Após uma temporada no mundo invertido, a Netflix voltou a brilhar no terceiro trimestre
A Netflix reportou um crescimento surpreendente no lucro líquido e uma recuperação no total de novos assinantes pagos — resultados que agradaram o mercado
De uma hora para a outra, a narrativa da Netflix ficou sombria: no segundo trimestre, a empresa divulgou um conjunto decepcionante de resultados — e essa fraqueza nos números, somada à concorrência cada vez mais intensa na arena dos serviços de streaming, fez as ações da companhia passarem por coisas... estranhas.
Em 17 de julho, os papéis da Netflix na bolsa de Nova York (NFLX) valiam US$ 362,44 — naquela noite, a empresa divulgou seu balanço do segundo trimestre. E, desde então, as ações entraram numa espiral negativa: nesta quarta-feira (16), estavam cotadas a US$ 286,28, uma baixa de 21% em apenas três meses.
Também, pudera: nesse período, o mercado começou a olhar para a empresa com uma certa desconfiança. Com a Disney prestes a lançar sua própria plataforma de transmissão de conteúdo — e a preços bastante competitivos —, os agentes financeiros passaram a dar como certa a derrocada da antes imbatível Netflix.
E até pode ser que esse enredo se concretize — além da Disney, a Amazon e a Apple também estão sedentas por uma participação maior na festa do streaming. Mas, com seu balanço do terceiro trimestre, a Netflix mostrou que essa série ainda terá muitos capítulos, estando longe da temporada final.
Há pouco, a companhia reportou seus números referentes ao período entre julho e setembro deste ano. E o primeiro capítulo não foi exatamente empolgante: a receita líquida cresceu 31% na base anual e chegou a US$ 5,245 bilhões, mas essa cifra ficou rigorosamente em linha com as projeções dos analistas consultados pela Bloomberg.
Quem não se desanimou com as cenas do primeiro episódio, se deu bem: daí em diante, a trama se desenvolveu de um jeito bem mais interessante. A começar pela evolução da base de assinantes pagos: 6,8 milhões de novos usuários aderiram aos serviços da Netflix no terceiro trimestre desse ano.
Leia Também
O número ficou ligeiramente abaixo das estimativas da própria empresa, que projetava a captação de 7 milhões de clientes. Mas, apesar disso, é uma evolução e tanto em relação ao fraco resultado do segundo trimestre, quando apenas 2,7 milhões de novos assinantes pagos entraram para a base da companhia.
Dando continuidade à trama, os custos totais da Netflix cresceram 21% em um ano — ou seja, num ritmo inferior à receita. Assim, o resultado operacional da companhia mais que dobrou na mesma base de comparação, chegando a US$ 980,2 milhões.
Com isso, o lucro líquido da Netflix também teve um final feliz no trimestre, totalizando US$ 665,2 milhões, um aumento de 65,1% em relação ao mesmo período de 2018. O lucro por ação chegou a US$ 1,47 — bem acima das expectativas dos analistas ouvidos pela Bloomberg, de US$ 1,04.
Essa reviravolta no enredo animou as ações da companhia no after market de Nova York — uma espécie de prorrogação da sessão regular. Por volta de 19h45 (horário de Brasília), os papéis avançavam 8,11%, a US$ 309,50, um indicativo de que, no pregão de amanhã, os ativos da Netflix tendem a recuperar parte do terreno perdido.
Apostas certeiras
E por que a Netflix conseguiu se recuperar no trimestre? De acordo com a própria empresa, algumas tacadas bem sucedidas conseguiram atrair novos usuários à plataforma — e os mantiveram no sofá por bastante tempo.
Entre os destaques dos últimos três meses, a companhia ressalta o sucesso da terceira temporada de Stranger Things, assistida por 64 milhões de contas nas quatro primeiras semanas de exibição. Unbelievable foi outra série de sucesso no período, acompanhada por 32 milhões de usuários em cerca de um mês.
