🔴 GANHOS DE ATÉ R$ 1.000 POR HORA? ESTE MÉTODO PODE GERAR RENDA DE 7 DÍGITOS POR MÊS – CONHEÇA

Onde os bancos investem a reserva de emergência? Saiba mais sobre as operações compromissadas

Dinheiro não traz felicidade mas (pelo sim pelo não) é melhor ter algum por perto. Volume de recursos aplicados pelos bancos no curtíssimo prazo já passa de R$ 1,4 trilhão e deve aumentar mais até o fim do ano

7 de junho de 2019
5:59 - atualizado às 7:58
Dinheiro Salva Vidas - Proteção - Segurança - Emergência
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Dinheiro não compra felicidade, mas ajuda muito. As mulheres, apaixonadas em sua maioria por sapatos, repetem essa frase com frequência. Governos e investidores dizem a mesma coisa quando crises financeiras, econômicas ou políticas despontam no horizonte.

Em momentos críticos, ter dinheiro à mão é uma necessidade. Quem nunca passou por um aperto, não é mesmo? Estar prevenido para enfrentar qualquer contratempo é uma das razões de o Brasil ter hoje mais de R$ 1,4 trilhão investidos no curto prazo. Curto mesmo! Prazos que variam de 1 dia a 6 meses, sendo que mais de R$ 1 trilhão – desses R$ 1,4 trilhão – estão aplicados em títulos do governo que vencem ao final de 45 dias.

Se você pensa que bancos e investidores querem dinheiro por perto por razões muito diferentes, sinto dizer que você está enganado. E, acredite, ao menos em um quesito bancos e investidores são idênticos. Todos querem receber taxa de juro pelo dinheiro que fica parado. O fato de a Selic estar em 6,5% - sua mínima histórica há mais de um ano e vinda de 14,25% onde permaneceu também por mais de um ano até outubro de 2016 - não inibiu o apetite pelo curto prazo.

As motivações para manter tanto dinheiro em títulos públicos de altíssima liquidez são várias. Entre elas, os bancos querem (quase sempre) ter dinheiro disponível para atender à demanda por crédito rápido, para zerar diferenças de contas no caixa e evitar comprometer recursos por prazos mais longos, ante à incerteza dos cenários político e econômico.

Os investidores, direta ou indiretamente por meio de fundos, querem ter dinheiro disponível para enfrentar toda sorte de problema. Entre eles, liquidar prestações atrasadas e compor o orçamento doméstico que pode ser comprometido por eventos inesperados como desemprego... Há um bom tempo, no Brasil, o desemprego é um evento até esperado, mas o transtorno que provoca – esse sim – é inesperado.

Gestão monetária

Essas aplicações financeiras de altíssima liquidez, que podem ser resgatadas até de um dia para o outro, têm peculiaridades. Elas são contratadas pelos bancos diretamente no Banco Central (BC), que vende títulos do Tesouro disponíveis em sua carteira, assumindo o compromisso de recomprá-los em datas pré-determinadas.

Leia Também

Mas porque razão interessa ao BC promover essas operações? Porque ele tem a obrigação de evitar trancos na taxa de juros e, para isso, deve manter a disponibilidade de moeda no sistema financeiro em equilíbrio. Dinheiro sobrando tende a deprimir a taxa de juro; enquanto sua escassez pressiona a taxa.

É com o juro de curtíssimo prazo muito próximo à taxa Selic definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) que o BC procura manter a inflação alinhada à meta estabelecida anualmente pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta de inflação do Brasil neste ano é de 4,25%, em 2020 será de 4% e, em 2021, de 3,75%. Esses valores podem oscilar 1,5 ponto para cima ou para baixo.

O volume inédito na história do mercado financeiro no Brasil, de R$ 1,4 trilhão de “compromissadas” foi alcançado no mês passado, graças ao vencimento de um lote superior a R$ 80 bilhões de NTNs-B – título do Tesouro Nacional que paga inflação mais taxa de juro – e já há um novo recorde a caminho.

Mais dois resgates de títulos – previstos para julho e outubro – devem elevar as “operações compromissadas” a mais de R$ 1,5 trilhão até dezembro. Esse montante significa muito (mas muito) dinheiro em qualquer lugar do mundo, sendo equivalente a quase US$ 400 bilhões.

Eu sei que não é fácil imaginar o que significa essa dinheirama. Mas vou dar um exemplo.

