Educação precisa mudar em até 30 anos, diz Jack Ma, da Alibaba
Ex-professor de inglês, o executivo chinês se aposentou em setembro, aos 55 anos; em evento da Forbes, ele defendeu o ensino das artes e de habilidades que não podem ser substituídas por máquinas

O bilionário Jack Ma revelou durante uma conferência da Forbes que planeja dedicar o próximo ano da sua vida a educação. Ex-professor de inglês, o executivo chinês se aposentou em setembro, aos 55 anos, deixando o posto de CEO da Alibaba, gigante de tecnologia criada por ele no final dos anos 1990.
Planejando visitar escolas nos próximos meses, Jack Ma expressou preocupação de que a geração mais jovem não esteja preparada para a era digital. O bilionário disse que os sistemas educacionais precisam mudar em até 30 anos, se quiseram formar adequadamente os mais jovens. "Acredito que precisamos de pessoas e líderes mais sábios", afirmou.
O executivo disse que quando os jovens aprendem demais sobre o sucesso, pensam que podem ser bem-sucedidos com facilidade. "Aprenda com os erros, não os evite. Quando você cometer um erro, saiba como enfrentá-lo, como resolvê-lo, como desafiá-lo. Isso se chama sabedoria. É isso que devemos ensinar aos nossos filhos", disse durante o evento que aconteceu na última terça-feira (15).
Espaço para as artes
A tese defendida pelo bilionário chinês - que hoje tem uma fortuna calculada em US$ 38,5 bilhões (R$ 160 bilhões, pela cotação de ontem) - é que os jovens precisam desenvolver habilidades que não podem ser desenvolvidas por máquinas. Em outras palavras, para ele, o ensino deveria privilegiar habilidades como música, dança, pintura e esportes.
"A maioria das pessoas inteligentes quer vencer. Queremos que as pessoas aprendam a viver como um humano, a se preocupar com os outros. Quando as pessoas inteligentes aprendem a se importar com os outros, a se preocupar com o futuro, como ser humano, então uma empresa se aquece, as coisas correm bem ", disse o bilionário.
Ma ainda disse que se deve confiar mais nos jovens - mais do que nos idosos - "porque não há especialista no futuro, há apenas especialistas de ontem" "Trabalhando com a maioria das pessoas de sucesso - elas só falam sobre ontem. Estamos entrando em um século, em um mundo novo", disse.
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O legado do bilionário
Ao deixar o posto de CEO da Alibaba, Jack Ma, legou o desafiou de buscar novas formas de crescimento -especialmente porque o setor de comércio eletrônico está em fase de amadurecimento, segundo analistas. "Se a Alibaba quiser encontrar inovações ou tendências, será muito mais difícil do que antes [...] E para Daniel Zhang isso será um desafio", comentou Liu Yiming, analista da divisão de pesquisa da publicadora chinesa, 36kr.
De acordo com as informações disponibilizadas em seu último balanço, a receita da holding chegou aos US$ 16,74 bilhões ou 114,92 bilhões RMB. O número mostra que houve um aumento de 42% na comparação com o último ano. O valor foi melhor do que o esperado pelos analistas, principalmente diante do menor crescimento chinês.
A gigante chinesa do e-commerce Alibaba Group também apresentou um lucro líquido de US$ 3,1 bilhões, um crescimento de 145% em relação ao mesmo período de 2018. Os usuários ativos também tiveram uma expansão de 5%, ante o mesmo período de 2018. No total, o número de usuários terminou o mês de junho deste ano com 755 milhões.
Apesar de os resultados financeiros terem vindo mais fortes do que o esperado, a principal dúvida dos analistas ainda paira sobre a prosperidade que a empresa pode ter no longo prazo. "O maior desafio que a Alibaba enfrenta é ganhar mais usuários", destacou a analista Vicky Wu da ICBC International, em entrevista ao site Nikkei Asian Review.
Ela ainda disse que, enquanto plataformas como a JD.com e a Pinduoduo, da gigante Tencent Holdings, podem pegar uma carona no aplicativo WeChat para ganhar usuários, a Alibaba não possui nada disso.
Mas a companhia mostrou que não quer ficar para trás e que está de olho em diversificar sua receita. No mês passado, a holding anunciou investimentos de US$ 2 bilhões na plataforma Kaola, que pertence à empresa chinesa NetEase.
A companhia é considerada um dos maiores sites de comércio eletrônico chinês focado na venda de produtos importados no país, ao lado da Alibaba. A varejista chinesa disse ainda que vai fazer investimentos de US$ 700 milhões em um serviço de música sob demanda (streaming) da NetEase.
*Com informações da Forbes e da Business Insider
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