Um terceiro projeto que se mostrou vitorioso no trimestre foi a terceira temporada de La Casa de Papel — segundo a Netflix, a série espanhola tornou-se a atração mais assistida nos mercados de língua não-inglesa, com 44 milhões de contas acompanhando a trama no primeiro mês em cartaz.
Para o quarto trimestre, a gigante do streaming parece apostar suas fichas no catálogo de filmes. O grande destaque para o fim de ano é o lançamento de The Irishman, novo filme do diretor Martin Scorsese e que conta com nomes como Robert de Niro e Al Pacino no elenco — e que vem sendo fortemente elogiado pela crítica.
Trama complexa
Mas a atual temporada de balanços da Netflix não trouxe apenas desenvolvimentos positivos para a empresa. Numa mensagem aos acionistas, a própria companhia admite que os próximos meses tendem a ser agitados.
"O lançamento dos novos serviços será barulhento", diz a Netflix, referindo-se à estreia da Disney+, da Apple TV+ e da HBO Max, novas concorrentes de peso no setor de serviços de transmissão de conteúdo on-demand. "Nosso crescimento de curto prazo poderá enfrentar alguma resistência, e tentamos levar isso em consideração em nossas previsões".
Para os três últimos meses de 2019, a Netflix projeta que suas receitas ficarão em torno de US$ 5,44 bilhões, um crescimento de cerca de 4% em relação ao resultado do terceiro trimestre. O lucro por ação deve recuar para US$ 0,51, de acordo com a própria companhia.
Mas, ao menos por enquanto, o mercado prefere se concentrar nos desdobramentos dos capítulos mais recentes. Afinal, nada melhor que ser surpreendido por uma série que já começava a dar sinais de desgaste.
Bolsa caindo à espera do pacote fiscal que nunca chega? Vale a pena manter ações na carteira, mas não qualquer uma
As ações brasileiras estão negociando por múltiplos que não víamos há anos. Isso significa que elas estão baratas, e qualquer anúncio de corte de gastos minimamente satisfatório, que reduza um pouco os riscos, os juros e o dólar, deveria fazer a bolsa engatar um forte rali de fim de ano.
Em recuperação judicial, AgroGalaxy (AGXY3) planeja grupamento de ações para deixar de ser ‘penny stock’; saiba como será a operação
Empresa divulgou um cronograma preliminar após questionamentos da B3 no início deste mês sobre o preço das ações ordinárias de emissão da varejista
Vale (VALE3) é a nova queridinha dos dividendos: mineradora supera Petrobras (PETR4) e se torna a maior vaca leiteira do Brasil no 3T24 — mas está longe do pódio mundial
A mineradora brasileira depositou mais de R$ 10 bilhões para os acionistas entre julho e setembro deste ano, de acordo com o relatório da gestora Janus Henderson
‘O rali ainda não acabou’: as ações desta construtora já saltam 35% no ano e podem subir ainda mais antes que 2024 termine, diz Itaú BBA
A performance bate de longe a do Ibovespa, que recua cerca de 4% no acumulado anual, e também supera o desempenho de outras construtoras que atuam no mesmo segmento
Rede D’Or (RDOR3), Odontoprev (ODPV3) ou Blau Farmacêutica (BLAU3)? Após resultados “sem brilho” do setor de saúde no 3T24, BTG elege a ação favorita
Embora as operadoras tenham apresentado resultados fracos ou em linha com as expectativas, as três empresas se destacaram no terceiro trimestre, segundo o banco
“Minha promessa foi de transformar o banco, mas não disse quando”, diz CEO do Bradesco (BBDC4) — e revela o desafio que tem nas mãos daqui para frente
Na agenda de Marcelo Noronha está um objetivo principal: fazer o ROE do bancão voltar a ultrapassar o custo de capital
O Google vai ser obrigado a vender o Chrome? Itaú BBA explica por que medida seria difícil — mas ações caem 5% na bolsa mesmo assim
Essa seria a segunda investida contra monopólios ilegais nos EUA, desde a tentativa fracassada de desmembrar a Microsoft, há 20 anos
Nvidia (NVDC34) vê lucro mais que dobrar no ano — então, por que as ações caem 5% hoje? Entenda o que investidores viram de ruim no balanço
Ainda que as receitas tenham chegado perto dos 100% de crescimento, este foi o primeiro trimestre com ganhos percentuais abaixo de três dígitos na comparação anual
Do pouso forçado às piruetas: Ibovespa volta do feriado com bolsas internacionais em modo de aversão ao risco e expectativa com pacote
Investidores locais aguardam mais detalhes do pacote fiscal agora que a contribuição do Ministério da Defesa para o ajuste é dada como certa
Que crise? Weg (WEGE3) quer investir US$ 62 milhões na China para aumentar capacidade de fábrica
O investimento será realizado nos próximos anos e envolve um plano que inclui a construção de um prédio de 30 mil m², com capacidade para fabricação de motores de alta tensão
Como a Embraer (EMBR3) passou de ameaçada pela Boeing a rival de peso — e o que esperar das ações daqui para frente
Mesmo com a disparada dos papéis em 2024, a perspectiva majoritária do mercado ainda é positiva para a Embraer, diante das avenidas potenciais de crescimento de margens e rentabilidade
Quais os planos da BRF com a compra da fábrica de alimentos na China por US$ 43 milhões
Empresa deve investir outros US$ 36 milhões para dobrar a capacidade da nova unidade, que abre caminho para expansão de oferta
É hora de colocar na carteira um novo papel: Irani (RANI3) pode saltar 45% na B3 — e aqui estão os 3 motivos para comprar a ação, segundo o Itaú BBA
O banco iniciou a cobertura das ações RANI3 com recomendação “outperform”, equivalente a compra, e com preço-alvo de R$ 10,00 para o fim de 2025
Em busca de dividendos? Curadoria seleciona os melhores FIIs e ações da bolsa para os ‘amantes’ de proventos (PETR4, BBAS3 e MXRF11 estão fora)
Money Times, portal parceiro do Seu Dinheiro, liberou acesso gratuito à carteira Double Income, que reúne os melhores FIIs, ações e títulos de renda fixa para quem busca “viver de renda”
R$ 4,1 bilhões em concessões renovadas: Copel (CPLE6) garante energia para o Paraná até 2054 — e esse banco explica por que você deve comprar as ações
Companhia paranaense fechou o contrato de 30 anos referente a concessão de geração das usinas hidrelétricas Foz do Areia, Segredo e Salto Caxias
Ações da Embraer (EMBR3) chegam a cair mais de 4% e lideram perdas do Ibovespa. UBS BB diz que é hora de desembarcar e Santander segue no voo
O banco suíço rebaixou a recomendação para os papéis da Embraer de neutro para venda, enquanto o banco de origem espanhola seguiu com a indicação de compra; entenda por que cada um pegou uma rota diferente
Equatorial (EQTL3) tem retorno de inflação +20% ao ano desde 2010 – a gigante de energia pode gerar mais frutos após o 3T24?
Ações da Equatorial saltaram na bolsa após resultados fortes do 3º tri; analistas do BTG calculam se papel pode subir mais após disparada nos últimos anos
‘Mãe de todos os ralis’ vem aí para a bolsa brasileira? Veja 3 razões para acreditar na disparada das ações, segundo analista
Analista vê três fatores que podem “mudar o jogo” para o Ibovespa e a bolsa como um todo após um ano negativo até aqui; saiba mais
Grupo Mateus: Santander estabelece novo preço-alvo para GMAT3 e prevê valorização de 33% para as ações em 2025; saiba se é hora de comprar
O banco reduziu o preço-alvo para os papéis da varejista de alimentos em relação à 2024, mas mantém otimismo com crescimento e parceria estratégica
Localiza: após balanço mais forte que o esperado no 3T24, BTG Pactual eleva preço-alvo para RENT3 e agora vê potencial de alta de 52% para a ação
Além dos resultados trimestrais, o banco considerou as tendências recentes do mercado automotivo e novas projeções macroeconômicas; veja a nova estimativa