Via Varejo, Cyrela e MRV: os destaques do Ibovespa nesta sexta-feira
A perspectiva de manutenção dos juros em níveis baixos deu forças às ações de varejistas, como a Via Varejo, e de construtoras, como MRV e Cyrela
Ações dos setores de varejo e construção apareceram entre os destaques positivos do Ibovespa nesta sexta-feira (6), em meio à percepção de manutenção dos juros em patamares baixos, ao mesmo tempo em que a economia doméstica dá sinais de ganho de tração. Nesse cenário, Via Varejo, Cyrela e MRV estiveram entre as mais beneficiadas hoje.
Nesta manhã, foi divulgado que a inflação medida pelo IPCA subiu 0,51% em novembro, resultado que ficou ligeiramente acima das estimativas do mercado. À primeira vista, a tendência é que esse dado desencadeasse um movimento de alta nas curvas de juros, uma vez que, com a inflação mais alta, há menos espaço para cortes na Selic.
Só que, ao olhar os números da inflação com lupa, é possível perceber que grande parte desse efeito foi gerado pelo aumento no preço das carnes — o grupo alimentação e alimentos avançou mais de 8% no mês passado. Assim, desconsiderando o comportamento desse componente, a inflação ainda estaria em níveis bastante controlados.
Desta maneira, por mais que o número global do IPCA tenha ficado acima do esperado, o dado não trouxe maiores preocupações ao mercado: os agentes financeiros continuam acreditando que a taxa básica de juros seguirá em níveis baixos por algum tempo. E juros baixos são sinônimo de estímulo ao consumo — o que, consequentemente, dá forças às varejistas e às construtoras.
Nesse cenário, Via Varejo ON (VVAR3) subiu 7,30% e liderou os ganhos do Ibovespa — ainda no mesmo setor, Lojas Americanas PN (LAME4) teve alta de 7,07%, B2W ON (BTOW3) avançou 3,21% e Magazine Luiza ON (MGLU3) valorizou 1,14%.
Entre as construtoras e incorporadoras, MRV ON (MRVE3) teve ganho de 4,73% e Cyrela ON (CYRE3) avançou 3,83%; fora do Ibovespa, destaque para Helbor ON (HBOR3), em alta de 3,27%, Direcional ON (DIRR3), subindo 4,27%, e Even ON (EVEN3), valorizando 4,24%.
Leia Também
Vale lembrar, ainda, que ao longo dessa semana foram divulgados uma série de indicadores econômicos positivos em relação à atividade doméstica. O PIB do país avançou 0,6% no terceiro trimestre, superando a expectativa do mercado, e a produção industrial avançou 0,8% em outubro, marcando o terceiro mês seguido de evolução na indústria.
Esses dados, em conjunto, criam um ambiente bastante otimista em relação às perspectivas para a economia brasileira no quarto trimestre e em 2020, o que cria as bases para que o mercado aposte suas fichas nesses dois setores.
Commodities em alta
Papéis de empresas ligadas ao setor de commodities, como Petrobras, Vale e as siderúrgicas, também apresentaram desempenho positivo nesta sexta-feira, pegando carona na valorização do petróleo e do minério de ferro.
As ações PN da Petrobras (PETR4), por exemplo, terminaram em alta de 1,00%, enquanto as ONs (PETR3) valorizaram 0,66% — lá fora, o Brent com vencimento em fevereiro teve ganho de 1,58%, e o WTI para janeiro avançou 1,27%. Na semana, ambos os contratos acumularam ganhos de mais de 6%.
A recente tendência positiva das cotações do petróleo tem relação com o desfecho da reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados — grupo conhecido como Opep+. A aliança decidiu aprofundar os cortes na produção da commodity, o que, consequentemente, provoca um aumento no preço do produto.
Já o minério de ferro negociado no porto chinês de Qingdao — cotação que serve como referência para o mercado — fechou em alta de 0,46% nesta sexta-feira, em meio à percepção de que EUA e China estão próximos de fechar um acordo comercial.
O otimismo em relação às negociações entre as potências diminui os temores de um esfriamento econômico mais intenso na China, o principal consumidor global de minério de ferro e aço do mundo. Assim, as ações dessas empresas sobem, dada a perspectiva de manutenção da demanda elevada.
CSN ON (CSNA3) fechou em alta de 2,70%, Gerdau PN (GGBR4) teve ganho de 1,73% e Usiminas PNA (USIM5) valorizou 2,27%. Já Vale ON (VALE3) teve um desempenho mais modesto: subiu 0,79%.
Top 5
Confira abaixo os cinco papéis de melhor desempenho do Ibovespa nesta sexta-feira:
- Via Varejo ON (VVAR3): +7,30%
- Lojas Americanas PN (LAME4): +7,07%
- Yduqs ON (YDUQ3): +5,47%
- BTG Pactual units (BPAC11): +5,14%
- Gol PN (GOLL4): +4,98%
Veja também as cinco maiores quedas do índice:
- Itaú Unibanco PN (ITUB4): -1,81%
- Santander Brasil units (SANB11): -1,17%
- Energias do Brasil ON (ENBR3): -1,14%
- Bradesco PN (BBDC4): -1,12%
- Itaúsa PN (ITSA4): -0,96%
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa
Ações da Oi (OIBR3) saltam mais de 100% e Americanas (AMER3) dispara 41% na bolsa; veja o que impulsiona os papéis das companhias em recuperação judicial
O desempenho robusto da Americanas vem na esteira de um balanço melhor que o esperado, enquanto a Oi recupera fortes perdas registradas na semana passada
Inscrições para o programa da XP e Copa Energia acabam hoje (18); confira essas e outras vagas para estágio e trainee com bolsa-auxílio de até R$ 7,6 mil
Os aprovados nos programas de estágio e trainee devem começar a atuar a partir do primeiro semestre de 2025; as inscrições ocorrem durante todo o ano
Cemig (CMIG4) e Copasa (CSMG3) voltam a ficar no radar das privatizações e analistas dizem qual das duas tem mais chance de brilhar
Ambas as empresas já possuem capital aberto na bolsa, mas o governo mineiro é quem detém o controle das empresas como acionista majoritário
Lucro dos bancos avança no 3T24, mas Selic alta traz desafios para os próximos resultados; veja quem brilhou e decepcionou na temporada de balanços
Itaú mais uma vez foi o destaque entre os resultados; Bradesco avança em reestruturação e Nubank ameaça desacelerar, segundo analistas
Warren Buffett não quer o Nubank? Megainvestidor corta aposta no banco digital em quase 20% — ação cai 8% em Wall Street
O desempenho negativo do banco digital nesta sexta-feira pode ser explicado por três fatores principais — e um deles está diretamente ligado ao bilionário
Banco do Brasil (BBAS3) de volta ao ataque: banco prevê virada de chave com cartão de crédito em 2025
Após fase ‘pé no chão’ depois da pandemia da covid-19, a instituição financeira quer expandir a carteira de cartão de crédito, que tem crescido pouco nos últimos dois anos