A Apple está de volta? Ações da dona do iPhone disparam em 2019
A gigante de tecnologia passou por altos e baixos em 2018. Agora, entra em uma nova era e volta a se aproximar do trilhão de dólares. Veja o que esperam analistas

A Apple parece ter deixado para trás um dos períodos mais turbulentos de sua história. O investidor que observar o gráfico da trajetória das ações da empresa entre meados de 2018 e os últimos pregões irá se deparar com um arco que mais parece uma grande cratera. Mas como a empresa comandada por Tim Cook foi do céu ao inferno, e ao céu novamente, em pouco menos de um ano?
Em agosto do ano passado, a Apple foi a primeira empresa com ações listadas na Bolsa de Nova York a ultrapassar a barreira de US$ 1 trilhão de dólares - valor de mercado à época maior do que o de todas as empresas da Bolsa brasileira juntas.
Os sucessivos recordes de receitas e lucros da empresa, porém, logo deram lugar a previsões de que o inverno se aproximava para o principal produto da marca: o iPhone.
O ritmo cardíaco da Apple caiu
Em novembro passado, no mesmo dia em que anunciou um aumento de 20% nas receitas para o trimestre encerrado em setembro ante um ano antes, a Apple surpreendeu analistas com uma projeção mais modesta de vendas para o período tradicionalmente mais forte do calendário.
À desconfiança sobre o desempenho dos novos iPhones nas festas de fim de ano, somou-se a preocupação com o comunicado de que a empresa deixaria de divulgar o número total de vendas de seus produtos - e tornaria públicas apenas as receitas. A notícia alimentou rumores sobre uma iminente desaceleração nos resultados da companhia.
O sinal amarelo passou para o vermelho dias depois, quando alguns dos fornecedores de peças da empresa também reduziram suas projeções financeiras. As ações da Apple entraram em forte viés de queda, e puxaram boa parte do setor de tecnologia junto.
Leia Também
Para manter a comparação com a Bolsa brasileira, a empresa da maçã perdeu, apenas em um mês, uma Vale e uma Petrobras em valor de mercado.
O fundo do poço do iPhone
O fundo do poço veio nos primeiros dias de 2019, quando um raro comunicado do CEO Tim Cook reduziu em mais US$ 8 bilhões as projeções de receita para o último trimestre de 2018, o primeiro do ano fiscal americano.
Entre as principais razões para a mudança, estava o ritmo fraco nos mercados emergentes, em especial na China, país com o qual as tensões haviam escalado por conta da guerra comercial.
No dia seguinte ao alerta algo apocalíptico, as ações da Apple caíram quase 10%, a maior queda percentual diária em cinco anos. O recuo de US$ 72 bilhões em valor de mercado levou a ação da empresa à casa dos US$ 142, menor patamar em 18 meses. Em seu auge, o papel havia batido US$ 227.
Em entrevista ao Business Insider, um analista de Wall Street definiu aquele como “o dia mais sombrio da era do iPhone”.
A Apple de volta ao jogo
Como nem todo fundo do poço tem um alçapão, a Apple retomou uma trajetória de alta desde o início do ano. Em nível regional, a valorização da empresa foi puxada pelo otimismo com o fim da guerra comercial com a China, a queda dos estoques no país e o dólar mais fraco em relação ao yuan, que permitiu um corte no preço do iPhone.
Além disso, a previsão de queda nas receitas por analistas passou a ser considerada pessimista demais, o que melhorou a precificação do papel.
O Bank of America ainda acredita que a Apple tem espaço para ampliar sua presença no segmento de smartphones entre 500 e 599 dólares, no qual possui apenas 34% de participação de mercado. Em modelos de mais de 900 dólares, a empresa já responde por 93% das vendas, o que pode sugerir um teto.
Juntam-se a esses fatores a já famosa lealdade dos consumidores à marca e o crescimento da classe média em países emergentes (na Índia, apenas 25% da população possui um smartphone. O maior rali das ações da Apple desde o início do ano veio, contudo, depois que a empresa anunciou seus novos serviços de entretenimento e finanças, no fim de março.
Balanço bem recebido
Nesta última terça-feira, o balanço da gigante foi muito bem recebido por investidores, que esperavam números ligeiramente mais modestos. A Apple reportou receita de US$ 58 bilhões no segundo trimestre fiscal dos EUA, uma queda de 5% em relação ao ano anterior, mas pouco acima das estimativas de US$ 57,4 bilhões do mercado. O lucro líquido da companhia foi de US$ 11,5 bilhões, 16,3% menor que um ano antes.
O destaque positivo foi o recorde da divisão de serviços, que pulou de US$ 9,9 bi para US$ 11,5 bilhões em um ano, acima das expectativas de US$ 11,2 bi dos analistas.
Além disso, a Apple informou que gastará US$ 75 bilhões em recompras de ações e aprovou um dividendo de US$ 0,75 por papel, o que representa uma elevação de 5% para os acionistas.
De olho no trilhão
Com valor de mercado de US$ 989 bilhões no momento em que essa matéria foi escrita, a empresa mira novamente o trilhão. Ao Market Watch, o capitalista de risco Gene Munster afirmou acreditar que as ações da Apple possam saltar 25% nos próximos 5 anos. Segundo ele, os analistas subestimam o potencial da maçã e a empresa de tecnologia deve ter o melhor desempenho do ano entre as chamadas FAANG (Facebook, Amazon, Netflix, e Alphabet).
Desde o início do ano, as ações da fabricante de smartphones subiram 27%, somando mais de 300 bilhões em valor de mercado. No acumulado do ano, o crescimento está atrás da rede social de Mark Zuckerberg e da plataforma da streaming de Reed Hastings, mas à frente da gigante de e-commerce de Jeff Bezos e da holding que controla o Google.
Outro analista ouvido pelo site americano, porém, é mais cético quanto à recuperação da companhia. Segundo Michael Hewson, analista chefe de mercado da CMC Markets, é difícil dizer se a nova fase de serviços da Apple vai compensar o fim da era de total dominância do iPhone.
E você, o que espera do futuro da Apple? Deixe sua opinião nos comentários.
Minerva (BEEF3): ações caem na bolsa após anúncio de aumento de capital. O que fazer com os papéis?
Ações chegaram a cair mais de 5% no começo do pregão, depois do anúncio de aumento de capital de R$ 2 bilhões na véspera. O que fazer com BEEF3?
Não foi só a queda do preço do petróleo que fez a Petrobras (PETR4) tombar ontem na bolsa; saiba o que mais pode ter contribuído
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, teria pedido à estatal para rever novamente o preço do diesel, segundo notícias que circularam nesta segunda-feira (7)
Sem medo do efeito Trump: Warren Buffett é o único entre os 10 maiores bilionários do mundo a ganhar dinheiro em 2025
O bilionário engordou seu patrimônio em US$ 12,7 bilhões neste ano, na contramão do desempenho das fortunas dos homens mais ricos do planeta
Sem aversão ao risco? Luiz Barsi aumenta aposta em ação de companhia em recuperação judicial — e papéis sobem forte na B3
Desde o início do ano, essa empresa praticamente dobrou de valor na bolsa, com uma valorização acumulada de 97% no período. Veja qual é o papel
Equatorial (EQTL3): Por que a venda da divisão de transmissão pode representar uma virada de jogo em termos de dividendos — e o que fazer com as ações
Bancões enxergam a redução do endividamento como principal ponto positivo da venda; veja o que fazer com as ações EQTL3
Ibovespa chega a tombar 2% com pressão de Petrobras (PETR4), enquanto dólar sobe a R$ 5,91, seguindo tendência global
O principal motivo da queda generalizada das bolsas de valores mundiais é a retaliação da China ao tarifaço imposto por Donald Trump na semana passada
Brasil x Argentina na bolsa: rivalidade dos gramados vira ‘parceria campeã’ na carteira de 10 ações do BTG Pactual em abril; entenda
