Presidente eleito da Argentina diz ao FMI que manterá compromissos, mas sem ajuste fiscal
Fernández, que assumirá o cargo em 10 de dezembro no lugar de Mauricio Macri, falou nesta terça-feira por telefone com a diretora-gerente do FMI
Em seu primeiro contato formal com o Fundo Monetário Internacional (FMI), o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, adiantou que está disposto a cumprir com os compromissos assumidos pelo país, mas com uma condição: não haverá mais ajuste fiscal.
Fernández, que assumirá o cargo em 10 de dezembro no lugar de Mauricio Macri, falou nesta terça-feira por telefone com a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, com quem abordou uma possível renegociação do empréstimo de US$ 56 milhões que o país sul-americano recebeu em 2018.
"Temos elaborado um plano sustentável que vai nos permitir crescer e cumprir com as obrigações que a Argentina tem com vocês e com o resto dos credores", disse o peronista durante a ligação.
"Mas é meu dever antecipar que na situação em que se encontra a economia argentina é difícil proporcionar um ajuste maior. Não podemos fazer mais ajustes fiscais porque a situação é de uma complexidade enorme, o nível de ajustes na era Macri foi enorme", ponderou Fernández.
Georgieva, por sua vez, disse que reiterou "a disposição do Fundo para colaborar com seu governo e trabalhar para achar o caminho até um crescimento sustentável e reduzir a pobreza." "Concordamos em seguir mantendo um diálogo aberto para o benefício dos argentinos", acrescentou.
*Com Associated Press e Estadão Conteúdo
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