Anac não recebeu pedidos de divisão da Avianca
Autorização do órgão é essencial para dar continuidade no plano de recuperação judicial da empresa, que prevê a criação de seis subsidiárias
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda não foi acionada pela Avianca para dar início a uma etapa essencial no esforço de venda dos ativos da companhia: o órgão não havia recebido nenhum pedido da empresa para emissão dos Certificados de Operador Aéreo (COA) até essa terça-feira, 9. Essa autorização é essencial para o plano de recuperação judicial, que prevê a divisão da Avianca em pequenas unidades operacionais. Seriam uma espécie de "minicompanhias" aéreas que iriam, então, a leilão.
Aprovado na semana passada, o plano de recuperação judicial da Avianca tem como premissa a criação de seis subsidiárias - as Unidades Produtivas Isoladas (UPI). Cada uma dessas unidades terá um grupo de horários de pousos e decolagens nos aeroportos de Congonhas (SP), Guarulhos e Santos Dumont (Rio), atualmente operados pela Avianca. Elas herdarão parte dos atuais funcionários e poderão usar o nome "Avianca Brasil" sem custo por até 180 dias.
Para todo esse pacote, porém, é preciso autorização da Anac: o respectivo COA. É esse o documento que permite a operação de uma companhia aérea de transporte regular de passageiros ou carga. Há, atualmente, 11 autorizações desse tipo emitidas pela agência, sendo uma para a OceanAir - razão social da Avianca no Brasil - documento que não é divisível.
Seis meses
Credores trabalham com a expectativa de que os certificados serão emitidos até 3 de maio. A data é mencionada no plano de recuperação judicial, que admite a possibilidade de prorrogação por "prazos sucessivos de 30 dias". O adiamento parece necessário, já que documentos da própria Anac indicam que o tempo pode ser de até 180 dias.
A Anac confirmou o prazo, mas informou que, a depender do processo, ele pode ser encurtado. Sobre o caso da Avianca, a agência esclareceu que a emissão dessas autorizações considerará "cada Unidade Produtiva como uma subsidiária independente e que, portanto, deve comprovar que possui os requisitos operacionais para se constituir empresa aérea". "Ou seja, cada uma das UPIs deverá demonstrar capacidade para comercialização e operação dos voos, onde a segurança é o principal item a ser avaliado", informou a agência por meio da assessoria de imprensa. Procurada, a Avianca não quis comentar o assunto.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Leia Também
Campeã do Ibovespa, Embraer (EMBR3) inicia processo de certificação do seu ‘carro voador’ com a ANAC
Dona do melhor desempenho no Ibovespa em 2021 terá ações de controlada responsável pelo eVTOL negociadas na NYSE
Depois da turbulência: Itapemirim firma compromisso com Procon-SP para reembolsar consumidores que reclamarem
Penalidade pode chegar a R$ 5 milhões com descumprimento de termo assinado hoje. Suspensão temporária das operações da ITA, o recém inaugurado braço aéreo do grupo, aconteceu no dia 17 e levou caos aos aeroportos.
Anac aprova edital da 7ª rodada de leilões de aeroportos, que inclui Congonhas e Santos Dumont
A documentação, agora, será analisada pelo TCU; o governo espera que os novos leilões de aeroportos sejam feitos no 1º semestre de 2021
Golpe duro: CVC (CVCB3) despenca 7% após o fiasco da Itapemirim (ITA) e da Anac
As ações da CVC (CVCB3) se aproximam das mínimas após o caos gerado pelo fim das operações da Itapemirim (ITA), autorizadas pela Anac em maio
Renovação total: Gol faz acordo para adquirir aviões novos; veja os detahes
Presidente da companhia aérea afirma que movimento é uma antecipação à esperada retomada da demanda por viagens após a pandemia
Itapemirim começa a receber aeronaves para voos comerciais após Anac autorizar
A Itapemirim diz que a segunda aeronave Airbus A320 de sua frota deve chegar ao aeroporto de Confins (MG) neste domingo
Com covid-19 e isolamento social, setor aéreo teve pior ano da história
Segmento foi um dos mais atingidos pela crise do coronavírus, com uma queda de demanda que chegou a 94,5% no pior momento
Boeing 737-8 Max é autorizado a retornar operações no Brasil pela Anac
A informação é vista com bons olhos pela Gol, que é a única credenciada a operar o modelo no Brasil.
Anac aprova reequilíbrio de R$ 1,27 bilhão para quatro aeroportos
Terminais que foram beneficiados foram os aeroportos internacionais de Guarulhos (R$ 854,9 milhões), Brasília (R$ 184,8 milhões), Salvador (R$ 114,9 milhões) e Confins (R$ 111,1 milhões)
Anac aprova revisão extraordinária dos contratos de concessão de quatro aeroportos
Objetivo é recompor equilíbrio-financeiro dos contratos, prejudicado pela crise da covid-19
Sócios da Avianca depositaram propina de R$ 40 mi em conta de filho de Machado
Segundo a força-tarefa, os pagamentos foram depositados entre os anos de 2009 e 2013 em contas bancárias na Suíça controladas por Expedito Machado, filho do ex-executivo da Transpetro
Irmãos sócios da Avianca Holdings são presos na fase 72 da Lava Jato
Ambos são acionistas da Avianca Holdings, que não é citada nas investigações. Seis mandados de busca e apreensão também foram cumpridos pela Polícia Federal em Alagoas, no Rio e em São Paulo.
Anac avalia o retorno das operações do Boeing 737-8 MAX
No Brasil, a Gol é a principal aérea que depende do modelo. A empresa tem hoje sete unidades na frota, que estão impedidas de voar, além de novas encomendas
Justiça decreta falência da Avianca Brasil
Em recuperação judicial desde dezembro de 2018, a companhia já não mantinha operações desde maio do ano passado
Anac diz que recebeu 67 relatos de danos a aeronaves por gasolina de aviação
Agência afirma que cerca de 12 mil aviões de pequeno porte no País são abastecidas com o AVGAS; aeronaves maiores, que operam rotas comerciais regulares de passageiros, não utilizam o combustível
Os ‘falidos’ do coronavírus: veja as empresas que quebraram na pandemia
Companhias aéreas foram as primeiras a sentir o baque, seguidas por empresas que dependem também do turismo ou de viagens corporativas. Varejistas com fraca presença no e-commerce também sofreram com a ausência de clientes.
Com dívidas de R$ 2,7 bi, Avianca Brasil entra com pedido de falência
Com dívidas que somam R$ 2,7 bilhões, a companhia aérea estava sem operar desde maio do ano passado
Anac aprova edital de leilão e minutas para 6ª rodadas de aeroportos
Agora, os documentos seguem para a análise do Tribunal de Contas da União (TCU), junto com os estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental já aprovados pelo Ministério de Infraestrutura
Empresas aéreas da América Latina devem perder US$ 4 bilhões neste ano
Globalmente, o prejuízo deve chegar a US$ 84,3 bilhões em razão das medidas tomadas pelos governos para tentar conter a pandemia do novo coronavírus
Com queda de mais de 80% no preço das ações no ano, Avianca Holdings pede recuperação judicial nos EUA
A companhia – que é a segunda maior empresa aérea da América Latina – estimou o seu passivo entre US$ 1 bilhão e US$ 10.000 bilhões