BTG Pactual faz “reformulação no elenco” na carteira de ações recomendadas em abril e tira papéis que já marcaram gol para apostar em quem pode virar o placar
Disputa aquecida na Mobly (MBLY3): Fundadores da Tok&Stok propõem injetar R$ 100 milhões se OPA avançar, mas empresa não está lá animada
Os acionistas Régis, Ghislaine e Paul Dubrule, fundadores da Tok&Stok, se comprometeram a injetar R$ 100 milhões na Mobly, caso a OPA seja bem-sucedida
China não deixa barato: Xi Jinping interrompe feriado para anunciar retaliação a tarifas de Trump — e mercados derretem em resposta
O Ministério das Finanças da China disse nesta sexta-feira (4) que irá impor uma tarifa de 34% sobre todos os produtos importados dos EUA
Um café e um pão na chapa na bolsa: Ibovespa tenta continuar escapando de Trump em dia de payroll e Powell
Mercados internacionais continuam reagindo negativamente a Trump; Ibovespa passou incólume ontem
Cardápio das tarifas de Trump: Ibovespa leva vantagem e ações brasileiras se tornam boas opções no menu da bolsa
O mais importante é que, se você ainda não tem ações brasileiras na carteira, esse me parece um momento oportuno para começar a fazer isso
Ações para se proteger da inflação: XP monta carteira de baixo risco para navegar no momento de preços e juros altos
A chamada “cesta defensiva” tem dez empresas, entre bancos, seguradoras, companhias de energia e outros setores classificados pela qualidade e baixo risco
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) perdem juntas R$ 26 bilhões em valor de mercado e a culpa é de Trump
Enquanto a petroleira sofreu com a forte desvalorização do petróleo no mercado internacional, a mineradora sentiu os efeitos da queda dos preços do minério de ferro
Pix parcelado já tem data marcada: Banco Central deve disponibilizar atualização em setembro e mecanismo de devolução em outubro
Banco Central planeja lançar o Pix parcelado, aprimorar o Mecanismo Especial de Devolução e expandir o pagamento por aproximação ainda em 2025; em 2026, chega o Pix garantido
Embraer (EMBR3) tem começo de ano lento, mas analistas seguem animados com a ação em 2025 — mesmo com as tarifas de Trump
A fabricante de aeronaves entregou 30 aviões no primeiro trimestre de 2025. O resultado foi 20% superior ao registrado no mesmo período do ano passado
Oportunidades em meio ao caos: XP revela 6 ações brasileiras para lucrar com as novas tarifas de Trump
A recomendação para a carteira é aumentar o foco em empresas com produção nos EUA, com proteção contra a inflação e exportadoras; veja os papéis escolhidos pelos analistas
Itaú (ITUB4), de novo: ação é a mais recomendada para abril — e leva a Itaúsa (ITSA4) junto; veja outras queridinhas dos analistas
Ação do Itaú levou quatro recomendações entre as 12 corretoras consultadas pelo Seu Dinheiro; veja o ranking completo
Rodolfo Amstalden: Nos tempos modernos, existe ERP (prêmio de risco) de qualidade no Brasil?
As ações domésticas pagam um prêmio suficiente para remunerar o risco adicional em relação à renda fixa?
Onde investir em abril? As melhores opções em ações, dividendos, FIIs e BDRs para este mês
No novo episódio do Onde Investir, analistas da Empiricus Research compartilham recomendações de olho nos resultados da temporada de balanços e no cenário internacional
Minoritários da Tupy (TUPY3), gestores Charles River e Organon indicam Mauro Cunha para o conselho após polêmica troca de CEO
Insatisfeitos com a substituição do comando da metalúrgica, acionistas indicam nome para substituir conselheiro independente que votou a favor da saída do atual CEO, Fernando Rizzo