🔴 SAVE THE DATE – 25/11: MOEDA COM POTENCIAL DE 30.000% DE VALORIZAÇÃO SERÁ REVELADA – VEJA COMO ACESSAR

A crise da Boeing com o 737 MAX pode afetar a Embraer depois da fusão?

Ainda vejo valor escondido nas ações da Embraer, que deve aparecer mais claramente conforme a combinação das duas empresas for amadurecendo, e a posição é uma boa proteção contra uma forte escalada do dólar no curto prazo

26 de março de 2019
6:06 - atualizado às 6:09
Boeing 737-800
Boeing 737-800 - Imagem: Shutterstock

Me lembro até hoje da primeira vez que voei – tinha menos de dez anos e o passeio com meu pai me manteve acordado por uns dias antes e depois da aventura. No meio do voo, entre o barulho das turbinas e o frio na barriga a cada balançada (“são só umas lombadas nas nuvens, filhão”), uma das aeromoças (era o nome, não me julgue), que percebeu ser minha primeira vez nos ares, fez o convite: “quer conhecer a cabine?”.

Estava decidido, ia ser piloto de avião. De preferência, do F-14, por influência de Maverick e Goose, claro.

Mesmo sem ter levado o sonho adiante, continuo fascinado por aviões e aeroportos, acho boa até a comida de bordo. Por ironia, depois de velho, fiquei um pouco mais covarde e, confesso, difícil ficar 100% tranquilo durante o voo. Qualquer turbulência, por mais leve que seja, já me deixa preocupado.

Tento vencer o medo pelo estudo: leio muita coisa sobre acidentes e segurança e, a cada decolagem, repito para mim mesmo que que corri mais riscos no trajeto até o aeroporto do que correrei entre as nuvens.

“As chances de morrer em um acidente aéreo são as mesmas de ganhar na loteria”. Bem, quase toda semana tem gente levando a Mega Sena...

Li as primeiras notícias sobre o acidente do 737 MAX em meio às férias na Argentina e gelei até confirmar que que meu voo de volta seria em um 777. Mesmo que todos os problemas sejam resolvidos e o modelo se torne a aeronave mais segura da história da aviação mundial, pessoas vão embarcar com desconfiança por bastante tempo – alguém aí se lembra do Fokker 100?

Leia Também

As investigações oficiais ainda estão em andamento, mas vários países proibiram voos com o 737 MAX até segunda ordem. Com 376 unidades entregues e um backlog (cateira de pedidos) de 5.012 unidades, avaliadas em mais de US$ 600 bilhões, o modelo é (era?) considerado o principal vetor de crescimento da Boeing.

Desde o acidente no Egito, a americana perdeu quase 11% de seu valor de mercado, o que equivale a pouco mais de US$ 26 bilhões. Com as notícias de que todo o processo de aprovação do modelo será investigado, o caso pode ser muito mais profundo do que “apenas” um erro de projeto – a desconfiança começa a respingar na FAA (Federal Aviation Administration), agência responsável pela regulação da aviação civil nos EUA.

E a Embraer?

Ainda é impossível quantificar o tamanho do estrago: pode ser apenas um ruído, pode ser algo com consequências permanentes. De toda forma, depois de anunciar a fusão com a gigante norte-americana, tudo que afeta a Boeing pode afetar a Embraer, já que boa parte da geração de valor na combinação dos negócios vem das sinergias comerciais entre as duas empresas.

Minha visão é que os eventos recentes terão pouco impacto sobre a companhia brasileira e, até o momento, a brasileira não sofreu com a Boeing. Pelo contrário: por incrível que pareça, a divulgação de fracos resultados foi bem recebida e o papel subiu mais de 5%, mostrando mais uma vez que, no mercado, o que importa é bater as expectativas (que eram bem pessimistas).

Em 2018, a Embraer entregou 90 aeronaves comerciais e 91 executivas (os famosos jatinhos). Com isso, o resultado antes de juros e impostos (Ebit) ficou em R$ 103 milhões, uma queda de 90% em comparação com 2017. O ano fechou com prejuízo de R$ 224 milhões (frente lucro de R$ 995 milhões no ano anterior).

A geração de caixa também sofreu – o fluxo de caixa livre (medido pela geração de caixa operacional descontada do investimento em ativos fixos) caiu de R$ 1,3 bilhão para R$ 249 milhões – a piora operacional e o aumento do volume de estoques prejudicaram bastante o fluxo de caixa da companhia.

Vida de casado

Mas a verdade é que o mercado tem dado pouca atenção à situação operacional da companhia – todo mundo quer saber de como vai ser a “vida de casado” com a Boeing e quanto valor isso vai gerar.

Do jeito que ficou desenhada a transação, a Embraer ainda tem 20% da Joint Venture, com opção de venda da participação por cerca US$ 1 bilhão à Boeing (já após impostos) nos próximos dez anos. Isso implica que o valor a receber pela venda de 80% da divisão de aviação comercial mais a opção de venda dos 20% restante tem potencial de gerar R$ 20,5 para cada EMBR3 que existe na Bolsa.

Isso quer dizer que, ao preço atual, toda a divisão de defesa e de aviação executiva estão saindo “de graça”. É verdade que os dois segmentos ainda precisam provar o seu valor, mas o potencial de comercialização do cargueiro KC-390 em conjunto com a Boeing é enorme e, na minha visão, não faz sentido o preço de tela das ações.

Além disso, com a maturação do segmento de aviação executiva da Embraer, as receitas com manutenção de aeronaves vão aumentando e a rentabilidade da atividade tende a melhorar sensivelmente.

Desde que falei sobre Embraer por aqui, em outubro do ano passado, as ações da empresa caíram cerca de 3,5%, enquanto o Ibovespa andou quase 22% – não dá para dizer que fui bem nessa. Mas ainda vejo valor escondido nas ações, que deve aparecer mais claramente conforme a combinação das duas empresas for amadurecendo e, nada, nada, a posição é uma boa proteção contra uma forte escalada do dólar no curto prazo.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
PÉ NO CHÃO

“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 13:19

Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital

FACA NA TECNOLOGIA

O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim

21 de novembro de 2024 - 12:48

Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos

BOM, PORÉM…

Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar  no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço

21 de novembro de 2024 - 11:22

Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote

21 de novembro de 2024 - 8:23

Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa

FÁBRICA DE BILIONÁRIOS

Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica

21 de novembro de 2024 - 8:22

O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão

DE COADJUVANTE A PROTAGONISTA

Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente

21 de novembro de 2024 - 6:09

Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade

PAPEL ATRAENTE

É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA

19 de novembro de 2024 - 18:17

O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025

SD Select

Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)

19 de novembro de 2024 - 15:47

Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”

HIDRELÉTRICAS

R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações 

19 de novembro de 2024 - 15:12

Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias

EM ROTA DE COLISÃO?

Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo

19 de novembro de 2024 - 14:28

O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente

Conteúdo BTG Pactual

Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?

19 de novembro de 2024 - 14:00

Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos

SD Select

‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista

19 de novembro de 2024 - 10:29

Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir no dia da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios na estreia do novo feriado nacional

19 de novembro de 2024 - 7:02

É a primeira vez que o Dia da Consciência Negra consta no calendário dos feriados nacionais. Como de costume, as comemorações devem alterar o funcionamento dos principais serviços públicos

COMPRAR OU VENDER

Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar

18 de novembro de 2024 - 17:42

O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica

PÉ NO ACELERADOR

Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação

18 de novembro de 2024 - 13:31

Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa

DESTAQUES DA BOLSA

Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial

18 de novembro de 2024 - 12:27

O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada

EM MINAS GERAIS

Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar

18 de novembro de 2024 - 10:31

Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O fim da temporada — ou quase: balanço da Nvidia ainda movimenta semana, que conta com novo feriado no Brasil

18 de novembro de 2024 - 8:07

Enquanto isso, as bolsas internacionais operam sem um sinal único, sofrendo ajustes após o rali do Trump Trade dos últimos dias

RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

NÃO TEVE B3, MAS OS GRINGOS OPERARAM

Nova York naufragou: ações que navegavam na vitória de Trump afundam e bolsas terminam com fortes perdas — Tesla (TSLA34) se salva

15 de novembro de 2024 - 18:10

Europa também fechou a sexta-feira (15) com perdas, enquanto as bolsas na Ásia terminaram a última sessão da semana sem uma direção comum, com dados da China e do Japão no radar dos investidores

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar