitalização da companhia foram anunciados no início da tarde pelo ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, em seu primeiro discurso, na cerimônia de transmissão do cargo.
Dinheiro voltando
Além do cenário político, a venda de mais uma distribuidora e a expectativa de ressarcimentos de danos referentes à Operação Lava Jato deram um mega impulso à Eletrobras. A ação ON foi a maior alta do Ibovespa, com salto de 20% (vinte mesmo). A ação preferencial, é a segunda alta e subiu 13,77%.
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Na última sexta-feira (28), a Eletrobras realizou o leilão para venda da distribuidora alagoana Ceal, a única que ainda estava sob o controle da estatal. A Equatorial venceu a disputa, o que levou a ação da empresa a subir mais de 4% naquele pregão. Outro fator positivo para o caixa da holding elétrica é a adesão ao acordo de leniência da Odebrecht na Lava Jato, pelo qual será ressarcida no total em R$ 161,8 milhões. Os pagamentos ocorrerão a partir de outubro.
Ferreira Junior disse ainda que a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 é uma agenda importante para o governo e para a Eletrobras. A usina está com obras paralisadas há três anos, após denúncias de corrupção que resultaram na prisão e condenação de executivos da Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras.
Petrobras
A petroleira que começou o pregão caindo, acompanhando notícias não muito boas da China, virou com a guinada do petróleo (que subiu mais de 2%) e fechou no azul. Petrobras PN teve alta de 6,08% e Petrobras ON avançou 4,92%. Rumores no mercado dão conta de que a produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) teve queda recorde em dezembro - daí a virada para cima no preço do óleo.
Tiro no pé?
Na esteira da política mais favorável à liberação da posse de arma do novo governo, as ações da Forjas Taurus se destacam entre as maiores altas do mercado nesta quarta-feira, com saltos de 50% (ON) e 47% (PN). Pouco antes de ser empossado, o presidente Jair Bolsonaro (PSL), afirmou via Twitter que liberará a posse de arma de fogo por meio de um decreto, assim como tornará o registro da arma definitivo.
Bancos
Influenciados pela maior confiança do mercado sobre o novo do governo, os papéis das instituições financeiras acompanharam a euforia generalizada da bolsa, com Santander Unit subindo 7,12%, seguida por Banco do Brasil ON (4,54%), Bradesco PN (4,50%) e Itaú PN (4,25%).
Log abaixo
Destaque entre as poucas baixas da bolsa nesta quarta-feira, Log Commercial Properties ON recuou 6,49%, a maior queda do dia, enquanto MRV ON, sua controladora, subiu 2,27, ainda refletindo ajustes após o processo de cisão. A operadora de galpões logísticos deixou de ser oficialmente uma subsidiária da MRV no último dia 21, quando as ações das duas companhias passaram a ser negociadas separadamente na Bolsa. Em sua estreia, o papel chegou a cair quase 40%. Segundo operadores do mercado, o preço do spin off (R$ 28,68) foi muito próximo do valor patrimonial da Log dentro do balanço da MRV, e bem superior ao valor de referência do aumento de capital, de R$ 22.
Chama o Meirelles
As ações da Sabesp subiram 9,11, depois que o novo secretário de Fazenda de São Paulo, Henrique Meirelles, afirmou no começo da tarde que o governo do Estado vai avaliar a privatização ou a capitalização da empresa. De acordo com Meirelles, a decisão final sobre o que se dará com a Sabesp depende da transformação em lei de uma medida provisória assinada pelo então presidente Michel Temer, em 28 de dezembro, que atualiza o marco legal do saneamento básico.
Promessas
Kroton subiu 4,28%, com melhor recomendação de analistas. O Safra elevou a empresa para "outperform" e o preço-alvo para R$ 12,90. A ação é a nova top pick do setor, segundo o analista Marcio Osako, autor do relatório. Além disso, "pela primeira vez, o Brasil vai priorizar educação básica", conforme disse ontem o presidente Jair Bolsonaro em seu discurso de posse. O mercado acreditou e o otimismo puxa outras companhias de educação com capital aberto, atuantes em educação básica ou não: Estácio tem alta de 4,59%, Anima com 5,94% e Ser, 3,54%.
Na China
O índice de gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) da indústria da China caiu de 50,2 em novembro a 49,7 em dezembro, informaram a Caixin Media e a IHS Markit nesta quarta-feira. Analistas ouvidos pela Trading Economics previam queda menor, a 50,2. A marca de 50,0 separa expansão da contração. Foi a primeira vez desde maio de 2017 que a leitura ficou abaixo de 50, apontando contração da atividade. Por isso, muitas bolsas mundo afora abriram hoje no vermelho.
*Com Estadão Conteúdo
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