Você se lembra da crise financeira global de 2008/2009 deflagrada pela quebra do banco norte-americano Lehman Brothers? A crise foi consequência de uma especulação desenfreada com financiamentos de hipotecas nos EUA (chamadas de subprime). Ao fim e ao cabo, ocorreu uma quebradeira geral de bancos nos EUA e em vários países do mundo, e as economias (incluindo as maiores do planeta), caíram em recessão.

Essa é uma versão absolutamente enxuta e simplista de uma sucessão de eventos que, de 2008 para 2009, provocou um estrangulamento na oferta de crédito para bancos e empresas nos EUA, na Europa e em países emergentes que mantinham relações comerciais e financeiras com as maiores economias. O Brasil entre eles.

Mas o Brasil foi um dos países que menos consequências diretas sofreu com a crise global. Na época, o BC, então presidido por Henrique Meirelles, tinha reservas internacionais de cerca de US$ 200 bilhões e decidiu vender parte dessas reservas, assumindo o compromisso de recomprar os dólares mais adiante. Esse mecanismo (usual em operações com títulos públicos transposto para operações cambiais) foi crucial para que o Brasil não perdesse 1 dólar de suas reservas em meio à crise.

Reservas

As “operações compromissadas” denominadas em reais ganharam escala em 2004. No segundo ano do 1º mandato do ex-presidente Lula, o governo decidiu promover uma política de acumulação de reservas internacionais para evitar que o país enfrentasse dificuldades, caso ocorresse uma crise internacional. Uma sucessão de crises cambiais – Sistema Monetário Europeu (1992), México (1994), Ásia (1997), Rússia (1998) e Brasil (1999) – mostrou a importância das reservas para defender moedas locais em caso de ataques especulativos.

Tomada a decisão, em 2004, o BC começou a comprar dólares disponíveis no mercado. O pagamento desses dólares era feito em reais. Imagine quantos reais essas intervenções produziram durante anos? Também contribuíram para expandir as “operações compromissadas” do BC, resgates sucessivos de títulos públicos realizados ao longo de anos, sem que os vencimentos fossem totalmente substituídos por novos lotes.

O baixo ritmo de crescimento da nossa economia também é um estímulo à manutenção de dinheiro no curto prazo, uma vez que o crescimento exige investimentos físicos e, esses investimentos, tendem a se tornar atraentes para os investidores financeiros.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
RESULTADOS FINAIS

Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços 

18 de novembro de 2024 - 6:01

Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas

DO ROXO AO VERMELHO

Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street 

15 de novembro de 2024 - 18:01

O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário

OS PLANOS DO BB

Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025 

15 de novembro de 2024 - 17:02

Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos

DESAGRADOU (?)

“A bandeira amarela ficou laranja”: Balanço do Banco do Brasil (BBAS3) faz ações caírem mais de 2% na bolsa hoje; entenda o motivo

14 de novembro de 2024 - 15:51

Os analistas destacaram que o aumento das provisões chamou a atenção, ainda que os resultados tenham sido majoritariamente positivos

AGORA É NEUTRA

Acendeu a luz roxa? Ações do Nubank caem forte mesmo depois do bom balanço no 3T24; Itaú BBA rebaixa recomendação

14 de novembro de 2024 - 13:56

Relatório aponta potencial piora do mercado de crédito em 2025, o que pode impactar o custo dos empréstimos feitos pelo banco

DEPOIS DO BALANÇO DO 3T24

Agro é pop, mas também é risco para o Banco do Brasil (BBAS3)? CEO fala de inadimplência, provisões e do futuro do banco

14 de novembro de 2024 - 13:52

Redução no preço das commodities, margens apertadas e os fenômenos climáticos extremos afetam em cheio o principal segmento do BB

ANOTE NO CALENDÁRIO

A B3 vai abrir nos dias da Proclamação da República e da Consciência Negra? Confira o funcionamento da bolsa, bancos e Correios durante os feriados

14 de novembro de 2024 - 7:11

Os feriados nacionais de novembro são as primeiras folgas em cinco meses que caem em dias úteis. O Seu Dinheiro foi atrás do que abre e fecha durante as comemorações

“SUCH A LOVELY PLACE…”

A China presa no “Hotel California”: o que Xi Jinping precisa fazer para tirar o país da armadilha — e como fica a bolsa até lá

14 de novembro de 2024 - 6:02

Em carta aos investidores, à qual o Seu Dinheiro teve acesso em primeira mão, a gestora Kinea diz o que esperar da segunda maior economia do mundo

TEMPORADA DE RESULTADOS

Banco do Brasil (BBAS3) lucra R$ 9,5 bilhões no 3T24, mas provisões aumentam 34% e instituição ajusta projeções para 2024

13 de novembro de 2024 - 19:30

A linha que contabiliza as projeções de créditos e o guidance para o crescimento de despesas foram alteradas, enquanto as demais perspectivas foram mantidas

BALANÇO DO 3T24

Nubank (ROXO34) supera estimativas e reporta lucro líquido de US$ 553 milhões no 3T24; rentabilidade (ROE) chega aos 30%

13 de novembro de 2024 - 19:22

Inadimplência de curto prazo caiu 0,1 ponto percentual na base trimestral, mas atrasos acima de 90 dias subiram 0,2 p.p. Banco diz que indicador está dentro das estimativas

ONDE INVESTIR NA B3?

Por que o Warren Buffett de Londrina não para de comprar ações da MRV (MRVE3)? Gestor com mais de R$ 8 bilhões revela 15 apostas na bolsa brasileira

13 de novembro de 2024 - 18:31

CEO da Real Investor, Cesar Paiva ficou conhecido por sua filosofia simples na bolsa: comprar bons negócios a preços atrativos; veja as ações no portfólio do gestor

DINHEIRO EXTRA

Bradespar (BRAP4) aprova pagamento de R$ 342 milhões em proventos; saiba como receber

12 de novembro de 2024 - 18:55

Terão direito aos proventos os acionistas que estiverem registrados na companhia até o final do dia 12 de novembro de 2024

BALANÇO

BTG Pactual (BPAC11): lucro bate novo recorde no 3T24 e banco anuncia recompra bilionária de ações; veja os números

12 de novembro de 2024 - 6:17

Lucro líquido do BTG foi de R$ 3,207 bilhões, alta de 17,3% em relação ao terceiro trimestre de 2023; ROE atinge 23,5%

TEMPORADA DE RESULTADOS

“Estamos absolutamente prontos para abrir capital”, diz CEO do BV após banco registrar lucro recorde no 3T24

11 de novembro de 2024 - 18:36

O BV reportou um lucro líquido de R$ 496 milhões no terceiro trimestre de 2024, um recorde para a instituição em apenas três meses

DIAS ANTES DO BALANÇO

Onda roxa: Nubank atinge 100 milhões de clientes no Brasil e quer ir além do banco digital; entenda a estratégia

11 de novembro de 2024 - 17:44

Em maio deste ano, o Nubank tinha atingido o marco de 100 milhões de clientes globalmente, contando com as operações no México e na Colômbia

DANÇA DAS CADEIRAS

Méliuz (CASH3): fundador deixa o comando da empresa e anuncia novo CEO

7 de novembro de 2024 - 20:01

Israel Salmen será presidente do conselho de administração e também assumirá outros cargos estratégicos do grupo

VAI OU NÃO VAI TER?

Após lucro acima do esperado no 3T24, executivo do Banco ABC fala das estratégias — e dos dividendos — até o final do ano

7 de novembro de 2024 - 17:55

Ricardo Miguel de Moura, diretor de relações com investidores, fusões e aquisições e estratégia do Banco ABC, concedeu entrevista ao Seu Dinheiro após os resultados

BOM PARA TODOS OS VENTOS

Itaú (ITUB4): o que fazer com as ações após mais um balanço surpreendente? Veja a recomendação dos analistas

5 de novembro de 2024 - 15:07

Reação favorável ao resultado do 3T24 do maior banco privado brasileiro é praticamente unânime; confira a visão e as indicações dos analistas para o Itaú

DINHEIRO NO BOLSO

“Podem esperar um valor maior do que no ano passado”: CEO do Itaú (ITUB4) confirma dividendos extraordinários em 2024; ações saltam na B3

5 de novembro de 2024 - 11:39

O banco aproveitou para comentar também a mudança nas projeções (guidance) para a expansão da carteira de crédito

TEMPORADA DE RESULTADOS

R$ 10,7 bilhões em três meses: lucro do Itaú (ITUB4) supera expectativas no 3T24 e banco revisa projeções para oferta de crédito

4 de novembro de 2024 - 19:57

Assim, o Itaú (ITUB4) reportou um lucro líquido recorrente de R$ 10,675 bilhões no terceiro trimestre de 2024; veja outras linhas do balanço

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar