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Na torcida por Brumadinho, mas também pelo Ibovespa

A queda da ação da Vale deve segurar o Ibovespa e atrasar a chegada a tão sonhada marca de 100 mil pontos. Mesmo assim, o mercado vai seguir. Os fundamentos que o alimentam o bull market ainda estão valendo.

29 de janeiro de 2019
5:24 - atualizado às 15:10
Imagem: Shutterstock

Essa história de escrever coluna é um problema: fechei o texto na quinta (dia 24) antes da tragédia de Brumadinho. Nesta segunda, as ações da Vale (VALE3) fecharam em queda de 24,5% e, como representam quase 10% do índice, não teve jeito: o Ibovespa fechou em queda de 2,3%.

Ficamos um pouquinho mais longe dos 100 mil pontos e, certamente, muito mais tristes com o novo desastre, que tem potencial para ser a maior tragédia brasileira em termos de perdas de vidas humanas.

Imagino que o segundo rompimento de barragem em minas brasileiras em um espaço tão curto de tempo vai deixar marcas profundas em todo o setor. Procedimentos serão revistos, taxas de desconto e múltiplos ajustados.

Mas, com todo respeito às vítimas e a todos os envolvidos na tragédia, o mercado vai seguir em frente, ainda que preocupado e na torcida por boas notícias vindas de Minas, me permito seguir otimista. Se não fosse a Vale puxar o Ibovespa ladeira abaixo, talvez tivéssemos visto um novo recorde no pregão de ontem. Sim, eu ainda acredito que a bolsa brasileira tem um bom espaço para avançar.

A editora Marina Gazzoni me perguntou depois do tombo da bolsa nesta segunda-feira se eu mantinha a posição que afirmei neste texto. Para quem não quiser ler agora, eu basicamente cito boas razões para o amigo investidor entrar na bolsa brasileira em 2019.

O que vem depois do recorde?

Na última semana, o que vimos na bolsa foi uma sequência de recordes. E toda vez que isso acontece começam os papinhos sobre vender, reduzir, ser cauteloso.

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Vejo, incrédulo, alguns gestores de ações assustados com a alta, reduzindo posição. Há até comentários de que investidores gringos estariam esperando uma correção para entrar na brincadeira.

Essa história de esperar uma queda para entrar em um momento melhor é uma besteira sem tamanho!

“O difícil é decidir se compra ou não. O preço é o de menos” – repetia um gestor de recursos com quem trabalhei.

Se você gosta de um ativo e acha que tem potencial para subir, compre! Ficar esperando uma queda de 5% ou 10% não vai dar certo. Quem garante que vai cair? Pode começar a subir sem parar e, quando a Bolsa estiver em 120 mil pontos e o dólar a R$ 3,2, o gringo medroso vai ficar chupando o dedo.

Simplificando: se gosta, compre.

Segundo ponto (e esse me parece mais relevante): se você realmente é um investidor de Bolsa, acredita nas ações como classe de ativo, não deveria se preocupar com essa de “máxima histórica”.

Se Bolsa é bom, tem quem render. As empresas têm que crescer, os lucros têm que aumentar, as ações têm que subir e o índice tem que andar. O movimento pode não ser linear, podemos ter longos períodos de vacas magras e de sofrimento. Mas, no fim das contas, o índice tem que subir e, de tempos em tempos, renovar suas máximas.

TODO DIA o rendimento acumulado do CDI bate um novo recorde. Você não vê gestor de fundo DI preocupado que a cota do fundo está no recorde!

Oras, se você investe em alguma coisa, qualquer coisa, espera que aquilo se valorize – não deveria ficar surpreso ou apreensivo porque estamos acima do que estávamos há mais de dez anos! É justamente por isso que você investe, cazzo!

Onde fica o topo?

Essa questão da máxima é bem relativa. Vimos as manchetes dos jornais e sites de notícias destacando esse número. Só que tem um detalhe: AINDA ESTAMOS BEM LONGE DO RECORDE!

Quando olhamos para o Ibovespa nominal e em reais, de fato estamos ali flertando com as máximas históricas e, mais legal, batendo na porta dos 100 mil pontos.

Mas, quando começamos a aprofundar um pouco a análise, vemos que a história é um pouco diferente: em dólares, estamos bem abaixo do recorde de maio de 2008.

Se atualizarmos os valores nominais pela inflação, temos resultados parecidos, o que é o mesmo que dizer que, em termos REAIS, também estamos longe do recorde histórico. Corrigindo pelo IPCA, a máxima de maio de 2008 fica em R$ 133,4 mil pontos, quase 40% acima dos 97 mil pontos atuais. Em português bem claro: quem comprou Ibovespa em maio de 2008 e segurou até hoje PERDEU dinheiro.

Para piorar um pouco: se, no dia 20 de maio de 2008, você tivesse aplicado no CDI os R$ 73.516,81 que valia o Ibovespa, teria hoje R$ 210.317. Quem se manteve no Ibovespa, tem alguma coisa perto de R$ 97 mil.

Reajustando o valor de maio de 2008 por alguns indicadores, dá para ver que ainda há um longo caminho para frente.

Isso, de forma alguma, quer dizer que a Bolsa vai chegar rapidamente em 210 mil pontos. Mas, quer dizer que já estivemos muito mais otimistas do que estamos hoje, a despeito do que as manchetes de jornal, e os mais pessimistas, deixam transparecer.

Não sei quando e nem se o Ibovespa chegará aos 100 mil pontos, 200 mil ou 300 mil, mas tenho certeza de que, sim, há um bom espaço pela frente – a retomada da economia está ainda no começo e os efeitos de uma verdadeira guinada liberal podem ser muito maiores do que podemos imaginar. Pode até ser que nada dê certo e entremos num buraco sem tamanho nos próximos meses, mas isso nada tem a ver com o nível de preços atual.

Então vamos combinar uma coisa. Se alguém vier te falar em recorde, mude de assunto. Se alguém investe em algo e fica assustado quando sobe, bom da cabeça não é.

Me acorde quando a Bolsa estiver nos 200 mil pontos!

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