A fórmula da Azul para fechar 2018 com lucro recorde: voos mais cheios e econômicos
Companhia conseguiu aumentar receita e reduzir custos de cada assento oferecido nos seus aviões. Uma das chaves do processo é a troca de aviões por modelos mais econômicos da Embraer e Airbus.
O céu não foi de brigadeiro em 2018, mas a Azul conseguiu desviar das turbulências e alcançar um bom resultado no ano. A companhia terminou o ano passado com lucro líquido ajustado recorde de R$ 704 milhões, ante R$ 516,3 milhões no ano anterior. O valor superou até mesmo as expectativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg que esperavam um lucro líquido ajustado anual de R$ 552,5 milhões. Sem os ajustes, a empresa fechou o ano com lucro de R$ 420,3 milhões.
A razão para o sucesso está relacionada ao aumento de 7,6% da receita por assento para cada quilômetro voado, um indicador conhecido como Rask, e diminuição em 8,1% do custo por assento (Cask) excluindo despesas com combustível no mesmo período. Resumindo: os voos trouxeram mais receitas e menos custos, uma combinação que aumenta a margem e os lucros da empresa.
Isso foi possível por conta da transformação da frota com a substituição de aeronaves menores por maiores e que são mais eficientes no consumo de combustível. Com isso, mesmo com o aumento de 30% no preço do combustível e o fortalecimento do dólar em 15% em relação ao período anterior, a companhia conseguiu entregar um lucro líquido ajustado recorde.
Os preços tiveram uma leve alta no ano passado: a Azul cobrou em média 36,10 centavos por quilômetro voado em 2018 (yield), uma variação de 1,3% em relação ao ano anterior. .
A receita líquida anual, por sua vez, fechou o período com alta de 18,4% em R$ 9.204,6 bilhões. Já o Ebitdar (lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e custos com leasing de aeronaves) e que é usado para medir a geração de caixa terminou com valorização de 13,5% em R$ 2.643,6 bilhões, com uma margem de 28,7% no ano. Em 2018, a margem operacional (Ebit) excluindo itens não recorrentes foi de 8,8%.
A frota operacional da companhia fechou o ano de 2018 com 125 aeronaves, incluindo 20 aviões da nova geração do Airbus A320neo, o que representa 30% da sua capacidade total.
Leia Também
Olha o quarto trimestre aí gente!
Já no último trimestre de 2018, o lucro líquido ajustado fechou em R$ 138,2 milhões, ante os R$ 297,4 milhões do mesmo período em 2017, o que representa uma queda de 53,5%. A receita líquida, por sua vez, fechou o ano com alta de 13,5% em R$ 2.480,40 bilhões.
O Ebitdar também obteve valorização e terminou o último trimestre de 2018 em R$ 762,7 milhões, ou seja, um crescimento de 14,5%. Tal fato, torna a Azul uma das empresas áreas mais rentáveis das Américas.
O resultado operacional seguiu a linha e terminou em R$ 282,9 milhões, com margem de 11,4%. No quesito receita operacional dividida pelo total de assentos por quilômetro (Rask), o valor aumentou 2,7% e a tarifa média subiu 12,2% e alcançou o valor de R$ 377. No mesmo período, o Cask ex-combustível também teve redução de reduziu 8,1%.
Além do aumento da receita, o número de passageiros pagantes por quilômetros voados (RPK) cresceu 14,5%, ante um aumento de capacidade de 14,1%. Tudo isso resultou em uma taxa de ocupação de 83,0%, percentual que é 0,3% maior do que obtido no último trimestre de 2017.
Segredo do sucesso
Na opinião do presidente da companhia, John Rodgerson, o principal propulsor do plano de expansão de margem foi a redução do custo unitário por conta da transformação da frota com aeronaves da nova geração, que possuem mais assentos e menor consumo de combustível. "Os Airbus A320neos e os Embraer E2s têm um Cask que é aproximadamente 29% e 26% inferior ao da atual geração de aeronaves que operamos", destacou John Rodgerson, CEO da empresa.
Ele ainda disse que essa é a principal razão de acelerar o plano de renovação de frota neste ano. Segundo ele, a expectativa é de adicionar 21 aeronaves de nova geração, o que representaria um aumento de oito unidades em relação ao plano anterior, e substituição de 15 jatos mais antigos. Com isso, "estimamos que ao final deste ano aproximadamente 50% da nossa capacidade será proveniente de aeronaves de nova geração, uma referência no setor".
Além disso, o presidente enfatizou que a Azul Cargo Express obteve o melhor desempenho entre as unidades de negócio ao se beneficiar da expansão da malha e da frota e apresentou crescimento de 56,5% da receita no ano passado.
Outro ponto de destaque foi o programa de fidelidade TudoAzul, que alcançou 10,8 milhões de membros até dezembro do ano passado. Isso representa um aumento de quase dois milhões de membros ano. Com isso, o faturamento bruto ex-Azul cresceu 29,3% em 2018 comparado a 2017, por conta do crescimento de vendas para bancos parceiros e vendas diretas para membros.
Azul e Avianca
Depois de alguns burburinhos sobre o tema, a Azul fez uma proposta de compra da Avianca na última segunda-feira (11). A intenção da Azul é ficar com o registro de companhia área da Avianca, 30 aviões Aibus A320 e 70 pares de slots (horários para pouso ou decolagem). Tudo isso pela bagatela de US$ 105 milhões.
A tentativa da Azul é comprar a companhia por meio de uma Unidade Produtiva Isolada (UPI), um recurso que foi usado pela Gol na aquisição da Varig. É uma forma de ficar com a "parte boa" de uma empresa quebrada, sem ter que assumir os passivos financeiros e trabalhistas.
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos