Vai ter rali da bolsa em dezembro?
Os analistas de bancos brasileiros e estrangeiros soltaram relatórios com projeções bastante otimistas para a bolsa em 2020. Só tem um detalhe: o ano ainda não acabou.
A prova é que o Ibovespa bateu duas marcas importantes no pregão desta quarta-feira: atingiu pela primeira vez o patamar de 110 mil pontos e, de quebra, bateu um novo recorde de fechamento.
Os investidores gostam de acreditar no chamado “rali de fim de ano” na bolsa. Muita gente inclusive aumenta as posições em ações ao longo do último trimestre para se aproveitar do movimento.
Eu sou mais cético quanto a esse "efeito calendário". Basta nos lembrarmos que em dezembro do ano passado o Ibovespa caiu quase 2% e os mercados derreteram nos EUA.
Mas se o noticiário econômico continuar favorável aqui e lá fora, como aconteceu hoje, há espaço para a bolsa testar novas máximas em dezembro.
Com ou sem rali, acredito que você deve ter uma parcela da sua carteira em renda variável, sempre com foco no longo prazo e sujeito aos buracos que fatalmente vão aparecer nessa estrada.
Saiba com o Victor Aguiar o que levou a bolsa atingir o novo recorde e também os destaques entre as ações no pregão de hoje.
Porta fechada
A XP Investimentos decidiu fechar a única porta disponível para o investidor pessoa física com planos de comprar os papéis da corretora na oferta de ações que vai acontecer na bolsa norte-americana Nasdaq. A empresa informou que não vai permitir a participação de fundos que foram criados para investir no IPO, que já captaram R$ 18 milhões de investidores. Saiba as razões do veto nesta matéria.
Engolindo a seco
O recente anúncio de Donald Trump de que o Brasil estaria promovendo uma desvalorização artificial do câmbio não caiu bem, especialmente para o ministro da Economia, Paulo Guedes. Ao ser questionado pelo site O Antagonista, ele disse que isso foi um “equívoco brutal” e que o discurso de Trump era político. O ministro também voltou a falar sobre juros e dólar, como mostra esta reportagem.
Nananina não
A privatização do Banco do Brasil está mesmo no radar? Não, possibilidade é zero. Essa foi a resposta de Jair Bolsonaro ao ser questionado hoje por jornalistas. Segundo o presidente, não há intenção de privatizar nem o BB, como chegou a circular nos últimos dias, nem a Caixa Econômica Federal. Leia o que disse o presidente.
O “destruidor” de poupanças
Responsável por devolver a credibilidade ao Banco Central e dar início ao ciclo de queda dos juros, Ilan Goldfajn disse hoje que a queda na Selic tornou a vida do poupador mais difícil. Mas destacou que isso é extremamente bem-vindo e deve incentivar a economia real, com maior participação do setor privado. O ex-presidente do BC ainda comentou sobre dólar e a entrada de capital estrangeiro no país, como conta a Julia Wiltgen.
Com a bola toda
Uma ação que já subiu 337% apenas neste ano pode se valorizar mais? Para a XP Investimentos, a resposta é sim. Os analistas da corretora iniciaram a cobertura dos papéis da Positivo Tecnologia com recomendação de compra. Os papéis voltaram a disparar hoje na bolsa após a indicação, como mostra esta matéria da Bruna Furlani.